Detalhes da Copa do Nordeste - Grupo A

Com diversas formas de jogo, a Copa do Nordeste teve vários destaques coletivos e individuais no seu início

A maior competição do país neste primeiro semestre retornou. A Copa do Nordeste 2022 começou a todo vapor. Com quatro rodadas, várias coisas interessantes já ficaram claras no sentido tático. Com diversas formas de atacar e defender, a Lampions nos presenteou com grandes jogos nesse início. E devido a tais destaques, o Footure resolveu destacar alguns pontos que ficaram em evidência no Grupo A do torneio. 

MARCAÇÃO PRESSÃO DO CAMPINENSE

Com a conquista do acesso para a Série C, o Campinense começou a Copa do Nordeste com muita expectativa. Contudo, a Raposa teve um começo ruim e não venceu nessas três primeiras rodadas. Apesar de ruim em resultados, a equipe tem tido um rendimento coletivo destacável. Tendo destaque a sua marcação pressão nos rivais. Atacando normalmente em 4-3-3, Raniele Ribeiro usa um 4-4-2 para pressionar os rivais. O meia Dione sobe para o lado de Olávio, onde os dois encaixam nos zagueiros. Enquanto os pontas pressionam os laterais. Os outros meias avançam para colar nos volantes rivais e fechar linhas de passe. 

O sucesso dessa marcação se dá muito pela leitura de jogo do volante Rafinha. O capitão da Raposa mostra uma boa capacidade em fechar linhas de passe e pressiona bem os rivais. Porém, não adianta apenas recuperar a bola. É necessário ter um plano quando estiver com ela nos pés. E sim, o Rubro-negro tem. Inicialmente, a equipe busca acionar rapidamente Matheus Regis, o extremo leva boa vantagem no 1×1. E também trabalha bem com Dione. Algo importante a se notar, é que nesses momentos, o centroavante Olávio costuma ser acionado de frente para o gol e não de costas, como acontece no momento ofensivo. 

ATLÉTICO DE ALAGOINHAS E O FALSO 9

Um dos conceitos mais comentados e difundidos no futebol nos últimos anos, é sobre a função de falso 9. Ao longo dos anos, existiram poucos exemplos de atletas no Brasil que ocuparam tal função. Contudo, na atual Copa do Nordeste, o meia Miller, do Atlético de Alagoinhas tem atuado como falso 9. O camisa 10 da equipe normalmente abre espaço principalmente para o atacante Gabriel Esteves. Miller busca muito jogar próximo aos meias, e tenta acionar os companheiros na profundidade. Porém, em momentos também abre pelas laterais. Sua boa capacidade técnica e boa criatividade ajudam a equipe baiana a conseguir boas situações no momento ofensivo.

Porém, nem tudo são flores. Em alguns momentos o time sente falta de profundidade ofensiva, deixando a última linha adversária bastante confortável durante os jogos. Outro problema vem da dificuldade em sair jogando curto. Como o Atlético BA nem sempre consegue superar a marcação rival, em alguns momentos acabam tentando lançar Miller no ataque, utilizando pouco de sua habilidade construindo e impedindo que o mesmo saia de sua posição para recuar e criar chances. 

TINGA GERANDO APOIOS NO FORTALEZA 

Chegando na competição como maior favorito, devido ao mágico ano vivido em 2021. O Fortaleza manteve o nível de atuações nesse início de Lampions. Dono do melhor ataque da Copa do Nordeste, o Leão do Pici mantém boa parte de suas bases táticas, contudo uma alteração importante no seu método de jogo aconteceu. Tinga, que vem atuando como zagueiro, no momento ofensivo, passa a gerar mais apoios pelo lado direito.

A ideia é gerar mais superioridade numérica no ataque. Seja dando amplitude, ou mais por dentro (nesse momento, Pikachu que fica alargando o campo), o capitão tricolor tem feito o jogo fluir de forma mais orgânica. Enquanto isso, Jussa fica na base da jogada e caso necessário em momentos específicos, “cobre” o espaço de Tinga. Dessa forma o Fortaleza tem conseguido empilhar chances durante os jogos. Com muito jogo lateral. Forma inteligente de criar, levando em conta a falta que Ederson tem feito no meio campo. Sem o atual jogador da Salernitana, o Tricolor perde muito em pressão e condução de bola. Além de potência física. 

JOGADAS DE LADO DE CAMPO DO SPORT

Ao contrário do Campinense, o Sport teve um começo ruim falando em rendimento, mas conseguiu resultados importantes que deixam a equipe na segunda colocação do grupo. Mas mesmo com os problemas coletivos, o Leão tem mostrado boas alternativas atacando pelos lados do campo. Tendo a maioria dos seus gols origem das laterais. Se aproveitando principalmente da bola descoberta dos adversários, os volantes leoninos (principalmente Ronaldo na Copa do Nordeste) utilizam bolas longas para acionar os pontas. 

Sendo Luciano Juba um dos jogadores mais acionados nesse começo de temporada. Contudo, esse jogo detém um problema claro. Nenhum dos extremas do Leão tem características de 1×1, deixando em várias situações a equipe à mercê de cruzamentos na área. Levando em conta a saída de Mikael, que era o grande receptor dessas bolas, muitas vezes o Leão vê essas bolas cruzarem a área e não encontrarem ninguém. Somado a um ataque em que poucos jogadores tem pisado na área, a equipe não consegue levar perigo em boa parte do tempo, algo que necessita de correções ao longo da temporada.

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