COPA DO MUNDO - DIA 12
Por @_GabrielCorrea Passamos da metade da Copa do Mundo e conhecemos os dois primeiros confrontos das oitavas de final. Espanha x Rússia e Portugal x Uruguai. Dois confrontos muito interessantes e com suas particularidades, mas antes disso vamos relembrar o que aconteceu no 12º dia de Mundial na Rússia. Uruguai 3 x 0 Rússia […]
Por @_GabrielCorrea
Passamos da metade da Copa do Mundo e conhecemos os dois primeiros confrontos das oitavas de final. Espanha x Rússia e Portugal x Uruguai. Dois confrontos muito interessantes e com suas particularidades, mas antes disso vamos relembrar o que aconteceu no 12º dia de Mundial na Rússia.
Uruguai 3 x 0 Rússia
Quando a escalação do Uruguai surgiu nos telões, uma possibilidade de três zagueiros com Cáceres, Godín e Coates parecia inevitável, mas o que se viu foi uma formação em losango (Torreira, Nández, Vecino e Bentancur) e que tentou anular as qualidades da Rússia.
Faltava algum costume em atuar desta forma, tendo a bola e a equipe de Óscar Tabárez não tinha a naturalidade de quando joga “ao seu modo” com suas duas linhas de quatro. Bentancur era a ponta do losango e quem pressionava Zobnin para não deixar os russos com tranquilidade já na saída de bola. Apesar de sua força física e altura, Dzyuba enfrentou seu primeiro grande duelo: Diego Godín. E sofreu.
Cada um da sua maneira, podem oferecer muitos perigos aos adversários. O Uruguai, mais organizado, pode fazer Portugal sofrer, principalmente em sua área com Cavani-Suárez no duelo Pepe-José Fonte. Já a Rússia, por sua força física e transições em velocidade pode fazer a Espanha sofrer com sua falta de capacidade nas transições defensivas tendo apenas Busquets, Sérgio Ramos e Piqué tendo que correr 60 metros de costas.
Arábia Saudita 2 x 1 Egito
No duelo das equipes que já estavam eliminadas da Copa do Mundo, algumas curiosidades. A principal deles é quanto ao goleiro egípcio: El-Hadary. Aos 45 anos, ele é o jogador mais velho a atuar numa Copa do Mundo, quebrando o recorde de Mondragón, que atuou pela Colômbia, em 2014.
Para se observar na Arábia Saudita, assim como indicado no Guia Tático: Abdullah Otayf. Por ele passavam todas as ações dos sauditas e ainda deu a assistência para o primeiro gol. Pode surgir em algum time médio da Europa nas próximas semanas. No Egito, fica a lamentação de não ter um Mo Salah 100% fisicamente. A sua ausência certamente pesou no equipe egípcia tática e tecnicamente, mas principalmente na força mental de um time que chegava sem seu melhor jogador.
Irã 1 x 1 Portugal
O duelo da escola portuguesa no reservado. Carlos Queiroz contra Fernando Santos. Dois técnicos conhecidos pelos seu pragmatismo e alto conhecimento de todos os adversários que enfrentam. Portugal apostou em Quaresma pelo lado direito, Adrien Silva dando mais ritmo ao meio e André Silva como parceiro de Cristiano Ronaldo para abrir espaços ao camisa 7.
Portugal ainda sofre muito defendendo e precisa de um Pepe inspirado para conseguir seguir adiante. Hoje, foi uma partida de elite para ajudar seus companheiros.
O Irã sai de cabeça erguida pelas boas atuações e a classificação que esteve próxima até os últimos instantes da prorrogação. O goleiro Beiranvand como um dos grandes do time, ainda mais com a defesa do pênalti de Cristiano Ronaldo. Um projeto que vem desde o Mundial em 2014 e pode ir se consolidando para o próximo ciclo com crescimento de nomes como Azmoun e Jahanbakhsh.
Espanha 2 x 2 Marrocos
Um duelo que poderia ser apenas para confirmar a classificação da Espanha à próxima fase, virou em sofrimento. Apesar do controle de jogo, a sutileza dos toques de Busquets, Iniesta e Isco; a transição defensiva segue com diversos problemas. Apesar de Koke para dar mais poder físico, Busquets segue desacompanhado e não terá capacidade para prever todas as jogadas. Além disso, Piqué e Sérgio Ramos estão sofrendo completamente sozinhos para defender em campo aberto.
Marrocos foi uma das Seleções interessantes para se observar, mas o futebol também é um jogo de eficiência. Foram bem no primeiro jogo e perderam no último lance. Deram sufoco em Portugal, mas não conseguiram transformar em gols suas oportunidades. Hoje, sofreu de duas formas: fez os gols, mas sofreu bem mais atrás.
Para as oitavas, seria prudente para Espanha tentar colocar mais físico para enfrentar a Rússia e tentar encaixar seu pressing no campo contrário e não deixar os donos da casa “gostarem da partida” e se imporem no físico e mental.
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