PRECISANDO DE UM TÉCNICO? TEMOS A SOLUÇÃO
Por @FootureFC A temporada 2017/18 está apenas começando na Europa e alguns técnicos ainda estão livres no mercado e podem surgir como eventual reposição em caso de demissão (principalmente no Brasil). Listamos seis técnicos que seu clube deve ficar de olho se quiser mudar os conceitos ou melhorar o futebol apresentado. Não estamos aqui para apoiar […]
A temporada 2017/18 está apenas começando na Europa e alguns técnicos ainda estão livres no mercado e podem surgir como eventual reposição em caso de demissão (principalmente no Brasil). Listamos seis técnicos que seu clube deve ficar de olho se quiser mudar os conceitos ou melhorar o futebol apresentado.
Não estamos aqui para apoiar a demissão de treinadores, queremos mostrar que clubes podem ter projetos sólidos a partir de nomes estão livres no mercado. Talvez eles voltem a trabalhar apenas na temporada 2018/19, no caso do Europeus. Por parte dos brasileiros, sabemos da “sombra” que eles se tornam a partir da primeira sequência de resultados ruins.
LUIS ENRIQUE – 47 ANOS
Último clube: FC Barcelona
Com uma passagem pela Roma antes de assumir o Barcelona, Lucho comandou o clube catalão por três temporadas e teve certo sucesso, ainda mais quando seu espelho era Pep Guardiola. Mantendo a tradição e estilo do Barcelona, foi campeão da Liga dos Campeões, tricampeão da Copa del Rey, bicampeão de La Liga e campeão do Mundial de Clubes da FIFA.
Seu time se baseava muito no tridente Messi, Suárez e Neymar. Com a saída de Xavi após a primeira temporada, fixou Rakitic como seu substituto e tornou a equipe muito mais vertical. Foi criticado por utilizar pouco os jogadores de La Masia e pelas contratações de André Gomes, Lucas Digne e Paco Alcácer na última temporada.
Luis Enrique gosta do Jogo de Posição e teve alguns pecados no Barcelona, é verdade, porém tem a cara de um técnico promissor no mercado e poderia se dar muito bem na Premier League.
ROGER MACHADO – 42 ANOS
Último clube: Atlético/MG
Tratado como o mais promissor dos técnicos desta geração no Brasil, Roger tem suas ideias muito claras quanto ao futebol ofensivo e está mais detalhada em entrevista realizada em janeiro deste ano com Leonardo Miranda aqui.
No Brasil, faltou tempo para implementar seu estilo de jogo. Muito do que vemos no Grêmio de Renato Portaluppi iniciou em processo de Roger. No Atlético/MG a cultura do time era baseada no chamado “GaloDoido” de Cuca e Marcelo Oliveira.
Roger já disse que não pretende assumir mais nenhum clube em 2017 e voltará aos estudos. É um técnico para se observar na próxima temporada e iniciando uma pré-temporada com algum clube, participando da montagem do elenco e as ideias fechadas com a direção se torna um excelente nome no mercado.
GABRIEL HEINZE – 39 ANOS
Último clube: Argentino Juniors
O atual campeão do acesso argentino também está no mercado. O ex-jogador de Seleção Gabriel Heinze, encantou a todos na última temporada, com bom futebol e resultado, e deu por encerrada a sua passagem pela Paternal de Buenos Aires. El Gringo, como é chamado, obteve um desemprenho surpreendente no Argentinos Juniors após uma passagem apagada pelo Godoy Cruz, em seu primeiro trabalho como treinador. Há que destacar que ótimo rendimento comandando a área técnica do Bicho sucedeu-se depois de sua formatura na Associação de Treinadores de Futebol Argentino(ATFA), nota-se uma grande evolução após os seus anos de estudo. Comandado por Marcelo Bielsa e Alex Ferguson durante sua carreira profissional, Heinze costuma citar os dois treinadores como exemplos que segue para o seu modelo de trabalho.
Sua equipe atuava com grande mobilidade, ultrapassagens e marcação alta. Um time muito intenso e que conseguia manter o ritmo com o rolar da partida. Talvez tenha sido a equipe com melhor futebol associativo na Argentina, competindo com o Independiente de Ariel Holan. Outro ponto importante do trabalho em frente ao Argentinos Juniors foi a inserção dos jovens da categoria base, Gabriel Heinze montou um elenco com baixa média de idade e com vários jogadores das canteras, respeitando a história do clube, reconhecido por ser o Semillero del Universo (sementeiro do universo, alusão a fabrica de craques).
THOMAS TUCHEL – 43 ANOS
Último clube: Borussia Dortmund
Insano. Esses são os times de Thomas Tuchel, ex-técnico do Borussia Dortmund. Jogo apoiado, gegenpressing, amplitude, entrelinhas. Enfim, o Jogo de Posição é a cara do treinador formado pelo Mainz 05 e deve seguir assim.
Tuchel é apelidado de “Doctor” por muitos. O principal motivo é sua ideia de esquema ideal baseado em um 3-1-2-4. Há uma necessidade de dois interiores perfeitos e um ataque sufocante e bem explicado na matéria do El País.
Foi criticado por inventar demais e mudar de esquema três ou quatro vezes, segundo os jogadores do BVB na temporada 2016/17.
ROGÉRIO CENI – 44 ANOS
Último clube: São Paulo
A primeira experiência de Ceni como técnico não foi das melhores. Depois de um período preparatório e estudos na Europa, trouxe na sua comissão técnica Michael Beale, auxiliar técnico do Liverpool sub-23. As ideias do time eram claras: jogo apoiado, posse de bola e equipe extremamente ofensiva com jogadas por dentro e pelos lados dando amplitude.
O problema é que tudo ficou na teoria. Na prática, os jogadores tentavam colocar o que Ceni passava nas atividades porém tinham problemas na transição defensiva e na retomada da bola. O time chegou a levar pelo menos um gol em 15 jogos seguidos. Sendo o maior ídolo da história do São Paulo, sua demissão demorou para os padrões brasileiros.
Agora, Ceni afirmou seguir estudando e se surgirem novas propostas, pode aceitar. Talvez, Ceni precise fazer como outros grandes técnicos da história: (re)começar por baixo. Clubes com projetos sólidos como Bahia, Atlético/PR, Sport e Ponte Preta poderiam ser bons inícios em sua nova fase, agora como treinador.
EDUARDO BAPTISTA – 47 ANOS
Último clube: Atlético/PR
Outro técnico promissor da nova geração, Eduardo Baptista foi demitido do Palmeiras mesmo com os resultados ao seu lado (semifinalista do Paulistão e classificado na Libertadores). Diferente de Cuca, seus times gostam de um jogo mais focado nas transições rápidas no contra-ataque em uma equipe mais posicionada, sem marcações individuais.
A torcida não gostou e queria um time igual ao de Cuca mesmo com a evolução que vinha ocorrendo com o alviverde paulista. No Atlético/PR a mesma coisa. Seu time chegou a marcar um gol onde deu 30 toques na bola e, segundo a direção, foi demitido pelos resultados. Se esquece a necessidade de um processo para adaptação do elenco e que o crescimento de uma equipe não é linear.
Pensando a longo prazo, Eduardo já mostrou grandes trabalhos em Sport e Ponte Preta. Com paciência e entendimento de seu estilo de jogo, é outro bom nome no mercado brasileiro.
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