Guia do Brasileirão 2021 | Como joga o Flamengo de Rogério Ceni

Em parceria com as redes sociais oficiais do Brasileirão, lançamos o Guia do Campeonato Brasileiro 2021. No décimo dia, vamos conhecer o Flamengo de Rogério Ceni

O Flamengo conquistou o Brasileirão 2020 na última rodada e Rogério Ceni permaneceu no cargo de treinador. Nesta temporada, a expectativa da torcida é repetir a dose e voltar a conquistar o torneio nacional — e ainda brigar pela Libertadores, claro. Para isso, o técnico do Rubro-Negro tem a mesma equipe com alguns reforços pontuais e a tendência é seguir forte na luta.

O “onze de gala” do Flamengo está praticamente definido. Na defesa apenas a dúvida enquanto Rodrigo Caio não retorna (Arte: TacticalPad)

A CONSTRUÇÃO DO FLAMENGO

A construção do Flamengo mudou desde o ano passado com o ingresso de William Arão na zaga. Na busca por qualificar a saída, Rogério Ceni transformou o volante em zagueiro e, neste momento, a equipe faz uma saída de 3 com o lateral — neste caso, Filipe Luís. Além disso, Diego é quem mais auxilia quando a equipe vai sendo mais pressionado e o camisa 10 gera mais uma opção de passe seguro.

Uma das alternativas quando a equipe quer atacar mais rápido são as inversões de William Arão — e aqui mais um motivo para sua colocação na função — para o lado esquerdo com Bruno Henrique atacando os espaços; ou então Rodrigo Caio buscando o lado direito com Isla.

COMO ATACA O FLAMENGO

O Flamengo é uma equipe com diversas opções ofensivas para atacar. No lado direito, Isla é o responsável para dar amplitude e profundidade no setor. Bem aberto, o jogador sempre busca atacar as costas da marcação adversária, enquanto Éverton Ribeiro sempre parte para o centro levando a marcação e também criando este espaço para dar o passe para o lateral ou então no movimento dos atacantes.

No lado esquerdo, Filipe Luis fica mais na base da jogada depois de auxiliar os zagueiros e então temos Bruno Henrique mais aberto, pronto para atacar as costas da defesa adversária, e De Arrascaeta circulando com mais liberdade — inclusive trocando de posição com o camisa 27 — para tabelar, finalizar ou criar jogadas vindo de trás. O uruguaio tem sido uma peça vital no funcionamento da equipe.

Por dentro, Gerson tem sido importante para carregar a bola desde trás com sua imposição física e qualidade técnica. O camisa 8 tem boa capacidade para sair da marcação com dribles e encontrar passes na entrelinha para De Arrascaeta e Éverton Ribeiro.

Na frente, já comentamos sobre os movimentos de Bruno Henrique que, quando está mais por dentro, busca sempre o espaço entre lateral e zagueiro adversário para gerar dúvida na marcação e, nesta fração de segundos, se aproveitar. Seu companheiro, Gabi, como observamos no mapa acima, busca sempre se movimentar pelo lado direito e atacar as costas da marcação também neste espaço entre lateral e zagueiro. O camisa 9 tem sido letal nas finalizações e na criação de jogadas.

COMO DEFENDE O FLAMENGO

Perdeu a bola? Pressiona. O Flamengo começa sua pressão no mesmo instante que perde a bola. O objetivo, claro, é recuperar e estar mais próximo da área adversária. Todos os jogadores sabem o espaço de campo que precisam fechar e quem pressionar para obrigar o rival a dar um chutão. Entre as equipes do Brasil, foi a com menor PPDA (Passes per Defensive Action) no Brasileirão. Ou seja, quem menos deixou o adversário trocar passes antes de uma ação defensiva.

Quando o adversário consegue se posicionar e iniciar um ataque mais posicional, duas linhas de quatro, mas sempre pressionando quem estiver com a bola para não deixá-lo tranquilo e fazê-lo errar ou recuar para a defesa e, assim, voltar a subir a pressão.

BOLAS PARADAS

Bola Lateral Ofensiva: nas faltas laterais pelo lado esquerdo, De Arrascaeta gosta de tentar surpreender e bater direto para o gol e, caso alguém desvie, já tira o goleiro da jogada. No lado direito, podemos observar cruzamentos mais abertos para Bruno Henrique, que tem maior impulsão, tentar vencer pelo alto; ou então algum dos zagueiros.

Escanteio Ofensivo: para aproveitar a força aérea de Bruno Henrique, William Arão, Rodrigo Caio; os cruzamentos são, geralmente mais ao centro da área. Nos primeiros escanteios cobrados, é possível perceber um movimento de ter jogadores quase dentro do gol para atrapalhar o goleiro. Gabi fica sempre na segunda trave para aproveitar as casquinhas e rebotes.

Escanteio Defensivo: marcação mista com, geralmente, três jogadores marcando individual os cabeceadores adversários. No mais, uma linha com cinco jogadores para defender a própria meta.

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