EXPECTED GOALS: AVALIANDO A EFICIÊNCIA DOS ARTILHEIROS DO BRASILEIRÃO

Com o final do Campeonato Brasileiro, a Footure fez um levantamente sobre a eficiência de alguns atacantes do país.

No último domingo (08), chegou ao final a edição de 2024 do Campeonato Brasileiro. Além do rebaixamento e briga pelo título, outra disputa do torneio foi bastante acirrada neste ano: a luta pela artilheira. Após a lesão de Pedro, vários atletas chegaram a figurar na disputa. Porém, na reta final, a artilharia ficou retida a três jogadores: Estêvão, Alerrandro e Yuri Alberto. 

Essa briga acirrada levanta a discussão quanto à eficiência dos centroavantes do campeonato. Usando os dados do Wyscout, foram levantados os expected goals (xG) dos principais marcadores do torneio em alguns contextos, para tentar entender a performance dos mesmos ao longo da competição.


YURI ALBERTO

Começando com Yuri Alberto, que talvez seja o jogador com a maior crescente dessa reta final de Brasileirão, o centroavante corinthiano possuía um xG de 10.93. Porém, o jovem terminou como artilheiro do campeonato com 15 gols, três a mais do que o projetado. Contudo, esses números são mais incríveis do que o esperado se for realizado um recorte das rodadas finais. Nas últimas 8 partidas, o atacante marcou 10 vezes, tendo um uma projeção de gols de 5,41. Quase dobrando a média esperada. 

Gráfico: Footure PRO

Entretanto, o atacante alvinegro não foi o único jogador que performou acima do esperado nas estatísticas. Alerrandro, do Vitória, teve quase 3 gols a mais que o esperado. Tendo marcado 15 gols, com um xG de 11,43. E alguns desses gols “a mais”, vem de lances bem inesperados, do qual o centroavante conseguiu finalizações de alta qualidade de forma improvável, como por exemplo o gol contra o Botafogo. Quando Alerrandro conseguiu marcar com um chute que tinha apenas 10% de chance de gol.

Gráfico: Footure PRO

Do lado contrário, o paraguaio Isidro Pitta teve um número bem abaixo do esperado. Marcando apenas 7 gols no torneio, com 10,68 de gols esperados. O atacante era a principal força ofensiva do vice-lanterna Cuiabá, sendo o maior responsável por terminar as jogadas. Atuando quase sempre em transição, o Dourado acaba fazendo com que as principais finalizações do paraguaio sejam lances de 1×1 contra o goleiro adversário. Isidro mostra boas qualidades se desmarcando no momento correto para finalizar, porém, demonstra dificuldade para concluir de forma eficiente durante os jogos. 

Gráfico: Footure PRO

Além dos citados, outros dois jogadores destacam-se na métrica. Um positivamente e outro de forma mais negativa: Estêvão e Veggeti. Enquanto o Palmeirense marcou 13 gols no torneio, tendo apenas 9,34 de gols esperados, o vascaíno terminou a competição com 12 gols, tendo um xG de 14,11. O caso de Estêvão também é emblemático, porque o jovem também foi extremamente eficiente nas assistências, tendo nove ao longo da competição, com um total de 6,41 assistências esperadas.

É importante destacar que o xG não é uma métrica definitiva, que mostra toda a verdade dentro de uma partida ou sobre o nível de um atleta. Contudo, com ele, pode-se atentar em alguns pontos. Por exemplo, o super aproveitamento recente nas finalizações de Yuri Alberto será algo costumeiro ao longo da carreira do atacante, ou a tendência é que à médio prazo ocorra uma regressão à média? Isidro Pitta pode ter tido um aproveitamento abaixo nas finalizações devido a quantidade de metros que precisa correr para finalizar. Em outro contexto sua eficiência poderia ser maior? Todas essas são perguntas que podem ser construídas ao observar os dados. 

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