Klopp x Guardiola: o último duelo na Premier League entre dois dos melhores técnicos da história da liga

Análise da disputa entre dois treinadores que definiram uma era na Inglaterra.

Neste final de semana, tivemos o último confronto (pelo menos por enquanto) entre Klopp e Guardiola na Premier League. Valendo liderança, dois dos melhores técnicos da história do futebol inglês se enfrentaram. O Manchester City teve uma escalação ofensiva na partida, com a dupla Haaland e De Bruyne em campo. Já o Liverpool, jogando em casa, teve diversos desfalques (Alisson, Arnold e vários outros atletas) e apesar disso, competiu de igual para igual e até levou mais perigo que o adversário, embalado pela atmosfera de Anfield.


A batalha por espaços

O City começou melhor na partida, controlando a posse e conseguindo chegar no último terço com perigo, utilizando principalmente De Bruyne e Bernardo Silva, que se movimentavam nas entrelinhas do Liverpool (posicionado no 4-1-4-1). Alvarez e Foden iniciaram o jogo em amplitude. Durante o jogo, entretanto, individualmente o ataque do City não esteve em seu melhor dia, Alvarez não rendeu jogando “fora de posição”, Haaland teve dificuldades contra Van Djik, que fez mais uma partida excelente e conseguiu controlar o atacante do City.


Após alguns minutos, o Liverpool conseguiu igualar o nível da partida e criou oportunidades através do 3-2-5, com o lateral-direito em amplitude, criando chances em ataque ao espaço e pelo corredor lateral. O meia argentino, MacAllister, foi fundamental na construção da equipe. As vezes baixando para receber perto dos zagueiros e conseguindo imprimir dinâmica de jogo para o time da casa, já que o adversário em algumas situações não conseguiu total intensidade na pressão, tentando controlar também a possibilidade de jogo nas costas. Apesar disso, para além do jogo entrelinhas, o Liverpool teve várias oportunidades de bola no espaço, buscando vencer os duelos na velocidade contra os defensores do City.


A pressão pós-perda e a intensidade do confronto

A partida foi marcada por repetidos exemplos de ambos os lados de um alto nível tático das equipes neste comportamento de pressão pós-perda, onde os jogadores reagem imediatamente após perderem a bola, buscando recuperá-la novamente. O Liverpool, que teve dificuldades no início, ajustou seu atacar marcando principalmente após o gol, com Joe Gomez se movimentando mais para frente e para o meio, com relação ao posicionamento com três zagueiros (quando tinham a bola), para encurtar os espaços e atuar ativamente na recuperação da posse.

Este comportamento tático é um dos principais comportamentos sem a bola no futebol de hoje, especialmente para equipes que querem ser protagonistas e controlar o adversário, e justifica, entre outros fatores, o porquê de ambos os times estarem em alto nível a tanto tempo.


A eficiência para decidir no último momento

Ambas as equipes sofreram com a falta de efetividade na frente do gol. O City criou algumas chances e esbarrou principalmente na trave, por duas vezes. Pep Guardiola percebeu a superioridade do Liverpool na segunda etapa e trocou De Bruyne e Alvarez por Doku e Kovacic, buscando ter mais controle no meio-campo e um jogador com mais drible e velocidade na ponta-esquerda. Funcionou de certa maneira, mas não foi o suficiente para vencer a partida.

O Liverpool colecionou muitas chances, principalmente no segundo tempo, com maior volume de jogo e acabou sendo parado por Ederson e Ortega. Boas chances foram criadas após roubadas de bola e ataque ao espaço, mas também através de construções onde o Liverpool conseguia superar a defesa do City. A entrada de Salah no segundo tempo trouxe outra vida ao lado direito do ataque, com algumas boas jogadas e velocidade. Entretanto, a figura do jogo para o time da casa foi Diaz com muita entrega com e sem bola, muitas movimentações de ataque ao espaço e até algumas vitórias em situações de 1×1, mas no momento de finalização perdeu chances que um jogo deste nível não permite perder, o que acabou mantendo o empate no placar.


The Last Dance: Klopp x Guardiola na Premier League

O confronto foi a altura de tamanha rivalidade dos treinadores que se encontraram várias vezes durante sua carreira, marcaram uma era na Premier League e quebraram convicções. Cada um da sua maneira. Guardiola com seu Jogo de Posição, a tentativa do controle do jogo, mas também adaptando ao contexto e aprendendo a usar as características de jogadores a sua disposição. Klopp com seu estilo de jogo com intensidade inconfundível, pressão pós-perda, ataques rápidos, mas que, como visto neste sábado, também consegue montar uma equipe que mantenha a posse por períodos e trabalhe dentro do bloco de um time tão organizado como o Manchester City. Os estilos dos treinadores, com o tempo, foram se aproximando de certa forma e a rivalidade entre os dois certamente já figura entre as maiores da história.

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