Guia do Brasileirão 2021 | Como joga o Juventude de Marquinhos Santos
Em parceria com as redes sociais oficiais do Brasileirão, lançamos o Guia do Campeonato Brasileiro 2021. No décimo quinto dia, vamos conhecer o Juventude de Marquinhos Santos
De volta à primeira divisão do futebol brasileiro, o Juventude não quer sofrer o “efeito yo-yo”. Para isso, o técnico Marquinhos Santos substitui Pintado, que ajudou a equipe na Série B, e tenta manter o trabalho. No estadual, chegou até as semifinais e agora receberá reforços para o início do Brasileirão.
A CONSTRUÇÃO DE JOGO
O técnico Marquinhos Santos gosta de equipes que construam seu jogo desde a defesa. Quando menos pressionado, a equipe tende a ter o goleiro Marcelo Carné como um terceiro jogador para auxiliar os zagueiros. O canhoto Rafael Forster, por já ter jogado como lateral e volante, é quem mais conduz a bola ou busca passes para os jogadores mais adiantados.
Se o adversário pressiona mais — ou a equipe quer mesmo liberar os laterais —, o volante João Paulo recua para fazer a saída de três. O camisa 5 tem um bom passe longo e ativo para encontrar os jogadores na entrelinha ou quebrar a primeira marcação adversária.
COMO ATACA O JUVENTUDE
Depois de criar a superioridade para sair jogando, podemos observar Guilherme Castilho, meia de origem, a frente destes três jogadores para receber o passe e dar prosseguimento as jogadas, não por acaso se tornou um dos destaques da equipe na criação de jogadas, mas também na marcação pressão que é capaz de exercer logo após perder a bola.
Pelos lados do campo, dinâmicas diferentes. Na esquerda, o lateral Alyson busca mais o meio-campo para criar linhas de passe por dentro, enquanto Marcos Vinicios busca ficar na amplitude e o 1×1 a todo instante por sua capacidade de drible e velocidade. No lado contrário, Michel Macedo/Paulo Ricardo buscam a linha de fundo a todo instante, são jogadores mais de lado do campo e Capixaba pode ficar aberto em alguns momentos para o 1×1, mas ele gosta de receber a bola no meio espaço para cortar o marcador e finalizar.
Mais a frente, temos Wescley se movimentando na entrelinha nas costas da marcação, posição que inclusive deve ser de Chico ao decorrer do ano. O centroavante Matheus Peixoto serve de apoio para receber os passes mais longos, um pivô ou então se desmarcar mais curto e finalizar. É o jogador terminal da equipe.
COMO DEFENDE O JUVENTUDE
O alviverde busca fechar muito bem os espaços num 4-4-2 com um bloco médio/alto e a pressão no portador da bola nos lados do campo. Os dois homens da frente buscam sempre induzir para o lado do campo onde Marcos Vinicios e Capixaba tratam de fazer uma maior pressão no lateral que receber a bola e, assim, obrigar o adversário.
A questão se irá manter o modelo de marcação durante o Brasileirão, mas como buscou contra Inter e Grêmio no Gauchão, esta é a tendência mesmo da equipe comandada por Marquinhos Santos ao longo do ano.
BOLAS PARADAS
Escanteios Ofensivos: quando enfrenta um adversário que marque individual, é possível perceber um movimento dos jogadores (praticamente todos) vindo da entrada da área para vencer esta marcação. Contra marcações por zona, se o cruzamento é fechado, mais atletas na primeira trave e centro; se mais aberto, jogadores espalhados.
Bolas Laterais Ofensivas: a lógica é muito parecida com os escanteios; a equipe busca cruzamentos mais abertos para os jogadores da segunda trave ou mais ao centro.
Escanteios Defensivos: dois jogadores para fecharem o passe curto e na ponta da área, um na primeira trave. No mais, marcação individual nos escanteios.
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