Quem Contribuiu Mais? Avaliação das Contratações dos Times do Brasileirão Série A 2025 com Base no Tempo de Jogo e na Disponibilidade
O estudo explica a efetividade parcial de atletas adquiridos nessa temporada.
Avaliar o sucesso de uma contratação é uma tarefa complexa, pois envolve observar uma série de diferentes aspectos. Neste contexto, este artigo apresentará uma versão inicial de uma metodologia de avaliação das transferências realizadas, focando em quantificar minutos jogados e o grau de disponibilidade do atleta para utilização nas partidas.
Para tanto, foram colhidos dados do Footlink relativos a todos os times do Brasileirão Série A de 2025 e de todos os atletas contratados na primeira metade do ano. Com essas informações, foram levados em consideração duas métricas principais:
- Minutos Jogados:
São apresentadas duas versões, uma onde a minutagem é avaliada em relação à todas as partidas do clube e outra onde apenas são consideradas as partidas onde o jogador estava efetivamente disponível (não estava lesionado, não estava à disposição de sua seleção nacional e não apresentava nenhum problema de documentação que o impedisse de atuar);
- Partidas disponíveis:
Também são apresentadas duas versões, uma considerando todas as partidas, que será a versão apresentada em todas as tabelas, e outra desconsiderando do cálculo partidas não disponíveis por presença na seleção ou problemas de documentação, que será utilizada no cálculo da nota de cada contratação. Esses motivos de ausência foram desconsiderados por se tratarem de fatores externos ao controle direto do atleta ou do clube, e por não refletirem sua capacidade intrínseca de se manter disponível. Ao contrário de uma lesão — que impacta diretamente a vida esportiva do atleta —, questões como problemas de documentação não dizem respeito à sua condição de jogo em essência.
Nesta análise, foram assumidas algumas premissas importantes, com o intuito de assegurar uma maior confiabilidade dos resultados apresentados. Foram considerados apenas as competições nacionais (Brasileirão e Copa do Brasil) e internacionais (Libertadores e Sulamericana) para contabilização das métricas por time e jogador, uma vez que os campeonatos regionais são períodos em que muitos times utilizam times alternativos ou rotacionam bastante o elenco.
Além disso, não foram considerados goleiros, pois está é uma posição com pouca rotação, onde o titular costuma jogar quase 100% do tempo, enquanto que o reserva muitas vezes nem é utilizado. Por fim, as contratações consideradas e apresentadas referem-se a jogadores que estavam disponíveis em ao menos uma partida das competições citadas, o que significa que atletas que estavam nos clubes apenas durante os campeonatos regionais não serão contabilizados.
VISÃO GERAL DAS CONTRATAÇÕES DOS CLUBES DA SÉRIE A

Analisando esta tabela é possível observar alguns pontos muito interessantes e que foram considerados no processo de construção da metodologia de avaliação das contratações:
• O Juventude e o Flamengo são as equipes que apresentaram o menor percentual de minutos jogados, apenas 32% dos minutos jogados quando disponíveis. O Juventude é também a equipe que menos teve os atletas à disposição, com 63% do tempo somente.
• O Bahia e Flamengo foram os clube que conseguiram a melhor performance no que diz respeito a contratar jogadores e mantê-los aptos a serem utilizados pelo seu técnico, ambos com 90%;
• O São Paulo foi a equipe que mais extraiu minutos dos seus reforços quando estes estavam disponíveis para atuar, utilizando eles em 60% dos minutos. Destaque também para o Palmeiras que vem logo atrás com 56%.
RELAÇÃO ENTRE MINUTAGEM E DISPONIBILIDADE
Considerando a relação entre a minutagem e disponibilidade, foi possível atribuir uma avaliação (de 0 a 5 estrelas) para cada uma das contratações e, por consequência, do mercado de transferências de cada um dos 20 clubes da Série A.
É Importante ressaltar que essa avaliação é feita considerando apenas aspectos relacionados à utilização dos jogadores nas partidas, sem considerar a performance técnica, valores investidos e a expectativa existente a priori. Na imagem a seguir é possível observar como estão ranqueados os clubes e a distribuição do total de reforços em cada um dos níveis considerados:

PALMEIRAS: APÓS UMA TEMPORADA SEM TAÇAS, A RESPOSTA VEIO NO MERCADO
Após uma temporada sem conquistas e com o horizonte da primeira edição do Mundial de Clubes da FIFA em 2025, o Palmeiras adotou uma estratégia agressiva no mercado. Deixaram o clube nomes como Rony, Gabriel Menino e Zé Rafael, atletas que, apesar do histórico vitorioso, vinham perdendo protagonismo e enfrentavam crescente resistência da torcida. No lugar, chegaram sete reforços, boa parte deles com valores expressivos que contribuíram para a maior janela da história do clube em volume financeiro e uma das mais expressivas do futebol brasileiro recente.
A diretoria apostou em dois perfis complementares: atletas em alta em ligas alternativas, como Micael e Facundo Torres (MLS) e Emiliano Martínez (Superliga dinamarquesa), e jogadores com sólida experiência de Série A, como Paulinho e Bruno Fuchs (Atlético-MG) e Lucas Evangelista (Bragantino). A cereja do bolo foi o retorno de Vitor Roque, que busca retomar o bom momento após passagens discretas por Barcelona e Betis.
Do ponto de vista de minutagem e disponibilidade, o Palmeiras lidera os indicadores entre os clubes da Série A, mesmo com a estratégia declarada de Abel Ferreira de promover rodízio e evitar repetir escalações.
Até aqui, seis dos sete reforços superaram a marca de 45% dos minutos disputados (quando disponíveis), considerando competições nacionais e a Libertadores, número que evidencia integração rápida e boa resposta física. A exceção é Paulinho, que é visto como um reforço para médio/longo prazo, uma vez que está enfrentando uma lesão delicada.
Apesar de oscilações pontuais nas atuações, o impacto das contratações é visível: o Palmeiras encerrou a fase de grupos da Libertadores com a melhor campanha geral e figura entre os líderes do Brasileirão. A expectativa é que o elenco mais profundo e fisicamente disponível permita ao clube competir em alto nível nas múltiplas frentes do segundo semestre, em um calendário que exigirá o máximo de gestão e consistência.

ATLÉTICO-MG: RECONSTRUÇÃO APÓS UM ANO DE QUASES
Vice-campeão da Libertadores e da Copa do Brasil, o Atlético Mineiro iniciou 2025 com o objetivo claro de deixar o “quase” para trás e brigar por títulos. Após perdas expressivas como Paulinho, Alisson, Zaracho, Battaglia e Otávio, o clube foi ao mercado em busca de reestruturar o elenco e manter a competitividade.
A saída mais sentida foi, sem dúvidas, a de Paulinho. Protagonista ao lado de Hulk em uma das melhores duplas ofensivas do país, seu vazio no ataque foi preenchido com volume: chegaram Rony, Júnior Santos e Cuello, três nomes que, juntos, superaram os R$ 100 milhões em investimento. Embora com perfis diferentes, os três podem ser considerados tentativas de suprir a lacuna deixada pelo camisa 10.
Entre eles, Rony e Cuello vêm entregando boa disponibilidade, ambos com mais de 80% dos minutos jogados e consolidados entre os titulares. Já, Júnior Santos, a contratação mais cara da história do futebol brasileiro para um jogador com mais de 30 anos, preocupa: atuou em pouco mais de 30% dos minutos da temporada, perdendo diversos jogos por problemas físicos.
Em outras posições, Natanael vem correspondendo bem e já é titular. Em contrapartida, nomes como Gabriel Menino, Caio Paulista, Vitor Hugo e Iván Román têm impacto reduzido, com menos da metade dos minutos disputados. Román, porém, é visto como uma aposta de longo prazo e deve ganhar mais espaço ao longo do ano.
De forma geral, o Atlético reforçou majoritariamente o setor ofensivo e foi mais pontual nas demais posições. A estratégia se mostra razoável até aqui, com o time ocupando a 7ª colocação no Brasileirão e classificado para os playoffs da Sul-Americana. No entanto, o elenco mais enxuto após as vendas e as lesões recentes ligam um sinal de alerta para o restante da temporada.

CRUZEIRO: INVESTIMENTOS ALTOS E RESULTADOS INSTÁVEIS
Vice-campeão da Copa Sul-Americana em 2024 e com uma campanha mediana na temporada passada, o Cruzeiro entrou em 2025 realizando investimentos robustos para qualificar seu elenco. Após contratações expressivas como Wallace e Kaio Jorge, o clube focou em oportunidades de mercado com jogadores em fim de contrato, além de realizar investimentos mais altos em setores carentes, como a defesa.
O principal nome da janela foi o zagueiro Fabrício Bruno, contratado do Flamengo por 44 milhões de reais. Chegou para ser referência na defesa e trazer estabilidade ao sistema defensivo. Além dele, o clube trouxe jogadores experientes, como Gabriel Barbosa e Dudu. Embora tenham vindo sem custos de transferência, são atletas que representam um peso financeiro relevante em termos salariais.
Apesar do volume de contratações, o Cruzeiro não conseguiu até aqui transformar parte desses reforços em atletas importantes. Dudu, por exemplo, deixou o clube após problemas nos bastidores. Gabriel Barbosa tem convivido com dificuldades físicas e vem sendo reserva de Kaio Jorge. Outros nomes, como Fagner, Bolasie, Marquinhos e Gamarra, têm pouca utilização e impacto dentro de campo, alguns por físico, outros por insuficiência técnica.
Mesmo com um desempenho sólido no Campeonato Brasileiro, reflexo do bom trabalho de Leonardo Jardim, a eliminação precoce na Copa Sul-Americana foi abaixo da expectativa para o investimento feito. A montagem do elenco expõe acertos importantes, mas também escolhas questionáveis que, além de custarem caro, pressionam o planejamento da temporada.

BOTAFOGO: EM SUA FASE MAIS GLORIOSA, A ESTRELA SOLITÁRIA COLOCA A METODOLOGIA À PROVA
Atual campeão da Libertadores e do Brasileirão, o Botafogo manteve em 2025 uma filosofia de mercado baseada em três pilares: a aposta em jovens com alto potencial técnico e valor de revenda, a contratação de jogadores em ascensão, e a incorporação pontual de nomes mais experientes, capazes de entregar rendimento imediato, mesmo que sem expectativa de retorno financeiro em uma futura transferência.
Essa estratégia, embora bem definida, faz com que o clube opere em estado constante de reformulação. Atletas valorizados são vendidos, apostas que não performam saem rapidamente, e veteranos em declínio técnico ou físico dificilmente têm seus vínculos renovados. O resultado é um ambiente de alta rotatividade, que exige adaptação permanente da comissão técnica.
Em 2025, esse ciclo se repetiu. Os dois principais nomes da equipe, Luiz Henrique e Thiago Almada, foram negociados com o futebol europeu. Outros atletas com grande minutagem também deixaram o clube, como Tiquinho Soares, Júnior Santos, Eduardo e Tchê Tchê. Com isso, o Botafogo precisou agir com intensidade na janela: foram 11 contratações, sendo quatro acima da marca de 10 milhões de euros, constituindo um dos maiores investimentos do futebol brasileiro neste ano.
Entre os reforços de maior impacto, destacam-se: Santiago Rodríguez, em boa fase recente na MLS e com perfil técnico para ser protagonista; Artur, que reúne experiência no Brasileirão e boa condição física; e Jair Cunha, revelado pelo Santos e monitorado há temporadas por clubes europeus. Os demais reforços, em sua maioria, têm perfil de aposta e ainda precisam mostrar resultado.
Quando avaliamos minutagem e disponibilidade, o retorno sobre esse investimento é, até aqui, modesto. Apenas Artur, Jair Cunha e David Ricardo estiveram disponíveis na maioria dos jogos e superaram a marca de 40% dos minutos disputados. É um sinal claro de que parte relevante das contratações ainda não conquistou confiança da comissão técnica ou enfrenta dificuldades físicas para se manter ativa.
O caso de Santiago Rodríguez ilustra bem esse cenário: com qualidade reconhecida, o meia ainda não conseguiu sequência, seja por questões de adaptação ou lesões. A expectativa interna é de que ele tenha um segundo semestre mais estável. Em contrapartida, nomes como Rwan Cruz, Elias Manoel e Nathan Fernandes, todos já ambientados ao futebol brasileiro, vêm enfrentando críticas da torcida e baixos índices de participação e vão precisar de uma grande reviravolta na temporada para serem considerados bons investimentos.

CEARÁ: A DIFÍCIL MISSÃO DO RETORNO À ELITE
Em 2024, o Ceará conquistou o acesso para a Série A na última rodada, após uma ótima arrancada na reta final. De volta à elite após dois anos na segunda divisão, a equipe perdeu peças importantes na janela de janeiro, como o atacante Erick Pulga e o zagueiro David Ricardo. A partir disso, o clube foi ao mercado em busca de reforços para fortalecer o elenco, almejando a permanência em 2025.
Sendo a equipe que mais se movimentou na janela, o Vozão trouxe 18 reforços, priorizando atletas em pico de desempenho (25 a 30 anos) e com experiência prévia na Série A, muitos por empréstimo, vindos de clubes onde tinham pouco espaço, como Pedro Raul, por exemplo.
Olhando para o aproveitamento de minutos desses jogadores, o Ceará é uma das equipes que mais utiliza seus reforços, que vêm sendo cruciais para o bom início no campeonato. Atualmente, ocupa a 12ª posição, dentro do pelotão que briga na parte de cima da tabela. Entre os destaques estão o zagueiro Marllon, o lateral Dieguinho e Pedro Raul, um dos artilheiros da competição até aqui com seis gols.
Embora o campeonato ainda esteja na primeira metade, o Ceará pode ser considerado um dos cases de sucesso da janela. O clube conseguiu trazer jogadores alinhados ao projeto e aos objetivos neste retorno à Série A, preenchendo de forma eficiente lacunas importantes deixadas por David Ricardo e Erick Pulga. Até aqui, os reforços vêm correspondendo bem e ajudando a equipe a superar um dos maiores desafios para quem retorna da Série B: se manter competitivo na elite, algo que, como sabemos, nunca é simples.

SPORT: DESTRINCHANDO A PIOR LARGADA DA HISTÓRIA DO CAMPEONATO BRASILEIRO
Subindo em terceiro lugar na Série B de 2024, o Sport retornou à elite do futebol brasileiro após três anos na segunda divisão. Mantendo boa parte da base que conquistou o acesso, o clube foi ao mercado em busca de reforços para manter o nível de competitividade na Série A.
Ao todo, foram 17 contratações, entre compras, empréstimos e novos nomes para o elenco. No entanto, após 11 rodadas, o cenário é preocupante: o Sport soma apenas três pontos, todos conquistados em empates, e já figura entre os piores inícios de campanhas da história da competição.
Mesmo com um investimento recorde na janela, a montagem do elenco levanta questionamentos. A estratégia foi buscar uma mescla de jogadores jovens e atletas mais experientes, como os portugueses Sérgio Oliveira e Gonçalo Paciência. Porém, chama a atenção que poucos desses reforços têm experiência prévia na Série A.
Entre os principais nomes, Rivera, Sérgio Oliveira, Paciência, Atencio, Hereda e João Silva nunca haviam disputado a primeira divisão brasileira. A maioria, inclusive, sequer acumulava minutos no contexto do futebol brasileiro, algo que parece pesar negativamente no desempenho da equipe até aqui.
Apesar de contar com atletas experientes como Pablo e Lucas Lima, o desempenho desses jogadores tem sido abaixo do necessário para o nível da Série A. O elenco, no geral, carece de coerência com o desafio da competição. Ainda há tempo para uma reação, e o próprio desempenho em alguns jogos mostra que o Sport poderia ter pontuado mais. No entanto, fica evidente que a estratégia de apostar majoritariamente em mercados externos e alternativos não trouxe os resultados esperados até aqui.

FORTALEZA: AS CONSEQUÊNCIAS DE TER UM ELENCO ENVELHECIDO
Após uma ótima campanha no Brasileirão de 2024, o Fortaleza manteve a base do elenco e a comissão técnica para 2025. No entanto, mesmo garantindo a classificação para a Libertadores, a equipe hoje amarga a 18ª colocação na tabela, o que começa a gerar instabilidade em um trabalho que parecia em constante ascensão. A grande questão que se impõe é: o que aconteceu?
Buscando reforçar o elenco, o Leão do Pici trouxe sete jogadores, priorizando atletas experientes e com bagagem continental, como Deyverson, Diogo Barbosa, Pol Fernández e o veterano David Luiz. No entanto, até o momento, esses reforços não entregaram o desempenho esperado, com todos atuando no máximo metade dos minutos disponíveis. O caso de Pol é ainda mais emblemático, já que o meio-campista rescindiu seu contrato poucos meses após a chegada.
Vale destacar também que, em 2024, o Fortaleza já figurava entre os elencos mais envelhecidos do campeonato, com média de 29,3 anos. Agora, em 2025, essa média subiu para 30 anos, algo que acende um sinal de alerta, especialmente em um calendário cada vez mais intenso e exigente fisicamente.
Na última partida antes da paralisação, apenas um titular, Gustavo Mancha, tinha menos de 29 anos. Além disso, a equipe tem demonstrado uma queda evidente de intensidade e sinais de desgaste, tanto físico quanto anímico, após a sequência negativa de resultados.
Ainda que haja margem para recuperação, a estratégia de apostar em jogadores mais experientes não tem surtido o efeito esperado até o momento. Embora não seja o único fator a ser considerado, os dados objetivos de minutagem indicam que os reforços pouco impactaram até aqui. O cenário indica que o Fortaleza precisará se movimentar na próxima janela de transferências para buscar soluções que revitalizem o elenco e ajudem na missão de repetir a recuperação rápida e consistente na tabela como já fez em anos anteriores.

SANTOS: DA EUFORIA COM O RETORNO DE NEYMAR AO TEMOR DE UMA NOVA QUEDA
De volta à elite do futebol brasileiro após uma temporada marcada por pressão e instabilidade na Série B, o Santos surpreendeu no mercado: adotou uma postura agressiva e investiu pesado em reforços, algo incomum entre clubes recém-promovidos. Apesar disso, a primeira metade de 2025 foi decepcionante em desempenho, e a estratégia adotada para reforçar o elenco tem gerado questionamentos por parte da torcida e da imprensa.
Um dos pontos mais criticados tem sido a montagem do sistema defensivo. Dos 12 jogadores contratados que permanecem no elenco, cinco atuam como zagueiros ou laterais, número razoável do ponto de vista quantitativo, mas sem grandes investimentos ou nomes consolidados. Zé Ivaldo e Gonzalo Escobar têm atuado com regularidade, mas sem conseguir elevar o nível da defesa, setor que foi determinante nas eliminações precoces na Copa do Brasil e no mau início no Brasileirão.
Na outra ponta, o ataque foi o foco principal da janela. O clube promoveu investimentos milionários em peças ofensivas e trouxe de volta Neymar, ídolo e maior nome da história recente do clube. Ainda assim, os resultados são frustrantes.
A posição de centroavante segue indefinida, mesmo após as contratações de Tiquinho Soares, já experiente, e Deivid Washington, considerado promissor. Nomes como Gabriel Veron e Thaciano, esperados como opções úteis no elenco, não conseguiram se firmar nem como reservas imediatos.
A grande decepção, no entanto, atende por um nome: Neymar. Contratado para ser protagonista técnico e emocional, o camisa 10 convive com lesões e longos períodos de recuperação. A sua disponibilidade tem sido baixa, e o impacto em campo, quase nulo até aqui, cenário bem distante das expectativas geradas por sua volta.
Ainda assim, há pontos positivos. O argentino Benjamin Rollheiser começa a se adaptar ao ritmo do futebol brasileiro e, nas últimas rodadas antes da pausa para a Copa do Mundo de Clubes, já se mostrou uma peça-chave, assumindo protagonismo criativo. O mesmo vale para Álvaro Barreal, que já demonstra potencial para ser útil na rotação.
De forma geral, o Santos aparece como o quarto time com melhor relação entre minutagem e disponibilidade entre os reforços contratados, um indicador relevante de que a reformulação foi ampla e, em termos físicos, funcional.
No entanto, o rendimento abaixo do esperado obriga o clube a manter o alerta ligado: novas peças deverão chegar na janela de meio de ano, e o técnico Cléber Xavier, ainda em início de trabalho, precisará encontrar rapidamente maneiras de extrair o máximo de seus principais reforços, sob risco de repetir as instabilidades que marcaram o ciclo anterior.

AVALIAÇÃO DAS CONTRATAÇÕES DO RESTANTE DOS CLUBES DA SÉRIE A
Apesar de não terem sido destacados, a visão geral das contratações dos demais times da Série A pode ser vista a seguir:












MINUTAGEM X DISPONIBILIDADE
A seguir é possível consultar a tabela que contém a faixa de percentual de minutos jogados quando o atleta está disponível, a faixa de percentual de partidas que o atleta esteve disponível para atuar e a nota correspondente.

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