A retomada do Juventude sob o comando de Thiago Carpini

Após sua chegada na equipe gaúcha, Thiago Carpini fez o Juventude deixar a zona de rebaixamento e agora tenta o retorno para a Série A.

Após a campanha histórica com o Água Santa no Paulistão — onde chegou na final —, o treinador Thiago Carpini rumou para o Sul do país com a missão de evoluir o Juventude, que estava na zona de rebaixamento na época, com apenas três pontos conquistados na Série B. Passadas 22 rodadas desde a sua chegada, o alviverde agora tem 47 pontos e virou completamente a chave, passando a brigar, inclusive, pelo acesso a Série A.

Atacando em 4-2-3-1, a equipe gaúcha tenta chegar ao gol adversário principalmente em ataques com o campo aberto, mas para isso ocorrer, a saída de bola é o ponto chave. O Juventude utiliza uma saída sustentada com seis jogadores (a linha defensiva mais os dois volante) atraindo a marcação adversária para seu campo e usando o espaço gerado a partir desse movimento de pressão. 

A equipe tenta sempre sair pelo chão, mas tem alguns problemas ao ser pressionada numa rotação mais alta, já que nenhum dos jogadores envolvidos tem muita capacidade de condução e os volantes não sustentam a bola de costas.

Então, nestes momentos, é possível observar que o time tente excessivamente lançar a bola para Erick (e anteriormente Rodrigo Rodrigues). Zé Marcos é o defensor que mais de destaca nessa fase de construção, o canhoto tenta encontrar bons passes nas costas da segunda linha de marcação, mas tem certo problema com passes pelo centro. 

Quando se estabelece no campo de ataque, o Juventude busca acionar Tite (ou David) em situações de 1×1 ou atacando as costas dos laterais, enquanto Nenê é o fio condutor da equipe. O experiente meia tenta acelerar as jogadas — na maioria das vezes dando apenas um toque na bola. Nenê também é extremamente importante nas bolas paradas.

Um ponto a se destacar quando a equipe está atacando, é a boa ocupação de espaço dos laterais, principalmente Reginaldo chegando muito a linha de fundo pelo lado direito. 

Um ponto interessante na equipe de Carpini é o posicionamento de Jadson. Atuando a carreira inteira como volante — inclusive nas últimos temporadas pelo Alviverde —, o jogador passou a atuar como meia pela direita com o novo treinador.

Tentando influenciar em todas as áreas do campo, e por vezes ajudando também na saída de bola, Jadson é muito importante para defender no setor pela direita com uma boa quantidade de vitórias nos duelos defensivos. Com Reginaldo atacando muito o corredor (imagina acima), o camisa 16 acaba centralizando muito nos momentos de construção, seja para atuar na base ou receber a bola em zonas entrelinha. 

Sem a bola, a equipe se posta em 4-4-2. Usando uma marcação em zona, mas tentando pressionar o portador da bola.

O Juventude apresenta alguma dificuldade em defender as costas dos volantes, sobretudo quando a equipe sobe a marcação. Além disso, a última linha não acompanha o restante da equipe nesses momentos de pressão, gerando um espaçamento grande que os adversários se aproveitam para superar a pressão alviverde. 

Em uma Série B tão disputada, com vários times de pontuação próxima, o Juventude pode acabar não subindo. Porém, a arrancada do Alviverde sob o comando de Carpini merece destaque, saindo de uma equipe que parecia brigar pelo rebaixamento, a um candidato direto ao acesso.

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