GUIA DO BRASILEIRÃO 2025: VITÓRIA
Após uma boa campanha em 2024, escapando do rebaixamento com antecedência, o Vitória buscar melhorar ainda mais o desempenho.
Após uma ótima temporada em 2024, conquistando o título estadual e a permanência antecipada no Brasileirão, o Vitória inicia 2025 querendo melhorar o seu desempenho. A equipe de Thiago Carpini chegou a ficar 15 jogos invictos na temporada, porém, o Leão vem de semanas em baixa após ser eliminado na Copa do Brasil para o Nautico e perder o Baianão para o maior rival. O objetivo agora é voltar a melhor forma no torneio nacional.
O Rubro-Negro sofreu baixas importantíssimas nesse começo de temporada. Entre elas, o lateral Lucas Esteves, o zagueiro e capitão Wagner Leonardo e Alerrandro, artilheiro do último Brasileirão. Apesar das saídas, a equipe baiana não fez um mercado com reposições de peso. Para o ataque chegaram Carlinhos, Fabri e Lucas Braga. Enquanto Lucas Halter se tornou o substituto de Wagner Leonardo. Apesar da saída de seu capitão, Thiago Carpini aposta bastante na consistência defensiva do Leão para a manutenção.

ESQUEMA BASE

O Leão apresentou formações diferentes ao longo da temporada, variando de acordo com o adversário enfrentado ou da responsabilidade da equipe. Quando necessita atacar mais, Thiago Carpini utiliza uma dupla de zaga e coloca os principais homens de frente juntos – Matheuzinho, Rato, Fabri, Lucas Braga ou Janderson. Porém, nos duelos contra equipes de Série A (exceção a volta na final do estadual contra o Bahia), o treinador tem optado por atuar em 5-4-1. Com um trio de defesa alto e mais adequado para defender em linhas baixas. Com Fabri ou Janderson como 9 de mobilidade, enquanto Lucas Braga se torna o extremo pela esquerda e Matheuzinho defende pelo lado direito, mas centralizando com bola.
COMO ATACA
A saída de bola do Leão é realizada em 3+2, utilizando os três defensores com a dupla de volantes a frente. Os laterais do Leão não participam desse momento, ficando mais avançados na segunda linha, prontos para receberem passes mais longos. Importante destacar que o goleiro Lucas Arcanjo é ativo nesses passes mais longos. A ideia da equipe é sair com velocidade, tentando aproveitar possíveis espaços no campo ofensivo, ao atrair o adversário para seu campo para pressionar. Usando bem as características dos homens de frente da equipe, que são mais adequados para atuarem em campo aberto.

O Leão utiliza principalmente de ataques rápidos para construir. Tentando atravessar o campo com poucos toques, buscando os atacantes se desmarcando nas costas da defesa. A equipe fica formatada com os laterais dando amplitude, bastante abertos no campo. Os volantes William Oliveira e Baralhas se apresentando na intermediária e tentando pisar na área – destaque para Baralhas que já tem três gols na temporada. Janderson e Fabri buscando fixar os zagueiros, além de estarem sempre prontos para buscar os desarmes. E para finalizar, Matheuzinho ou Rato buscam a zona entrelinhas ou base da jogada, sendo os principais elos de construção.
Como citado, Matheuzinho é o maior criador do Leão. O meia utiliza bem sua força para proteger a bola e girar sob os marcadores. Mas sua maior qualidade são os passes em profundidade. Enquanto W. Rato ainda busca encontrar a regularidade dentro das partidas. A agressividade dos laterais leoninos também paute muito a ofensiva da equipe, recebendo a bola em boas condições para alçarem na área.
COMO SAEM OS GOLS
Os gols do Rubro-negro saem prioritariamente de duas formas. Primeiro de recuperações de bola no campo do adversário, realizando uma pressão que busca fechar as linhas de passe dos defensores, ocasionando recuperações próximas ao gol, usando como exemplo os dois gols diante do Fortaleza na Copa do Nordeste. Além disso, a equipe baiana marca muitos gols provenientes de ataques rápidos. Atravessando o campo com poucos passes, com o último ou penúltimo passe sendo uma bola mais arrojada, um passe em profundidade, buscando os desmarques de Janderson ou Fabri.
COMO DEFENDE
A pressão do Rubro-negro busca induzir os adversários para o lado do campo, cercando o portador da bola, fechando possíveis linhas de passe, obrigando a bola longa. Para isso, o papel do centroavante da equipe é essencial, apesar de não se fixar em algum zagueiro específico, o jogador busca fechar a opção de passe para o defensor ao lado, obrigando o passe na lateral ou retorno para o goleiro.

Próximo a seu gol, a equipe utiliza um 5-4-1 com marcação predominantemente zonal. Porém, com pressão no portador da bola. Essa última linha com cinco jogadores, torna mais difícil a inversão de jogo dos adversários, já que sempre um dos laterais sempre estará mais próximo aos extremos, dificultando a conquista de espaço para duelos 1×1. O Leão também tem um gatilho de pressão muito utilizado, para pressionar de forma mais agressiva quando os rivais levam a bola para as laterais. Nesse momento, a equipe como conjunto sobe para pressionar, tornando o espaço ainda mais reduzido para a troca de passes.
Sem Wagner Leonardo, Neris acaba sendo a maior liderança defensiva do Leão. Sendo o zagueiro pelo centro, é responsável por realizar coberturas aos demais defensores e também fazendo encaixes curtos nos atacantes, tirando o espaço na entrelinha. O trio titular tem maior predominância para defender em linha baixa, tendo problemas para cobrir as costas quando o Vitória sofre contragolpes.
COMO SOFRE OS GOLS
O Leão tem sofrido no espaço entre as linhas, principalmente quando sobe a marcação, quando o portador da bola tem espaço e encontra o passe nas costas dos volantes, deixando os atacantes com muito espaço, dessa forma o Vitória tem sofrido alguns gols em finalizações a média distância. Outra debilidade tem sido a bola parada defensiva, com a equipe sofrendo quando o adversário se antecipa atacando a bola.
BOLA PARADA
Ofensivamente o Leão coloca três jogadores na pequena área, com destaque para Matheuzinho que fica mais posicionado na primeira trave e se movimenta após o momento da cobrança, tentando se antecipar aos marcadores. Além disso, outros três jogadores ficam atrás da marca do pênalti, correndo para próximo ao gol quando a bola é alçada na área.
Defensivamente a equipe utiliza uma marcação mista, com três defensores responsáveis pelos encaixes individuais. Entretanto, o Rubro-Negro tem tido dificuldade para defender movimentos curtos dos adversários na primeira trave, sendo uma debilidade que tem gerado gols sofridos pelo Vitória.
MELHOR JOGADOR – MATHEUZINHO

O meia foi um dos principais remanescentes de 2024, estando no clube baiano desde o título da Série B. Assumindo um papel ainda maior na criação da equipe nessa temporada, Matheuzinho se movimenta bastante na intermediária ofensiva, partindo do lado direito para o centro, buscando a bola próximo aos volantes ou ocupando a entrelinha. Sendo responsável pelos passes mais agressivos da equipe, buscando as costas da defesa.
Sua qualidade no passe é boa, mas além disso, o meia destaca-se pela força, conseguindo girar bem sob os adversários. Além de suportar bem o contato. Tem uma finalização de qualidade, finalizando com firmeza buscando o canto do goleiro.

MELHOR ESTRANGEIRO – CÁCERES

Titular desde a última temporada, o paraguaio é uma peça importante nos dois lados do campo leonino. O lateral direito busca oferecer sustentação defensiva a linha de 5, ajudando a alargar o campo. Além de não poder desgarrar da linha. Com a bola, precisa atacar o corredor, principalmente devido aos movimentos de Matheuzinho para centralizar e ajudar na criação. Tem um bom físico para a sua posição. Na saída de bola, trabalha mais avançado, ficando na segunda linha, esperando a equipe sair do campo defensivo.

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