Guia do Brasileirão 2021 | Como joga o Ceará de Guto Ferreira

Em parceria com as redes sociais oficiais do Brasileirão, lançamos o Guia do Campeonato Brasileiro 2021. No sexto dia, vamos conhecer o Ceará de Guto Ferreira

O Ceará de Guto Ferreira chega no Campeonato Brasileiro 2021 após perder o título da Copa do Nordeste, mas com boas campanhas nas últimas duas edições (dois títulos) e uma participação acima da média na competição nacional, inclusive brigando por uma vaga na Libertadores até a penúltima rodada. O treinador recebeu reforços e agora busca manter o patamar que alcançou o Vozão para seguir na disputa do Brasileirão.

A equipe base está montada, apenas com as possibilidades no meio-campo com Pedro Naressi, Fernando Sobral ou no ataque com Jael, Clebão e Yony. (Arte: Tactical Pad)

A CONSTRUÇÃO DO CEARÁ

Sob o comando de Guto Ferreira, o Ceará busca uma construção mais sustentada desde a defesa. Os zagueiros (Messias e Luiz Otávio) sempre tem mais próximos os laterais, ainda mais dependendo do setor em que a bola estiver: na esquerda com Bruno Pacheco e na direita com Gabriel Dias. A frente deles, um dos volantes, geralmente Oliveira, é quem se aproxima mais para criar uma linha de passe contra a pressão adversária.

Com um centroavante que busca dar mais apoios e servir de pivô, não é raro ver os defensores do Ceará buscarem o lançamento longo para Jael, Vizeu ou Clebão no comando de ataque; ou até mesmo um passe em profundidade direto para os pontas (Lima e Mendoza).

COMO ATACA O CEARÁ

Na fase ofensiva, o centro da equipe é Vina. O camisa 29 da equipe é quem dita o ritmo, finaliza e cria as oportunidades do Vozão. Ele é o cara que busca estar sempre na entrelinha ou nos espaços vazios do campo para receber os passes e dar prosseguimento as jogadas de ataque. Tudo passa por Vina.

A sua frente, o centroavante escolhido tem a missão de dar apoios para seus companheiros. Seja quando recebe um lançamento longo ou passe curto, sempre gerar uma sequência da jogada com um pivô. Então, ele precisa ter um bom jogo pelo alto, força física e um bom primeiro toque. Por isso, Vizeu, neste momento está titular, mas Jael tem ganhado espaço pela maior força ofensiva.

Nos lados do campo, duas características diferentes para os extremos. No lado esquerdo, Mendoza é o cara da velocidade, do drible, criação das jogadas no 1×1. É nesse setor que o Ceará mais busca a jogada em transição na parceria com Bruno Pacheco. No lado direito, Lima tem uma característica de armar mais as jogadas, buscar jogo por dentro — abrindo o corredor para Gabriel Dias chegar ao fundo.

COMO DEFENDE O CEARÁ

Na fase defensiva, o Ceará prefere defender num bloco médio mais baixo para chamar o adversário, aproveitar da capacidade física da equipe e explorar o contra-ataque em campo aberto. O centro do sistema defensivo está na zaga entre Luiz Otávio e Messias pela presença dos jogadores nos desarmes, duelos defensivos, na bola aérea defensiva. A frente deles, a imposição de Charles e Oliveira para dar uma primeira pressão e fechar a entrelinha; e nas laterais, dois jogadores com boa capacidade no 1×1 defensivo.

BOLAS PARADAS

Bola Laterais Ofensivas: é verdade que Vina gosta, muitas vezes, de tentar surpreender e bater as faltas direto para o gol, mas de maneira geral o posicionamento nas bolas laterais ofensivas tem um jogador na primeira trave, dois a três jogadores por dentro, geralmente os zagueiros, e um jogador na segunda trave; com dois atletas para pegar o rebote.

Escanteios Ofensivos: nos escanteios, a equipe tem um jogador na primeira trave ou na pequena área para tentar desviar antes do goleiro chegar nela, dois jogadores mais por dentro (Messias e Luiz Otávio) e até três jogadores para a segunda trave aproveitando a impulsão e imposição dos jogadores — algumas vezes inclusive os zagueiros veem dessa posição para se desvencilhar da marcação e fazer o gol.

Escanteios Defensivos: marcando por zona, com dois jogadores mais próximos na primeira trave e uma “linha” com quatro defensores na linha da pequena área se dividindo entre o centro e segunda trave. Pelo menos um jogador marcando individual para impedir o melhor cabeceador do adversário de ter mais liberdade e tentar se impor.

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