CERTO POR LINHAS TORTAS

Por @rgomesrodrigues Na partida de abertura do grupo C da Copa do Mundo, contando com o uso da tecnologia nos três gols da partida, a França bateu a Austrália por 2 a 1 num jogo onde seu desempenho foi muito abaixo do esperado.  A escalação disposta por Didier Deschamps, pelo menos no papel, indicava que a […]

Por @rgomesrodrigues

Na partida de abertura do grupo C da Copa do Mundo, contando com o uso da tecnologia nos três gols da partida, a França bateu a Austrália por 2 a 1 num jogo onde seu desempenho foi muito abaixo do esperado.  A escalação disposta por Didier Deschamps, pelo menos no papel, indicava que a EdF teria um dos melhores contra-ataques do mundo para correr em campo aberto diante dos australianos. Mas a postura dos Bleus acabou caracterizando a partida num contexto totalmente diferente do previsto e as dificuldades diante do rival asiático para criar futebol (Oceania ou Ásia?) foram maiores que o previsto.

Problemática durante toda a campanha recente de Deschamps sob o comando dos Bleus, a estrutura da equipe novamente foi um problema junto com a utilização da posse de forma mais efetiva. Sem saber levar o jogo ao seu favor, a França alternou entre momentos previsíveis sem qualquer troca de ritmo, com o trio Kanté-Pogba-Tolisso sendo pouco incisivo, ou de ataques na base da insistência, com Griezmann e Mbappé tendo que enfrentar um mar de pernas. Mas o principal aspecto que deu mais forças para a seleção da Austrália, que já havia feito uma partida remarcável ao defender a sua área e ao iniciar jogadas através de Aaron Mooy, foi a postura da França sem a bola: sem um sistema de pressão, os australianos equilibraram o confronto na quantidade de posse e não houve campo aberto para ser explorado por Ousmane Dembélé,Kylian Mbappé e Antoine Griezmann, tendo a pobreza na criação de situações pautando o confronto pelo lado da França.

Entretanto, as individualidades sempre brilham uma hora ou outra pela Équipe de France e, antes do VAR ser acionado pela primeira vez na Copa, N’Golo Kanté apareceu. Num momento de indefinição sobre quem ficava com a posse, o meia do Chelsea acabou recuperando a mesma para a sua seleção e, com três toques, acabou desencadeando o lance que originou a penalidade do 1 a 0 após acionar Paul Pogba e ver Griezmann ser derrubado dentro da grande área antes de marcar seu primeiro gol na Rússia.

A postura mais posicionada e passiva da França não havia sido um grande problema para Lloris, apesar de não ter sido coerente com o potencial do onze que partiu para o campo. Mas, a opção por defender de forma mais conservadora permitiu com que a Austrália colocasse a bola dentro do campo adversário. Como os defensores da França sempre acabam intervindo no limite em algumas situações, o erro está próximo de todas as decisões tomadas por quem protege a grande área e o personagem da vez foi Samuel Umtiti. Após conseguir uma falta na intermediária, os australianos colocaram a bola dentro da zona defendida por Hugo Lloris e o zagueiro do Barcelona acabou acertando a sua mão na bola, resultando na marcação do pênalti e no consequente empate pelo lado da Austrália com Mike Jedinak igualando o placar.

https://streamable.com/50muv

Em busca de uma reação, Didier Deschamps promoveu a entrada de Olivier Giroud, Nabil Fekir e Blaise Matuidi, sendo que o atacante do Chelsea foi fundamental para a França chegar à vitória. Com um “9” mais fixo para buscar uma conexão mais direta e apoios frontais, o jogo da EdF ganhou outra cara e assim Pogba brilhou. Ao trocar ritmos combinando com Mbappé e Giroud,  o meia do Manchester United infiltou a grande área da Austrália e, com um toque meio despretensioso, acabou acertando o alvo de Matthew Ryan para marcar o 2 a 1 com mais uma intervenção da tecnologia, desta vez com o recurso da linha do gol sendo acionado para selar a vitória dos Bleus.

https://streamable.com/lqbvz

Se o início de Copa não foi o ideal, a seleção da França garante os três pontos para colocar pressão sob Peru e Dinamarca e parte para a sequência da competição trilhando um caminho semelhante ao da Eurocopa de 2016, quando encontrou o seu melhor onze durante o torneio e mostrou um futebol muito mais eficiente na fase eliminatória.

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