PERU E DINAMARCA EVIDENCIAM A IMPORTÂNCIA DO JOGO MENTAL PARA CONQUISTAS

Por @JonCavalcante_ No futebol de alto nível cada dia e jogo que passam ficam mais evidentes a relevância do fator psicológico, da tomada de decisão e velocidade de execução da maneira mais eficiente. E em uma competição como a Copa do Mundo, que é de tiro curto, esses três alicerces se tornam imprescindíveis para um […]

Por @JonCavalcante_

No futebol de alto nível cada dia e jogo que passam ficam mais evidentes a relevância do fator psicológico, da tomada de decisão e velocidade de execução da maneira mais eficiente. E em uma competição como a Copa do Mundo, que é de tiro curto, esses três alicerces se tornam imprescindíveis para um jogador e para uma equipe que quer lograr êxito. Com Paolo Guerrero no banco de reservas e longe da condição física ideal, Christian Cueva assumia o papel de protagonista na seleção. E logo quando a bola rolou, se viu um Cueva associativo, flutuando de lateral a lateral e ditando o ritmo do jogo peruano.

Preterindo a posse de bola inútil, o time de Gareca preferia o jogo objetivo. Com isso, dava a bola ao time dinamarquês e buscava fechar os espaços, roubar a bola e sair em velocidade explorando a velocidade de Cueva, Carrillo e Advínculo e o alto poder de jogo associativo deles. E estava dando certo. O time Peruano mesmo com 42% de posse de bola chegava com mais perigo ao gol defendido por Schmeichel. Cueva era o ritmista. Todas as bolas passavam pelos seus pés. Estava tomando as decisões corretas, tanto que deu 4 assistências claras para abrir o placar. Mas os companheiros não aproveitaram. Mesmo com a baixa eficiência nas finalizações, tudo transcorria de forma positiva. Até que veio o pênalti. E o pênalti perdido pelo Cueva mudou a sua atuação, as escolhas e a forma de executar as jogadas. O meio-campista teve a confiança diminuída a cada segundo que passava. A impaciência foi outra variável emocional que afetou o jogador, pois gerou a pressa, a famosa afobação. E um time intranquilo tende a se arriscar mais, porém sem mensurar os riscos. E os erros podem ser fatais.

Imagem1

Se de um lado tinha um Cueva frágil emocionalmente diante dos episódios recentes, Eriksen mostrou constância e frieza para realizar as melhores escolhas e com a melhor execução. Eriksen participou efetivamente de todos os lances de construção. No primeiro tempo não surtiu o efeito esperado ao encontrar um adversário bem postado. Entretanto, não se deixou desmoronar emocionalmente. Na volta do intervalo o time modificou a estratégia. Voltou com uma proposta mais reativa e um jogo mais direto para explorar os passes longos de Eriksen e a imposição física e boa estatura de Jorgensen no comando de ataque para vencer o duelo da primeira bola e depois acelerar o jogo. Com um Cueva oscilando bastante e errando muito, as consequências eram devastadoras para o Peru. E assim, foi oportunizado um contra-ataque para a Dinamarca. E em uma transição em altíssima velocidade e com Eriksen com controle emocional, tempo e espaço para pensar e escolher a melhor alternativa, Poulsen marcou o gol da vitória.

Existe o senso comum que o “sangue” latino é mais quente e fica mais suscetível a fatores externos do que o “sangue” europeu, que, tem um perfil mais centrado e que dificilmente se abala. Se é verdade ou não, vimos hoje que não basta ter técnica, boa estrutura física e entendimento do jogo. Assim como outras atividades comuns ao ser humano, o fator psicológico se mostra fundamental para as conquistas.

Compartilhe

Comente!

Tem algo a dizer?

Últimas Postagens

Política de Descontos Footure Academy

Política de Descontos Footure Academy

Footure Academy
A campanha do Red Bull Bragantino de Pedro Caixinha no Brasileirão

A campanha do Red Bull Bragantino de Pedro Caixinha no Brasileirão

Douglas Batista
Código Euro #42 | Newcastle atropela, Bellingham, Álvarez e a 2ª rodada da Champions
Footure

Código Euro #42 | Newcastle atropela, Bellingham, Álvarez e a 2ª rodada da Champions

O impacto de Jude Bellingham no novo sistema do Real Madrid

O impacto de Jude Bellingham no novo sistema do Real Madrid

Vinícius Dutra
A retomada do Juventude sob o comando de Thiago Carpini
Douglas Batista

A retomada do Juventude sob o comando de Thiago Carpini

Footure PRO: À procura de um substituto para Moisés Caicedo

Footure PRO: À procura de um substituto para Moisés Caicedo

Footure Pro
Guia da Libertadores 2023: Fluminense x Olímpia

Guia da Libertadores 2023: Fluminense x Olímpia

Gabriel Corrêa
Guia da Libertadores 2023: Palmeiras x Deportivo Pereira

Guia da Libertadores 2023: Palmeiras x Deportivo Pereira

Douglas Batista
Guia da Libertadores 2023: Racing x Boca Juniors

Guia da Libertadores 2023: Racing x Boca Juniors

Douglas Batista
Guia da Libertadores 2023: Inter x Bolívar

Guia da Libertadores 2023: Inter x Bolívar

Gabriel Corrêa
A correção de rota do Bahia com as novas contratações
Douglas Batista

A correção de rota do Bahia com as novas contratações

Os novos contratados do Fortaleza
Douglas Batista

Os novos contratados do Fortaleza

Arda Güler e a atual política de contratações do Real Madrid
Vinícius Dutra

Arda Güler e a atual política de contratações do Real Madrid

O encaixe de Arthur Gomes no Cruzeiro de Pepa
Douglas Batista

O encaixe de Arthur Gomes no Cruzeiro de Pepa

Tal pai, tal filho: o início promissor de Federico Redondo
Douglas Batista

Tal pai, tal filho: o início promissor de Federico Redondo