EURO 2024 | COMO CHEGA A HOLANDA

Com o retorno de Koeman ao comando e desfalques importantes, a seleção busca voltar a ser forte nos duelos europeus.

A seleção da Holanda chega para disputar a Eurocopa com o retorno de Ronald Koeman ao comando técnico da equipe. O treinador holandês reassumiu o cargo em janeiro de 2023 após substituir Louis Van Gaal, que sofria com problemas de saúde.

Na última edição da Eurocopa, a Holanda não conseguiu passar das oitavas de final e foi eliminada pela República Tcheca. A desclassificação holandesa foi uma surpresa para seus torcedores, que sonhavam alcançar as fases mais decisivas da competição.

Nesta segunda passagem, Koemam tem a responsabilidade de formar uma equipe competitiva para disputar os grandes duelos europeus. Para essa edição de Eurocopa, a Holanda teve três baixas significativas em seu setor de meio-campo dias antes do início da competição. Por lesão, De Jong; De Roon e Koopmeiners estão fora do torneio europeu. Dessa forma, o treinador holandês decidiu convocar os jovens Maatsen, do Borussia Dortmund e, Zirkzee, destaque do Bologna.

Gráfico: Footure PRO

A Holanda de Koeman deverá utilizar como base as estruturas do 4-3-3 ou 4-4-2, mas com as ótimas alternativas de defensores e alas holandeses, poderemos acompanhar a equipe atuando no 3-4-2-1 ou até no 3-5-2.

O técnico holandês possui algumas dúvidas para montar seu sistema defensivo, tendo Van Dijk – capitão da equipe -, e Aké como os grandes expoentes do setor. De Vrij e Geertruida brigam para ocupar a vaga do zagueiro pela direita e Dumfries e Frimpong pela lateral-direita.

Com as lesões de De Jong, De Roon e Koopmeiners, o meio-campo deverá ser formado por Schouten e Veerman, com Reinjders tendo ainda mais protagonismo no setor ofensivo. O trio de ataque contará com os talentos de Xavi Simons, Gakpo e Memphis Depay.

A seleção da Holanda realiza algumas variações em sua primeira fase de construção, podendo alternar entre (3+2) e (4+2). As diferenças desses dois tipos de construção passam pelo posicionamento de Dumfries e Aké. Quando a equipe executa a saída com 3+2, observamos Dumfries projetado no campo ofensivo para entregar amplitude pelo corredor direito e Aké baixa para formar uma linha de três defensores. Os dois volantes baixam e procuram se posicionar nas costas da primeira linha de marcação do adversário, realizando constantes movimentações para receber com tempo e espaço.

Agora, se a equipe construir com 4+2, veremos o Dumfries baixar para participar da construção desde a defesa e o Aké irá se posicionar como o lateral-esquerdo da equipe.

Os comandados de Koeman se estruturam em fase ofensiva no 3-2-5, com Schouten e Veerman participando da base das jogadas. Dumfries e Gakpo são os dois jogadores que entregam amplitude para equipe, o lateral pelo corredor direito, e Gakpo no lado oposto. Xavi Simons parte como interior pela direita, Reijnders ocupa mais as zonas entrelinhas, buscando dialogar com Depay, que possui total liberdade para se movimentar no último terço do campo.

A equipe holandesa possui a dinâmica de construir de um lado para atacar do outro. Com isso, veremos os holandeses construírem pelo lado esquerdo com Gakpo, Reijnders e Depay e inverterem para aproveitar os movimentos em diagonais de Dumfries – atacando as costas do lateral-esquerdo adversário -, que recebe com liberdade para definir se finaliza ou cruza para encontrar Depay e Xavi Simons posicionados na pequena área.

Os zagueiros da Holanda possuem um papel importante na construção ofensiva da equipe. Veremos, principalmente, Van Dijk e Aké muito participativos, buscando passes longos para encontrar Gakpo ou Dumfries rompendo em velocidade a última linha defensiva do adversário.

A seleção da Holanda procura pressionar em bloco alto os seus adversários, realizando alguns encaixes individuais no setor de meio-campo. Os dois volantes serão os responsáveis em executar a marcação homem a homem, tendo Xavi Simons e Gakpo saltando nos laterais.

O posicionamento de Reijnders será determinante para definir se a equipe irá marcar alto na estrutura do 4-4-2, com o meia holandês posicionado próximo ao Depay no comando de ataque, ou veremos a estrutura do 4-3-3, tendo Reijnders encaixando no primeiro volante do adversário.

A equipe busca pressionar incessantemente o homem da bola, visando dificultar a construção do time oponente e recuperar o controle da bola o mais breve possível.

Van Dijk, de 32 anos, voltou a apresentar um ótimo nível na temporada 2023/24 e terá um papel fundamental para conduzir a seleção holandesa para as fases decisivas da Eurocopa.

O capitão da equipe poderá ser determinante nos duelos contra as principais seleções europeias. Visto que, possui uma ótima capacidade para ganhar vantagem em situações de 1×1, domina o controle de profundidade e costuma ter muita assertividade na bola área defensiva e ofensiva.

Nesta edição de Premier League, Van Dijk foi o quarto jogador que mais executou passes para o último terço do campo (324), com isso, evidencia sua capacidade de visão de jogo e ressalta a importância que Virgil terá na construção ofensiva de sua seleção também.

Gráfico: Footure PRO

Xavi Simons, de 21 anos, é um dos principais talentos dessa nova geração holandesa. O jovem realizou uma boa temporada com a camisa do Leipzig, marcando oito jogos e distribuindo 11 assistências, pela Bundesliga.

Além das 19 participações diretas em gols no clube alemão, Xavi foi o quarto jogador que mais realizou passes em direção a profundidade (52) e o segundo atleta que mais efetuou passes que quebram linhas (43), no Campeonato Alemão.

Após conseguir se firmar em uma das principais ligas da Europa, Xavi Simons terá a Eurocopa para tentar demonstrar todo seu potencial e se tornar uma das referências técnicas no contexto da seleção holandesa comandada por Ronald Koeman.

Gráfico: Footure PRO
Compartilhe

Comente!

Tem algo a dizer?