O crescimento e impacto de Danilo no Nottingham Forest

Adaptando-se rapidamente ao futebol inglês, o volante brasileiro Danilo começa a ganhar destaque, sobretudo ofensivo, em sua nova equipe.

Após três anos como peça fundamental do Palmeiras, o volante Danilo deixou o Brasil rumo a Inglaterra. A primeira experiência internacional do volante está sendo no Nottingham Forest, onde tem a missão de ser uma das referências técnicas para ajudar a equipe a se livrar do rebaixamento. Após um pequeno momento de dificuldade inicial (onde além de reserva, chegou a não ser relacionado em uma partida), o brasileiro parece completamente adaptado ao novo clube, tendo 4 participações diretas para gol nas últimas quatro rodadas. 

Entretanto, antes de falar do impacto ofensivo, é importante ressaltar a participação do volante no momento sem a bola, principalmente porque sua equipe passa pouco tempo com a posse durante as partidas — tendo uma média de apenas 40%. Com uma marcação pautada bastante em encaixes setorizados, o Forest tem em Danilo uma peça que normalmente fixa duelos com peças importantes dos adversários.

Pegando como exemplo o confronto diante do Brighton, o jovem brasileiro, em vários momentos, encaixou sua pressão em Moisés Caicedo, tirando o equatoriano da maioria das jogadas de saída. O brasileiro tem boa velocidade e preparo para acompanhar os rivais por distâncias médias e longas. E tem boas pernas e leituras para interceptar as jogadas, tendo uma ótima média de 5.8 interceptações por partida. Danilo também tem um bom índice de vitórias em duelos defensivos, com cerca de 65% de aproveitamento, tornando-se uma peça importante da equipe nesse momento. 

Porém, o grande destaque do jogador na Premier League tem sido no momento ofensivo de sua equipe. A princípio, antes de entrar nas funções realizadas em campo, é importante destacar a melhora de Danilo com a perna direita. Conseguindo conduzir mais com a perna destra (e também finalizar). Contra o próprio Brighton, o volante conseguiu marcar um gol em transição usando o pé não dominante. 

Diferente do Palmeiras, que apesar de usar a bolas longa, não é uma equipe tal vertical quantos os ingleses, o Forest fica pouco com a bola. Consequentemente, Danilo distribui poucos passes durante os jogos, contudo, pode-se notar sua importância na fase de construção. Com 22.2 passes por jogo, o volante distribui cerca de 9.95 passes para a frente por jogo. Ou seja, quase 45% dos passes do brasileiro são para a frente. Arriscando mais passes para encontrar Gibbs White e Awoniyi em boas condições para levar perigo ao gol adversário. 

No Palmeiras o volante era utilizado mais como um camisa 5, sendo responsável na maioria dos ataques por ficar em zonas mais de base de jogada, enquanto Zé Rafael entrava mais na área. Em alguns momentos poderia sim ver Danilo pisando na área, mas não era algo regular. Contudo, no Forest, o dito primeiro volante da equipe é Mangala, deixando o brasileiro um pouco mais solto nos momentos com a bola, atuando como um camisa 8.

Mapa de calor do volante na temporada.

Além da qualidade no passe citada anteriormente, a velocidade de Danilo é um artifício bastante aproveitado por sua equipe. Usando de sua passada larga, o jogador acaba pisando bem mais na área do que costumeiramente acontecia no Brasil. O que tem influenciado no número de participações a gols pelo atleta. Nas últimas quatro partidas, foram três gols e uma assistência. 

O crescimento do brasileiro é uma das esperanças do Forest em escapar do rebaixamento. Ainda lutando contra o descenso, a equipe está três pontos acima da primeira equipe acima do Z3. E com certeza o time inglês precisará desse nível de Danilo para manter-se longe da chance de rebaixamento. 

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