Guia do Brasileirão: Criciúma

Após dois acessos sob o comando de Tencati, o Criciúma enfim buscará estabilidade na Série A.

Após volta a Série A, com um trabalho de longo prazo, contando com dois acessos nacionais com Cláudio Tencati no comando, o Criciúma se reforçou para a disputa do Campeonato Brasileiro e conta com alguns nomes conhecidos no cenário brasileiro, como: Éder, Miguel Trauco, Marquinhos Gabriel e Felipe Vizeu. Além desses jogadores, o tigre também contratou Yannick Bolasie, famoso atacante congolês com longa passagem pelo futebol inglês. Diante disso, o objetivo é criar estabilidade na primeira divisão a partir dessa temporada, que tende a ser desafiadora.

Gráfico: Footure PRO

Geralmente o Criciúma varia sua plataforma dentro dos jogos, mas vem utilizando muito um 4-1-3-2, priorizando a dupla de atacantes na frente e alternando entre Éder, Kayzer, Vizeu. Marcelo Hermes e Miguel Trauco, dois laterais-esquerdos de origem, podem atuar juntos, com o peruano na linha de meio-campo. Para o Campeonato Brasileiro, com a chegada de Bolasie e outros jogadores, Tencati pode adotar uma espécie de 4-3-3, algo que já foi testado no Campeonato Catarinense, mas sem pontas puros.

Na saída de bola, o Criciúma costuma utilizar a saída com a linha de quatro jogadores, podendo variar o posicionamento dos laterais que em alguns momentos ficam mais projetados. Um dos volantes busca se aproximar para ser opção de linha de passe e gerar apoio para a primeira linha, geralmente no 4+1. Porém, o Criciúma também tem o jogo direto como alternativa, principalmente em situações de pressão. Felipe Vizeu tende a ser muito importante como alvo quando esse cenário acontecer.

Utilizando o 4-1-3-2 como base, com os dois atacantes ocupando a linha de defesa adversária, há muita mobilidade do meia-atacante para criar jogadas e variação das características dos jogadores que completam a linha de três. Existe a possibilidade da utilização do 4-3-3, com Kayzer ou Vizeu caindo pelos lados, quando Éder está no centro, ou a escolha de dois pontas com características naturais da posição, como João Carlos e Bolasie. Independente do sistema, o time depende muito da criatividade de seus jogadores que atuam no meio-campo, como por exemplo Marquinhos Gabriel e Felipe Mateus, que conseguem muitas vezes associar pelo meio e também aproveitar os laterais pelos lado do campo, principalmente na esquerda com Hermes ou Trauco.

No momento defensivo, podem variar a estrutura, mas geralmente partem do 4-1-3-2, deixando muito espaço no entrelinhas e, em alguns momentos, com falta de intensidade na pressão por parte dos atacantes. Esses aspectos podem ser fragilidades latentes da equipe contra adversários de maior expressão.

Além disso, Cláudio Tencati utiliza também o 4-2-3-1, o 4-4-2 e o 4-1-4-1. Independentemente da formação de defesa escolhida, um ponto para se atentar é o retorno dos jogadores mais avançados, que, em muitos momentos, é realizado de forma lenta, dificultando a montagem da estrutura do bloco defensivo e podendo deixar o time em inferioridade numérica. Outro problema recorrente são os espaços entrelinhas no momento de defender, principalmente quando ficam com apenas um jogador na frente da zaga como volante.

Na bola parada ofensiva, a equipe busca a realização de muitas jogadas ensaiadas, e pode levar muito perigo nas mesmas, sendo uma grande alternativa para impactar jogos e conseguir marcar gols. Já na bola parada defensiva, costuma defender o escanteio de forma mista, com maior foco no setorial (zona).


Referência técnica no ataque do Criciúma desde a sua chegada, o atacante será um dos nomes que mais pode impactar nos jogos do Tigre, apesar de seus 37 anos. Na campanha do acesso, Éder teve 11 participações em gols (nove gols e duas assistências) nos 26 jogos que disputou. Já na atual temporada, foi as redes três vezes em dez jogos. Com sua boa capacidade técnica para se associar com os companheiros, criar jogadas e finalizar no gol, o jogador será importante para as pretensões do time no campeonato.

Lateral-direito com boa experiência no futebol brasileiro, Claudinho chama atenção pelo perfil físico para a posição e boas capacidades técnicas para impactar a equipe no ataque e na defesa. Em alguns jogos atuou em posições mais ofensivas, como ponta-direita ou segundo volante e conseguiu desempenhar bem. O jovem de 23 anos tende a evoluir ainda mais nessa temporada, tanto na frente, já tendo marcado três gols no ano, mas principalmente ao defender, com boa média de interceptações por jogo no Catarinense (5,61).

Gráfico: Footure PRO

Jogador com boa experiência internacional e em sua seleção, Miguel Trauco deve ser um dos pilares da defesa do Criciúma na temporada, mesmo que possa revezar com Marcelo Hermes em alguns momentos ou até mesmo jogando juntos, como ocorreu neste início de temporada. Normalmente um deles atuando como lateral e o outro como meia pela esquerda. Tem muito a acrescentar a equipe, inclusive nas bolas paradas.

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