Guia do Brasileirão 2021 | Como joga o Bahia de Dado Cavalcanti

Em parceria com as redes sociais oficiais do Brasileirão, lançamos o Guia do Campeonato Brasileiro 2021. No quinta dia, vamos conhecer o Bahia de Dado Cavalcanti

O Bahia chega ao Brasileirão 2021 tentando apagar a imagem da temporada passada, quando quase foi rebaixado. Sob o comando do técnico Dado Cavalcanti, chegou às finais da Copa do Nordeste, fez algumas contratações como os zagueiros Conti e Luiz Otávio, os meio-campistas Patrick de Lucca e Thaciano, além do atacante Óscar Ruiz. No mais, a base segue forte com Rodriguinho e Gilberto na frente.

A equipe de Dado Cavalcanti não deve sofrer muitas alterações para o início do Brasileirão (Arte: TacticalPad)

A CONSTRUÇÃO DO BAHIA

O jogador-chave na equipe do Bahia para sair jogando é o volante Patrick de Lucca. Quando o adversário marca com apenas um jogador subindo pressão, ele fica nas costas da marcação para receber os passes e sair jogando; quando a pressão é um pouco mais intensa, ele baixa entre os zagueiros (Conti e Luiz Otávio) para criar superioridade no setor, enquanto os laterais (Nino e Matheus Bahia) sobem gerando mais profundidade e amplitude pelos lados do campo.

Em todo caso, quando precisa, o Bahia tem em Gilberto uma peça importante para receber o jogo direto. Com uma boa impulsão e força física, o camisa 9 também aparece em alguns momentos para tentar segurar a bola e ajudar a equipe a “respirar” quando muito pressionada.

COMO ATACA O BAHIA

Quando a equipe se posta no campo adversário e tem Patrick de Lucca na base da jogada ou auxiliando na criação de vantagem numérica do Bahia em saída de bola, o Bahia mostra suas principais características ofensivas, a começar pelos dois laterais: Nino e Matheus Bahia. A dupla está sempre buscando o linha de fundo e cruzamentos para o centroavante Gilberto.

Na fase ofensiva, destaque para Rodriguinho. O camisa 10, apesar de começar as jogadas pelo lado esquerdo do 4-1-4-1, tem total liberdade para ir ao lado direito, estar atrás de Gilberto como um meia-atacante ou buscar o meio-espaço. Inclusive, olho no número de movimentos sem bola, passes progressivos recebidos; além dos passes chaves. Uma peça fundamental em termos ofensivos.

Se no lado esquerdo temos Rodriguinho buscando o centro, na direita há duas possibilidades: com Rossi, ele está mais próximo de Nino e busca ajudar nas transições em muita velocidade e cruzamentos para o 9; já quando Oscar Ruiz é o escolhido, podemos observar ele sempre cortando para dentro com a finalização e abrindo ainda mais o corredor.

Além disso, a dupla de internos com diferentes características auxilia muito a equipe de Dado Cavalcanti. Danielzinho busca controlar mais o jogo e auxiliar na segurança da posse de bola, buscar algum passe mais vertical e controlar o jogo próximo de Patrick de Lucca; ao seu lado, Thaciano gosta mais de atacar a área adversária, buscar estas infiltrações ou estar pronto para o rebote ofensivo e finalizar.

COMO DEFENDE O BAHIA

O Bahia defende num bloco médio em 4-1-4-1 com Patrick de Lucca defendendo a zona entrelinha e, então, podemos observar alguns gatilhos. Se o adversário começar a ficar muito tempo com a bola no campo de defesa, trocando passes, a marcação sobe um pouco mais e Danielzinho é o interno que acaba subindo próximo de Gilberto para fechar os passes e pressionar os zagueiros adversários — assim sendo, a equipe passa a defender em 4-4-2.

Em alguns momentos, também é possível observar Rodriguinho sendo o “companheiro” de Gilberto na marcação alta — até pelo posicionamento ao final da jogada ofensiva — e então Thaciano faz a cobertura pelo lado esquerdo fechando também as duas linhas de quatro.

A marcação é, de maneira geral, por zona com perseguições bem curtas dos jogadores e aproveitando da parte física de seus jogadores para vencer os duelos defensivos no 1×1, por exemplo.

AS BOLAS PARADAS

Bolas Laterais Ofensivas: nas faltas laterais, busca pela força aérea de Luiz Otávio e Conti com cruzamentos mais ao centro da área, mais abertos. Um jogador fica na primeira trave para tentar a casquinha, mas o foco são em cruzamentos mais distantes do campo do goleiro para ganhar por cima.

Escanteios Ofensivos: nos escanteios ofensivos foi possível observar que um jogador fica dentro da pequena área para atrair a atenção dos marcadores, enquanto outros 4 defensores buscam chegar na área se divindindo com um na primeira trave, dois por dentro e um na segunda trave — com destaque a dupla Conti e Luiz Otávio na bola área.

Escanteios Defensivos: marcando por zona, temos um jogador apenas que cuida do melhor cabeceador da equipe rival, no mais marcação por zona com dois jogadores na primeira trave, dois jogadores na pequena área, um jogador na segunda trave e dois atletas numa segunda linha, sendo um deles o cara marcando individualmente.

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