Takefusa Kubo e Alexander Sorloth: o novo ataque da Real Sociedad

Com sete participações em gols na atual temporada, Sorloth reencontrou seu melhor nível, enquanto Kubo finalmente tem um ótimo cenário para evoluir o máximo do seu talento dentro de campo. Como esses expoentes são determinantes no jogo da equipe basca?

Na atual temporada muitos times começaram a se destacar dentro das contratações e novas funções estabelecidas dentro do elenco. Nesse sentido, a Real vem revolucionando e é sem dúvidas um dos trabalhos de parte técnica para o bem do coletivo mais bem pensado da temporada.

É evidente que a equipe sofria com questões de consistência e maior estabilidade tática dentro do que Imanol Aguacil sempre propôs para seus jogadores e jovens do elenco – além dos canteranos que foram se estabelecendo dentro da equipe titular nos últimos três anos. No último terço essa fragilidade era a grande pauta da temporada.

Hoje em dia a equipe busca um ataque mais bem trabalhado na busca pelo espaço. A saída de Isak, um dos melhores jovens atacantes do mundo, obviamente teria um amplo impacto no que a equipe performava, principalmente em partidas mais difíceis contra times mais compactos em sua defesa. Por outro lado, a chegada de Kubo trouxe uma ótima alternativa para aquilo que o time sentia falta desde a saída de Odegaard, o passe e o desmarque de ruptura, além das jogadas bem trabalhadas por Isak nas conclusões das jogadas.

O novo esquema possibilitou uma melhor amostragem de Sortoth como atacante titular da equipe. Por ser muito alto, consegue enfrentar os defensores com base no físico e em movimentos coordenados sem a bola, enquanto Kubo tem maior poder de decisão na condução em velocidade e passes no terço final. Cada um complementa perfeitamente o outro, embaralhando a defesa para a melhor disposição da Real Sociedad na fase ofensiva.

Kubo é um grande expoente no setor criativo, porém nunca conseguiu demonstrar intensidade suficiente para jogar como meia pelos lados ou explosão base para ser aquele ponta avançado sem perder muito do que oferece de melhor.

O fato de jogar mais perto da grande área potencializou o drible e a condução em velocidade, e essas são as melhores características ofensivas dele. Além disso, sua função como segundo atacante fortaleceu significativamente seu papel como principal jogador da equipe nas construções das jogadas, possibilitando uma maior liberdade no seu jogo, principalmente nas escolhas e nas decisões realizadas no ataque. Kubo faz o jogo sujo de forma limpa, manipula e culmina a partir do seu talento.

Na transição rápida, Kubo consegue se movimentar mais pelos lados do campo, enquanto Sorloth está sempre na procura pelos espaços a serem atacados por ser muito rápido. Com a posse mais cadenciada o norueguês tem o pivô como boa arma coletiva, leitura de jogo excelente para estar sempre no lugar certo, além de ser um incômodo para os zagueiros dentro da área como já dito. Um centroavante clássico, mas que não deixa a desejar em nenhuma fase do último terço.

A partir disso temos dois jogadores que ganham com esse domínio de ambos no ataque: Mikel Merino e Brais Méndez. Merino sempre foi valioso dentro dessa equipe, e era excelente como segundo volante, mas também vem sendo bem aproveitado na função de box-to-box e mais determinante nos contra-ataques. Já Brais Méndez é uma grata surpresa, o jogador surgiu muito cedo no Celta, mas nunca chegou a ser o que se esperava dele. A mudança de ares foi excelente, atingiu certo potencial como interior no triângulo – desenho tático que Imanol encontrou como solução para melhorar seu pós-perda – e tem cada vez mais a intensidade como sua aliada, coisa que não acontecia no antigo clube.

A fortaleza ofensiva da Real Sociedad passa por esses dois jogadores, são eles que controlam quando pausar e quando avançar. Além de serem extremamente desagradáveis de se enfrentar, solidificam um jogo ofensivo que foi muito inconsistente na base individual, Imanol encontra duas peças que se completam e influência positivamente tudo que a equipe precisa processar e performar dentro do campo adversário.

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1 comentário

  1. Não só os dois são destaques que vem ajudando a equipe nessa temporada, a Real Sociedad conseguiu manter boa parte dos seus jogadores no elenco que já um ponto interessante e o técnico Imanol fazer um esquema ofensivo/compacto querendo anular jogadas no meio de campo tendo Zubimendi e Illarramendi sendo os jogadores de força física liberando mais seu quarteto de ataque. São poucas peças que mudaram esse elenco, mas alavancou o nível técnico podendo chegar em uma competição Europeia tão importante como é a Champions, ótimo trabalho da equipe de San Sebastián.

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