A INCONSTÂNCIA COBRA UM PREÇO

Por Leo Gomide Do início de 2016 até a partida contra o Cerro Porteño, válida pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, realizada nessa quarta-feira (10), o Atlético disputou 230 jogos. Neste intervalo sete técnicos estiveram no comando do time: Diego Aguirre, Marcelo Oliveira, Roger Machado, Rogério Micale, Oswaldo Oliveira, Thiago Larghi, Levir […]

Por Leo Gomide

Do início de 2016 até a partida contra o Cerro Porteño, válida pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores, realizada nessa quarta-feira (10), o Atlético disputou 230 jogos. Neste intervalo sete técnicos estiveram no comando do time: Diego Aguirre, Marcelo Oliveira, Roger Machado, Rogério Micale, Oswaldo Oliveira, Thiago Larghi, Levir Culpi. Título apenas um, o Campeonato Mineiro de 2017.

Uma média de 33 jogos dirigindo a equipe para cada um dos técnicos citados. Não equivale a um Brasileirão completo.

Tal inconstância cobra um preço. No futebol, ou em qualquer outro esporte, mais se perde do que se levanta taças. Mas o caminho para a conquista requer planejamento, conhecimento para avaliações/reavaliações, correções e, se necessário, mudanças. Mas se torna ainda mais árduo quando não responde perguntas básicas: como avaliar? Por que e quando corrigir? Na administração utiliza-se o “ciclo da melhora continua”: planejar, fazer, checar e agir.

Porém, no futebol, a dimensão política interfere na técnica, e o apego ao que deu certo outrora muitas vezes é a receita de dirigentes para solucionar um problema. Funciona como um escudo, um desvio de atenções. “Esquece” os problemas do agora, recorda as vitórias do passado e pensa que viverá tudo novamente no futuro. Mas a velocidade de como tudo muda no futebol atualmente permite cada vez menos saudosismo e cada vez mais uma visão tecnicista do processo.

Voltar a fazer o que se fez em um passado não tão longínquo pode ter o prazo de validade expirado. O contexto dentro de um clube e o do jogo já não são os mesmos. Há de se livrar da atração pelo passado e reinventar-se. Vale para gestão, vale para o trabalho de campo.

Com o revés para o Cerro o Atlético praticamente deu adeus à possibilidade de avançar para o mata-mata da competição continental. Um time que pelo desempenho em campo demonstra não ter exata definição de como quer se defender e atacar.

Como dito, o clube flertou com os métodos de 2014 para tentar ser campeão em 2019. Porém, o cenário e as exigências para alcançar tal objetivo estão modificados em cinco anos.

O Atlético tentou as ideias estrangeiras de Aguirre, se apegou em Marcelo, quis as ideias novas de Roger, apostou no emergente Micale, no motivacional de Oswaldo, em reciclar-se com Larghi, mas nada deu certo. Resgatou o “sebastianismo” por Levir Culpi. Em vão!

“Se você não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve”, Lewis Carol.

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