Inovação: o índice Footure que calcula a criatividade e capacidade associativa dos jogadores
Projetado nos últimos meses, Índice Footure poderá calcular os jogadores mais associativos de cada Liga do mundo
Nos últimos anos, com a globalização e o acesso ao conhecimento, ocorreram transformações que resultaram em avanços tecnológicos, provocando melhorias em diferentes áreas da sociedade. A evolução científica alcançou níveis brutais especialmente graças aos cálculos matemáticos e soluções de fenômenos físicos, propiciando descobrimentos fundamentais para a humanidade seguir seu desenvolvimento com o transcorrer dos anos.
Em termos futebolísticos, atualmente temos plataformas que disponibilizam estatísticas de desempenho individual do mais alto nível e possibilitam o estudo com profundidade de atletas e equipes. Considerando o contexto atual, é importantíssimo utilizar estas ferramentas para atingir um padrão de análise suscetível de conclusões táticas e estruturais. Pensando em ingressar na área de scouting com um produto inovador e complexo, o Footure construiu seu próprio algoritmo que calcula a criatividade e capacidade associativa de futebolistas de diferentes ligas, com intenções de construir reportes e finalidade de vender o programa como um produto definitivo no mercado em geral.
ATENÇÃO: O Índice Footure serve para encontrar jogadores em alto nível associativo. Jogadores como Lionel Messi, Ziyech, Neymar, Juan Quintero, entre outros, podem não aparecer entre as primeiras posições no acerto de passes, mas o contexto mostra sua importância e qualidade no quesito. Por isso, é preciso ressaltar que essa e qualquer estatística sempre precisa ser interpretada dentro de um contexto e em uma análise que se identifique o que se está buscando
Quais os critérios do algoritmo para retornar os valores específicos?
Os critérios estão totalmente relacionados com as métricas estatísticas que determinam a criatividade e capacidade associativa de um atleta através do que os números permitem análise. A expressão algébrica desenvolvida, que evidentemente não será revelada, possui índices como os passes corretos, longos, progressivos, incorretos, em profundidade e no último terço realizados por X jogador, as perdas de possessão, assistências para finalização em bola parada e ataque posicional, dribles completados, entre outras variáveis na substituição do cálculo, com uma função linear que retorna valores de 0 a 5 do nível associativo de determinado atleta. A construção de um parâmetro perfeito foi capital para a produção do algoritmo: existe uma atuação padrão que atinge a nota dez.
A partir desta, estabelecemos relações matemáticas para que cada variável inserida se relacione com sua respectiva constante. Outro ponto interessante é que existe um coeficiente de posse de bola com um valor Y que diferencia rendimentos de acordo com o contexto em que o jogador está inserido. Em outras palavras, um meio-campista que realizou 23 passes em um cenário que sua equipe somou 65% do tempo com a possessão, terá menor peso na hora de calcular seu nível associativo em relação a outro que atuou em um contexto reativo com menor quantidade de posse de bola e, produziu, por exemplo, 45 passes com a porcentagem de sua equipe não alcançando os 45%. São cálculos e variáveis que fazem toda a diferença nas substituições e na função criada. Ademais, o algoritmo também é capaz de medir a verticalidade e agressividade de jogadores específicos de acordo com a forma como os dados são interpretados.
Qual a intenção com o Índice Footure?
A intenção principal da empresa com o algoritmo é transformá-lo em um produto com clientes no mercado por intermédio da plataforma de análise de desempenho do Footure Pro. Como tudo na Álgebra, podemos representar o algoritmo de diferentes maneiras: gráficos e tabelas, como o exemplo abaixo de resultados obtidos pelo programa desenvolvido aplicado com os principais meio-campistas da Premier League. Note que as ordenadas e abcissas estabelecem coordenadas que representam o nível associativo do jogador de acordo com seu rendimento ao longo da temporada e com o tipo de passe mais importante no futebol atual: o progressivo, que rompe linhas adversárias, elimina rivais e gera vantagens táticas e posicionais ao receptor.
Além dos gráficos e tabelas, o objetivo é construir reportes táticos com grande conteúdo, não só fornecendo os dados a partir do algoritmo, mas também oferecendo análises aprofundadas interpretando as estatísticas e explicando cada métrica para tornar o material útil para agentes, clubes e treinadores. Também produziremos reportes individuais a partir dos dados do algoritmo e, posteriormente, será desenvolvido outro programa responsável por avaliar matematicamente as capacidades defensivas de jogadores de linha. Aos interessados no projeto, pode-se encomendar reportes, gráficos e tabelas de ligas específicas a partir do contato com o Footure Pro, que já possui uma equipe trabalhando na produção gráfica, analítica e de base de dados do algoritmo de índice associativo construído pelo físico Higor Santos, parceiro da empresa e idealizador do projeto.
Interpretação dos dados obtidos
Utilizando as estatísticas retornadas por intermédio do algoritmo de índice associativo, percebemos que as métricas utilizadas no programa são equilibradas em seus critérios de avaliação em linhas gerais. Analisando o contexto, os dois jogadores que apresentaram melhor nível criativo de acordo com a base de dados aplicada, foram meio-campistas como Rodrigo Hernández e Mateo Kovacic, dois futebolistas que produzem muitos passes por jogo em média e acostumados a assumir a iniciativa da organização ofensiva de suas equipes na base da jogada.
Mesmo que sejam jogadores totalmente distintos em termos estilísticos, os dois realizam muitíssimos passes progressivos (o que rompe linhas e elimina adversários), como pode-se interpretar no gráfico. Enquanto o croata caracteriza seu jogo pela condução e dribles na zona central do terreno de jogo, o que explica que seus passes eliminem rivais, o espanhol formado no Villarreal é um especialista ativando companheiros entre as linhas do bloco adversário no jogo de posição de Pep Guardiola no Manchester City.
Outras peças que alcançaram índice notável como o ítalo-brasileiro Jorginho e o alemão Ilkay Gundogan obtiveram notas relativamente altas, superando o 3 em uma escala de 0 a 5 em níveis associativos e criativos. Se por um lado o ex-jogador do Napoli se trata de uma peça diferencial na hora de produzir através do passe na base da jogada e utilizar o conceito do terceiro homem, o atleta do Manchester City marca diferenças em diversos contextos em um time que soma uma média altíssima de posse de bola a cada 90 minutos, sendo o tempo com o esférico nos pés um critério fundamental na equação que o algoritmo aplica para determinar a capacidade associativa do jogador em específico. Funciona da seguinte maneira: se a posse for proporcional ao número de passes realizados, o algoritmo multiplicará por um coeficiente discreto; caso contrário, utiliza-se uma variável aleatória para alcançar um resultado condizente com os dados retornados.
Por outro lado, dois dos jogadores com pior nível associativo entre as 20 equipes que disputam a Premier League foram dois futebolistas do Burnley dirigido por Sean Dyche, os experientes Jack Cork e Ashley Westwood. São conceitos diretamente relacionados: desenvolvemos a fórmula ao ponto de que esta seja capaz de analisar o contexto que o jogador está inserido através dos números alimentados. Como já é conhecido, o Burnley pratica um jogo rústico, com muito trabalho defensivo e agressividade sem a bola, sempre apostando muito nas situações de bola parada e jogo direto, o que diretamente impossibilita a presença de meio-campistas de perfil associativo. É uma questão não só estatística como interpretativa e contextual. O Índice Footure é completo neste sentido.
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