COPA DO MUNDO - DIA 4
Por @RodrigoCout, @PasseEPosse e @Maiiron_ Chegamos ao final do quarto dia de Copa do Mundo. Três jogos e cada um com suas peculiaridades. Na primeira partida do dia, a “estreia” da linha de 5 no Mundial com a Costa Rica e o jogo físico e vertical da Sérvia de Milinkovic-Savic e Mitrovic. No horário do almoço, […]
Por @RodrigoCout, @PasseEPosse e @Maiiron_
Chegamos ao final do quarto dia de Copa do Mundo. Três jogos e cada um com suas peculiaridades. Na primeira partida do dia, a “estreia” da linha de 5 no Mundial com a Costa Rica e o jogo físico e vertical da Sérvia de Milinkovic-Savic e Mitrovic. No horário do almoço, demonstração de paixão pela vitória com o México de Juan Carlos Osorio e a vitória sobre os atuais campeões mundial, a Alemanha. E para fechar, a estreia da Seleção Brasileira que não passou do empate com a Suiça num jogo que começou bom para os brasileiros, mas terminou com derrotas físicas no meio e frustrantes tentativas de Neymar decidir.
Sérvia 1 x 0 Costa Rica
Mesmo não tendo uma grande atuação, a Sérvia foi superior e mereceu vencer a Costa Rica em Samara. Mais qualificada tecnicamente, apresentou também mais repertório tático, por mais que tivesse oscilado bastante em alguns aspectos. A Costa Rica começou melhor! Utilizando-se do seu jogo direto e da velocidade levou perigo contra uma sonolenta retaguarda sérvia. A partir da movimentação de Milinkovic-Savic e Ljujic entrelinhas, além das jogadas de Tadic pela direita, os europeus foram dominando a partida. Só não criaram mais pela dificuldade na saída de bola.
Se não fosse com Matic, não fluía. No fim do 1º tempo a Costa Rica reequilibrou as ações e quase marcou. Logo no começou da segunda etapa, Kolarov acertou um lindo chute em cobrança de falta e a dinâmica do jogo mudou. A Costa Rica se viu obrigada a sair e trabalhar mais a bola com menos espaço. Não possui padrão para tal e sofreu com os contra-ataques sérvios
México 1 x 0 Alemanha
3 ocasiões de gol nos primeiros 5 minutos de jogo. Este dado mostra bem o que foi o primeiro tempo. Num ritmo altíssimo, o México buscou ser muito intenso pra, postado em 4-4-2, roubar e sair o mais rápido possível, com muita verticalidade. Carlos Vela por dentro explica isto, uma clara adaptação de Osório ao adversário, assim como Layún pela direita (pra pressionar Kroos, que sempre busca a esquerda na saída). Com uma Alemanha numa tarde pouco inspirada, não se aproveitando dos espaços entre as linhas mexicanas e com uma transição defensiva deficitária, os apoios de Chicharito e a agressividade de Lozano se somaram a Vela e criaram ‘N’ ocasiões (10 chutes nos 45′). Cada roubo (Héctor Herrera vital aí com 17 duelos vencidos e 7 desarmes) gerava uma chance clara, mas estavam desacertados, o que sempre deixou a tetracampeã mundial viva, mesmo com a criação suficiente pra uma goleada, que resultou apenas no 0-1.
Na segunda etapa, com um ritmo mais baixo, o México teve dificuldades pra transitar, o que se potencializou com as saídas de Vela e Lozano. Nisto, passaram muito mais tempo tendo que se defender, o que deixou ainda mais claro que uma versão minimamente melhor da Alemanha no primeiro tempo seria suficiente pra mudar o placar, pois os de Osorio estavam defendendo realmente mal a área (as 26 finalizações da atual campeã do torneio ao final da partida ajudam a entender isto). Sem conseguir empatar, Low tirou Khedira e colocou Reus, o que, assim como nas alterações mexicanas, mostrou problemas, pois a transição piorou ainda mais. Os laterais estavam muito avançados e só havia Kroos com os zagueiros, que viam os mexicanos conduzindo sempre em vantagem. Com tudo isto, mesmo sem seus velocistas, os de Osorio voltaram a criar perigo saindo rápido, mas Layún manteve o nível de desacerto de todo seu conjunto e desperdiçou as oportunidades. Resistindo nos minutos finais, Ochoa, que terminou o jogo com 9 defesas, não foi vazado e a trabalhada vitória veio.
Por parte dos europeus, preocupante. Voltam a demonstrar problemas vistos nos amistosos e não passam confiança pra competir até o fim contra outras favoritas. Pro México, título mundial já na primeira rodada. Assumindo riscos, com muita valentia, se beneficiou no caos e, mesmo sofrendo, pode ter encaminhado classificação ao mata-mata.
Brasil 1 x 1 Suiça
Brasil estreou na Copa e teve um empate contra o bom time suíço. Previam ferrolho, não foi ferrolho. Suíça concedia espaço pelo lado direito defensivo. Neymar, Marcelo e, principalmente, Coutinho desciam por ali e causavam problemas. Tanto que o gol saiu por ali. Coutinho meteu uma parábola na bola e ela morreu no gol. Golaço com assinatura de Coutinho, um jogador cada vez mais determinante por dentro nos metros finais.
O Brasil desde o início pecou pela falta de profundidade com Jesus e com um Neymar associando pouco com os colegas. Chegava a dobra e ele preferia a vitória pessoal, isso voltou a ser uma falha recorrente no seu jogo.
Logo na virada do segundo tempo tomamos um gol em bola parada. É um erro conjunto em que Alisson sai ileso; a bola entra rápido no primeiro poste, Casemiro não tira e Miranda deixa Zuber marcar. Repito, se Alisson sai, a falha fica aparente. Questionar o brasileiro que figura entre os cincos é murmúrio de dois ou três, que respeitamos. Depois disso Tite tira, acertadamente, Casemiro. Mesmo sendo o jogador que controlava a medular, tinha cartão e caíam jogadores por ali. Perder ele por expulsão seria pior que tirá-lo.
Me questiono porque não Douglas Costa ao invés de William no meio da segunda parte. Uma pena não ter Fred em um jogo que a gente precisava romper linha com passes.
O jogo da Seleção não foi ruim, deve ser problematizado. Neymar, nossa referência técnica, muito abaixo do que sabe e pode jogar. Marcelo, o melhor lateral-esquerdo do mundo, não compensou tanto atrás e Miranda ficava vigilante. O adversário era o mais difícil da chave e vendeu caro o empate como podia. O jogo pra ir mal era hoje, o jogo pra errar tudo era esse. Um Brasil nota 5 em uma exigência nota 11.
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