7 jogadores sub-20 para observar na elite do futebol brasileiro em 2023

O calendário cheio faz com que as equipes montem elencos com maior profundidade, abrindo caminhos para os jovens mostrarem serviço. Confira sete atletas que podem se destacar nesta temporada em seus clubes.

O início de mais uma temporada traz consigo a expectativa por novos jogadores que poderão brilhar na primeira prateleira do futebol brasileiro. Desta vez não será diferente e teremos vários prospectos pedindo passagem no profissional.

Embalados por Endrick e Vitor Roque, dois dos principais jovens talentos do país, cada atleta tem seus pontos fortes e fracos que serão trabalhados para extrair o melhor. Alguns chegam para a sua segunda temporada na equipe principal, onde colecionaram bons minutos em 2022, e outros viverão a expectativa da primeira grande chance da carreira já que na base os desafios parecem “pequenos” diante de tanto talento.

Seja no Estadual ou no decorrer do ano em competições ainda mais intensas, estes jovens certamente serão acionados para darem às suas equipes fôlego novo, repertório e muita vontade para permanecer no radar. Separamos sete atletas nascidos a partir de 2003 que foram pouco utilizados e quase não apareceram no principal 2022, mas que serão bastante acionados e poderão superar as expectativas nesta temporada.

André Dhominique (2003) – lateral direito, Bahia

Com grande influência no apoio pelo lado direito, o jovem lateral já mostrou suas credenciais na última Série B e foi um dos nomes importantes do Bahia na conquista do acesso para a primeira divisão. Agora, com City Group e Renato Paiva no comando, a valorização e evolução de seus predicados físicos e técnicos darão a possibilidade de trilhar caminhos ainda mais promissores.

Seja na transição ou explorando a profundidade quando a equipe troca de direção, é sempre uma alternativa interessante pela grande capacidade para infiltrar gerando espaços no corredor ou chegando mais à frente para tentar o cruzamento. Inteligente nas decisões tomadas, muito assertivo e dono de uma personalidade enorme. Nome frequente, tem o necessário para seguir o mesmo caminho na principal.

Giovani (2004) – ponta, Palmeiras

Campeão da Copinha 2022, Giovani esbanja talento e técnica para ser incisivo no terço final. Com uma canhota afiada e dribles rápidos para escapar da marcação partindo da ponta direita, já provou que Abel Ferreira pode contar com seu futebol para alcançar os objetivos do supercampeão alviverde. Quando puxa para dentro e arma o chute, é certeza de perigo para as defesas adversárias.

Sempre bem posicionado para receber e girar para progredir, o jovem com 19 anos completados no primeiro dia deste ano é um nome bem avaliado não somente no futebol brasileiro como também no europeu. É mais uma prata da casa que tem tudo para se destacar em um ano cheio de desafios para o Palmeiras.

Rodriguinho (2004) – meia, São Paulo

Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Lançado por Rogério Ceni na temporada passada, o meia demonstrou atitude e qualidade em meio a uma pressão por bons desempenhos em um setor que pouco produziu. Cotia não é tida como um dos melhores centros de formação do continente por acaso e pelos pés de Rodriguinho tudo se repete. Seu bom passe acionando os atacantes na entrelinha, além da capacidade para ditar o ritmo na faixa central do campo dão fluidez e encaixam perfeitamente no que é proposto.

Podendo atuar tanto mais recuado construindo desde a intermediária quanto mais avançado, por vezes mais próximo da referência ofensiva, será um ano fundamental para seu progresso físico e técnico. No último Campeonato Brasileiro teve três participações e não há dúvidas de que será bastante utilizado.

Jean Pedroso (2004) – zagueiro, Coritiba

Foto: Divulgação/Coritiba

Recém-promovido ao time principal do Coxa, Jean vive um início de ano especial. Convocado para a Seleção Brasileira que irá disputar o Sul-Americano Sub-20, substituindo o lesionado Michel (Palmeiras), tem a chance de mostrar serviço e provar seu valor para voltar à sua equipe pronto para os desafios. Mais uma vez forte no mercado o Coxa ainda vai em busca de um zagueiro para encorpar o elenco, mas tem no jovem de 18 anos a esperança de um futuro positivo.

O zagueiro canhoto possui boa cobertura e controle do espaço para proteger a área, antecipa bem e participa com eficiência na iniciação das jogadas. É um perfil interessante para a equipe e pode certamente ter utilidade sob o comando de António Oliveira, já que seu modelo de jogo vai de encontro com as características do jovem.

Pedro Junqueira (2004) – ponta, Goiás

Foto: Heber Gomes

Em uma temporada de altos e baixos para a equipe esmeraldina, mas que terminou com vaga na Sul-Americana, Pedrinho foi uma das grandes notícias para comissão técnica, diretoria e torcida. O jovem que está disputando a Copinha chegará com moral ao time principal e deverá ficar de vez para demonstrar tudo que vem fazendo na base nos últimos anos.

Veloz, driblador e talentoso nas conduções, há repertório para sair da pressão e deixar companheiros em boas condições de finalizar. Além disso define bem, possui qualidade no último passe e no acabamento das jogadas. É interessante ver como o trato com a bola o torna uma ótima alternativa nos momentos em que a equipe sofre para construir jogadas e aproveitar as progressões. Não lhe falta atitude.

Douglas Mendes (2004) – zagueiro, Red Bull Bragantino

O ambicioso projeto do RB Bragantino viu em DG a possibilidade de um caminho dominante na defesa do Massa Bruta. Ainda que não tenha feito muitas partidas pela nova equipe, desde os tempos de Ponte Preta sua maturidade no entendimento tático e leitura das jogadas para antecipar chamaram a atenção de vários clubes da elite.

Nesta temporada, espera-se que seja mais utilizado e não tenha problemas para se adaptar ao novo contexto. Forte no alto, também não lhe falta mobilidade para vencer duelos terrestres. Equilíbrio nos embates, atingindo boa velocidade para bloquear e superar o oponente, além da qualidade com bola. É mais um bom nome da ‘geração 2004’ que terá tudo para colher frutos em alguns anos principalmente visando seleção principal. Até lá, a confiança no processo será a chave para o resultado enfim aparecer.

Alexsander (2003) – lateral/volante, Fluminense

Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Depois de revelar André para o cenário nacional e prepará-lo para a Europa em breve, o Fluminense já conta com a eficiência e talento de Alexsander no elenco principal. Já utilizado por Fernando Diniz em uma função que chegou a exercer algumas vezes, a lateral esquerda, o camisa 35 é um dos atrativos do Tricolor para esta temporada.

Jogando em sua posição de origem, o volante oferece qualidade nos passes, boas ações defensivas para ajudar a proteger a defesa e a facilidade em desarmar organizando a equipe na hora de progredir – seja com passes ou conduções em velocidade. Um talento especial que Xerém mais uma vez produziu e que está pronto para assumir responsabilidades maiores.


As futuras gerações são extremamente promissoras e talentosas, e não há dúvidas de que preencherão espaços importantes em suas respectivas equipes. Muitos nomes surgirão como revelações e futuras realidades do nosso futebol, o tornando ainda mais competitivo.

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