Guia do Brasileirão 2021 | Como poderá jogar o Santos de Fernando Diniz
Em parceria com as redes sociais oficiais do Brasileirão, lançamos o Guia do Campeonato Brasileiro 2021. No décimo oitavo dia, vamos tentar entender o Santos com Fernando Diniz
O Santos trouxe Ariel Holan para um projeto de três anos, mas no meio do caminho (ou seria início?) a história acabou e, em meio a eliminação no Paulistão e as últimas rodadas da fase de grupos da Libertadores, Fernando Diniz foi o escolhido para comandar o Peixe. Antes de tudo, é preciso frisar que na análise de hoje, vamos falar, claro, sobre os dois primeiros jogos, mas também partir do princípio do que poderá acontecer com o técnico no comando.
A POSSÍVEL CONSTRUÇÃO DO SANTOS
As equipes de Fernando Diniz se notabilizaram por sempre buscar um jogo curto e apoiado. O goleiro participa ativamente como uma peça para receber o passe e dar continuidade nas jogadas, os zagueiros devem levar ao bola ao ataque ou então encontrar alguém melhor colocado. Em um dado momento, foi possível perceber inclusive os atacantes baixando para gerar ainda mais superioridade no setor da bola.
Dito isso, a equipe já tentava uma saída por baixo com Ariel Holan, porém com mais espaços definidos de onde cada jogador estaria. Com o técnico Fernando Diniz, creio ser possível ver os laterais (Pará e Felipe Jonatan) mais próximos dos zagueiros, um volante (Alison) baixando para auxiliar, o meia (Gabriel Pirani) servindo de opção e, até mesmo, um dos pontas (Marinho ou Lucas Braga).
COMO PODERÁ ATACAR O SANTOS
Chegar ao gol com muitos jogadores, com passes progressivos e criando superioridade. Fernando Diniz gosta de dar esta liberdade em uma maior parte do campo. Dos laterais, já foi possível observar criação por dentro, se juntando aos meio-campistas, mas também chegando bastante na área. O próprio lateral esquerdo Felipe Jonatan falou sobre seu gol contra o Boca, que havia sido treinado. Então veremos, principal FJ, com essa chegada e fechando por dentro quando a bola estiver na direita.
No meio-campo, Jean Mota está sendo titular de momento é pode ser um cara para uma chegada na área, finalizações e uma parceria com Gabriel Pirani. O jovem meia deve ter a liberdade para circular, estar no setor da bola, buscar a entrelinha e criar os lances. Desde a sua estreia, inclusive, tem mostrado muito potencial para tal.
Pelos lados, Marinho e Lucas Braga seguem em suas posições. O camisa 11 com ainda mais liberdade para sair do lado direito, se juntar do lado esquerdo para criar superioridade, buscar o drible, finalizar e criar jogadas em velocidade. Pode ser o centro da equipe como era Luciano no São Paulo, mas jogando pelo lado do campo. Lucas Braga vai dar chegada pela esquerda, força na infiltração e, também poderá se movimentar para o outro lado.
Na frente, Kaio Jorge deve ser o 9. Se o esquema foi o 4-2-3-1 com Pirani, deve ficar mais fixo. Nos dois primeiros jogos, vimos alguns minutos de Kaio e Marcos Leonardo juntos, o que pode dar uma maior movimentação na frente para quem baixa e auxilia os volantes na criação e o jogador que dá profundidade. Mais uma situação para observamos na frente.
COMO PODERÁ DEFENDER O SANTOS
Defendendo, a equipe deve subir a marcação e fechar os espaços no campo adversário. Principalmente no jogo contra o Boca, foi possível observar as duas linhas de quatro para fechar os espaços, uma marcação que subia de acordo com o adversário e fazia pressão sempre no setor da bola. Se fosse para o lateral, o ponta chegava mais forte. Por dentro, dependia do lado.
Em alguns momentos, fechava até na saída de bola com os dois atacantes nos zagueiros e fechando a linha do lateral; um dos volantes no rival que baixasse para construir e os encaixes estavam prontos para roubar a bola ou fazer o adversário dar o chutão.
BOLAS PARADAS
Bolas Laterais Ofensivas: foram poucos jogos para observar no Santos, então a base são os jogos pelo São Paulo. A equipe sempre buscava muitos cruzamentos para a segunda trave e então alguém se aproveitava para finalizar. Em lances mais próximos da área, algumas jogadas ensaiadas para tentar surpreender.
Escanteios Ofensivos: um dos defensores sempre chegando na área para vencer a marcação pelo alto. Quando os cruzamentos são mais fechados, enche de jogadores na primeira trave, quando mais abertos, busca a segunda trave e coloca dois a três jogadores no setor.
Escanteios Defensivos: marcação mista. Geralmente, quatro jogadores na zona se dividindo entre primeira trave, centro e segunda trave; mais três jogadores individual, podendo aumentar para quatro dependendo do adversário. Como tudo depende dos seus próprios defensores, difícil afirmar que será assim no Santos.
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