Os 3 pontos fortes da Internazionale na final da Champions League

Em busca do quarto título da Champions League, a Inter tem três fatores que podem fazê-la vencer o Manchester City.

Após 13 anos, quando derrotou o Bayern de Munique na final, a Inter de Milão voltará a jogar uma final de Liga dos Campeões. Depois de passar por instabilidades que culminaram em várias campanhas ruins na última década, os Nerazzurri conseguiram uma reestruturação atingindo uma solidez que os coloca novamente no maior palco do futebol europeu. 

Comandada por Simone Inzaghi, a Inter se porta em campo com três zagueiros — algo que ocorre na equipe desde o antigo treinador Antonio Conte. Com uma defesa bem fluída e que se movimenta bastante, somado ao poder de fogo da sua estrela, o atacante argentino Lautaro Martinez, a Inter espera vencer o Manchester City conquistando assim sua quarta taça do torneio. 

Usando um 5-3-2 no campo de defesa, o primeiro ponto de destaque dos italianos é a velocidade com que a Inter gira para o lado em que a bola está. Devido a sua linha de 5 defensores, seus laterais\alas ficam bem abertos no último setor de defesa e ambos conseguem subir rapidamente para executar os gatilhos de pressão nos laterais ou extremas dos adversários. 

O posicionamento médio defensivo da Inter na temporada 22/23 (Footure PRO)

A importância de Barella no momento defensivo

Essa eficiência em pressionar e tirar o espaço do adversário nas laterais do campo se deve bastante também a capacidade dos meias da equipe em conseguirem fechar bem as linhas de passe pelo centro. Defender com três no meio campo exige muita concentração e físico para conseguir cobrir um grande espaço de campo — e nessa fase, Barella acaba se destacando. 

O meia tem boas leituras, se adaptando as situações do jogo. No jogo da volta contra o Milan, por exemplo, devido as movimentações de Rafael Leão, Dumfries acabava por acompanhar o português por diversas partes do campo, deixando a ala para Theo Hernandez. Com isso, Nicolo era responsável por fazer esse encaixe no lateral do Diavolo, conseguindo tirar seu peso ofensivo. Com o Manchester City buscando em muitos momentos a inversão de bola para o lado oposto, esse giro rápido da linha defensiva da Inter pode ser uma forma bem interessante de conter o potente ataque inglês. 

Saída de bola longa procurando o pivô de Lukaku ou Dzeko

Apesar de inconsistente, a saída de bola da Inter é um fator muito curioso para esse confronto. Primeiro, pelo fato da equipe ter um goleiro de muita qualidade na iniciação da jogada. Onana mostra muita tranquilidade e consciência ao tirar a bola da zona de pressão, enquanto Brozovic é um dos principais volantes do mundo recebendo a bola pressionado e saindo desta zona de pressão.  

Contudo, não é a saída curta que chama atenção para a final. Os Nerazurri usam muito o pivô de Lukaku ou Dzeko na fase ofensiva e isso se intensifica na saída de bola. Quando o adversário sobe pressão, os zagueiros da Inter buscam passes longos e rasteiros para o centroavante proteger a bola e acionar os meias de frente para a jogada. A eficiência nessa proteção contra Ruben Dias ou Stones, será fundamental para uma possível vitória da equipe. 

O poder de desmarque e de decisão de Lautaro Martinez

Após uma Copa do Mundo abaixo da média, mesmo com o título conquistado, Lautaro Martinez teve um crescimento exponencial na temporada e chega na decisão com a marca de 29 gols e 10 assistências. Sendo a principal referência ofensiva da Inter, Lautaro molda bastante o sistema ofensivo com sua qualidade no desmarque e a equipe buscando sempre ativá-lo atacando na última linha no costado da defesa. 

‘El Toro’ consegue realizar bons movimentos em diagonal, lendo bem a última linha defensiva e fugindo de situações de impedimento. Além disso, tem boa velocidade, escapando rapidamente dos defensores. Frente a frente com o goleiro, tenta finalizar prioritariamente com sua perna esquerda, com finalizações no canto contrário do goleiro. 

Passando em segundo no seu grupo, a Inter precisou eliminar os rivais portugueses (Porto e Benfica) de forma consecutiva e, posteriormente, seu maior rival, o Milan, nas semifinais. Com uma segurança defensiva gigante na fase mata mata, tomando gol apenas em uma partida, os Nerazurri tem armas suficientes para bater o Manchester City e voltar a comemorar um título de esfera internacional.

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