GUIA DO BRASILEIRÃO 2025: SÃO PAULO

Com a chegada de Oscar e a continuidade do trabalho de Zubeldía, o São Paulo almeja uma campanha melhor no Brasileiro deste ano.

Com a chegada de Oscar como principal movimentação no mercado e outros bons reforços adquiridos principalmente para a defesa, o São Paulo busca um ano de maior protagonismo em todas as competições do que em 2024, apesar de ter conquistado a Supercopa.

O elenco tricolor passou por algumas mudanças para este ano e o clube conseguiu alguma vendas, como: William Gomes, Diego Costa, entre outras saídas menos expressivas. Chegaram reforços importantes, como: Oscar, Wendell, Cedric Soares e Enzo Diaz, que prometem dar outra cara, principalmente, ao setor defensivo da equipe. Além desses, alguns jogadores estão sendo integrados ao profissional após a conquista da Copinha pelo Sub-20, jovens que tem potencial e podem ajudar no elenco nesta temporada. Entre eles, estão Ryan Francisco, Matheus Alves e Negrucci.

Com tais mudanças no elenco, o clube aposta na continuidade do trabalho de Luis Zubeldía para colher resultados melhores neste ano e ter mais protagonismo no Brasileirão em relação ao ano passado.

Gráfico: Footure PRO

Neste início de ano, o São Paulo tem variado os esquemas base em busca de melhor organização do time e extrair o máximo de seus grandes jogadores, principalmente Oscar, Lucas Moura e Calleri. Com isso, a equipe recentemente tem utilizado a plataforma do 3-5-2. Para além deste sistema, foi usado frequentemente também o mais tradicional 4-2-3-1, retirando um zagueiro da equipe e adicionando um jogador no meio, sistema que deve ser utilizado no início do Brasileiro.

Na saída de bola, a equipe de Zubeldía costuma priorizar os toques curtos para progressão da posse, focando na progressão no campo com muito uso dos corredores laterais e também dos volantes. As estruturas mais usadas são o 4+2 (com os laterais podendo ficar mais sustentados ou ganhando profundidade) ou o 3+1/3+2 quando equipe opta pela formação com três zagueiros. Outra alternativa dos tiros de meta são as bolas longas, principalmente para Calleri ganhar no ataque.

Nos últimos jogos, o São Paulo utilizou o 3-5-2/3-4-3 como base, em que busca manter uma base sólida na defesa com o trio de zagueiros, os laterais ocupam a largura do campo, concentrando pelo meio o principal trio da equipe, com liberdade de movimentação e pesando a última linha do adversário para buscar criar chances. O Tricolor focou muito na manutenção da posse e associações curtas para, posteriormente, mudar de lado e ter muitas chances criadas através de cruzamentos ou da ocupação da faixa central e do meio-espaço. Essa dinâmica acontece principalmente com Lucas e Calleri na última linha para associações e movimentos de ataque vertical a última linha do oponente.

Apesar da utilização desta plataforma, o São Paulo deve iniciar o campeonato utilizando o tradicional 4-2-3-1, que foi usado na maioria dos jogos, com foco em utilizar os pontas para criar situações para Calleri ou André Silva. A equipe busca manter a posse e, com a chegada de Oscar, aumenta o nível técnico no meio de campo, que agora conta com Alisson disponível novamente.

Grande parte dos gols do São Paulo tem o padrão de manutenção de posse com mudança de lado para buscar uma área com mais espaço e tempo para jogar. Em último terço, a equipe aposta muito em cruzamentos dos jogadores ocupando os corredores laterais para os atacantes/meias que chegam na área e atacam espaço entre zagueiros. Outra forma com que o time tem marcado gols recentemente, principalmente com o uso do 3-5-2/3-4-3, é o ataque ao espaço dos atacantes de maneira vertical para explorar as costas da defesa do adversário.

Nos tiros de meta do adversário, normalmente, a postura da equipe é de pressionar alto, realizando adaptações e alguns encaixes para dificultar a saída de bola. Frequentemente a equipe utiliza dois atletas para iniciar a pressão próximo a grande área do adversário, buscando fechar as linhas de passe próximas e ter intensidade na pressão.

No bloco médio, a equipe adota algumas variações, quando atua com quatro defensores. Geralmente busca defender no 4-2-3-1/4-4-2 com os jogadores da primeira linha saltando pra retirar espaço dos oponentes, principalmente dos zagueiros e volantes do rival. Quando opta pela utilização de três zagueiros, o time adota um 5-3-2/5-2-3 focando em proteger o espaço às costas com a linha de cinco e fechar o meio, com os jogadores do setor, adotando muitas vezes uma postura mais cautelosa para pressionar nos momentos certos e transitar para o ataque após a roubada de bola. Um dos problemas do São Paulo na questão defensiva tem sido os encaixes de área nos cruzamentos, gerando chances ao oponente.

A equipe vem sofrendo muitos gols com cruzamentos do adversário, demonstrando dificuldade no encaixe de área, no qual muitas vezes os defensores acabam focando na bola e permitindo espaço para os oponentes. Para além deste padrão, outro que chamou a atenção neste início de ano, foi o de alguns erros na saída de bola que geraram transição defensiva e oportunidades para o adversário marcar gols com chutes geralmente da entrada da área.

Nas bolas paradas ofensivas, tanto de falta quanto de escanteio, a grande responsabilidade das cobranças é de Oscar, que tem boa técnica e batida na bola para criar situações para a equipe neste momento do jogo. Nas cobranças de escanteio, principalmente com o pé fechado, o atleta busca o cruzamento na direção da pequena área, visando os companheiros para desviarem ou finalizarem.

Nas bolas paradas defensivas, a equipe defende os escanteios de forma mista, colocando uma linha de quatro ou cinco atletas próximos a pequena área e cerca de três ou quatro jogadores mais focados na marcação individual direta dos oponentes.


Principal jogador do São Paulo já no ano passado, Lucas Moura inicia o ano em boa fase e deve dividir o protagonismo da equipe com Oscar. Atuando como ponta, em ambos os lados, ou como segundo-atacante mais móvel para atacar espaços ao lado de Calleri, o atleta se destaca pela capacidade física e qualidade técnica para produzir ofensivamente. Apesar dos 32 anos, mostra-se em excelentes capacidades para formar uma dupla de impacto com Oscar no setor de meio/ataque da equipe e buscar impulsionar a equipe a campanhas melhores nas competições do que no ano passado.

Gráfico: Footure PRO

Ponto focal do ataque da equipe, Calleri iniciou o ano com um bom rendimento e tem tudo para ser um dos grandes jogadores de impacto no setor ofensivo tricolor. O argentino, que tem boas características físicas para servir como referência no ataque e associar com os companheiros, também vem demonstrando o faro de gol e a capacidade para finalização dentro da área. Com a chegada de Oscar, o atacante agora também terá mais um jogador de alto nível em termos de criação de chances para abastecê-lo com oportunidades nos jogos.

Gráfico: Footure PRO

Um dos principais artilheiros da base do futebol brasileiro no ano passado, Ryan tem excelente movimentação, posicionamento e finalização dentro da área. Já atuou como ponta, mas nos últimos anos se firmou como centroavante na equipe Sub-20. Além dos aspectos técnicos e táticos, vale ressaltar a personalidade do atleta que apareceu em muitos momentos decisivos na base e marcou inclusive dois pênaltis seguidos de cavadinha nas semifinais da Copinha para garantir o time na final. O atleta tem feito a transição para o profissional após a Copinha e junto com outros jovens da base, pode ser muito útil ao elenco profissional neste ano.

Gráfico: Footure PRO
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