COPA DO MUNDO - DIA 13

Por @RGomesRodrigues e @_GabrielCorrea Argentina 2 x 1 Nigéria A história dos argentinos sempre tem grandes pitadas de drama e a classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo não poderia ser diferente. No fio da navalha, era tudo ou nada para os hermanos. Vivendo um momento turbulento dentro de campo, com o técnico Sampaoli […]

Por @RGomesRodrigues e @_GabrielCorrea

Argentina 2 x 1 Nigéria

A história dos argentinos sempre tem grandes pitadas de drama e a classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo não poderia ser diferente. No fio da navalha, era tudo ou nada para os hermanos. Vivendo um momento turbulento dentro de campo, com o técnico Sampaoli e, principalmente, na AFA como um todo, a Argentina parecia mesmo que seria comandada pela alma de seus jogadores dentro de campo.

Com a formação que lembrava a equipe de Tata Martino na Copa América de 2016, teve um primeiro tempo consistente. Banega deu outra cara a equipe ditando o ritmo em diversos momentos e foi dele o belíssimo passa para Messi marcar. Um domínio de coxa, a leveza para seguir com a bola colada ao corpo e o chute com a direita, fizeram ressurgir o gênio argentino na Copa do Mundo.

Mas nem tudo são flores e os nervos da Argentina não são de aço. Mascherano, aquele que deveria ser a fortaleza mental tal qual em 2014, cometeu um erro de fazer um pênalti no início da segunda etapa. Começava ali o drama após Moses marcar. Empate, eliminação, tensão. Qualquer erro mais grave poderia piorar tudo. A Argentina não conseguia se controlar e começou a errar mais e mais.

Pavón entrou para dar mais ritmo pela direita, Meza substituiu Di Maria do outro lado mas estava muito nervoso e entrou mal. A última troca foi Sérgio Agüero como última esperança. Jogada pela esquerda, cruzamento na medida e Higuaín isola. Parecia o fim do sonho. Mas o improvável está aí para nos mostrar o contrário. Jogada sem pressa, trabalhada pelo lado direito. Bola em Mercado que acerta um lindo cruzamento para Rojo, zagueiro canhoto, aparecer como um típico centroavante e acertar um belo voleio de direita. Êxtase. Emoção. Explosão. A Argentina está classificada.

“Agora começa a Copa do Mundo pra gente”, disse Rojo após a classificação. De fato, o anímico pode ter mudado. Pela primeira vez como uma azarona, a Argentina não tem mais nada a perder e como diriam os sábios: estão deixando acreditar.


França 0 x 0 Dinamarca

Foi contra a Dinamarca que Didier Deschamps igualou a marca de Raymond Domenech ao se tornar o treinador com mais jogos pela seleção da França como treinador. E também sob o comando de Deschamps testemunhamos mais um jogo no qual a França demonstrou dificuldades para transformar os 61% de posse em ocasiões de gol.

Com a bola circulando num ritmo pouco favorável para desestabilizar a organização defensiva da Dinamarca, a França encontrou em seu lado esquerdo do ataque a saída para ser mais profundo e agressivo em campo. Mas, com seus criativos num dia pouco inspirados, Giroud sendo cercado por uma defesa muito mais competitiva que a do Peru, por exemplo, e com seus laterais agredindo pouco os últimos 30 metros do campo da Dinamarca, a França foi pouco produtiva.

Além disso, os Bleus sofreram com as respostas do rival. Se pouco importava a incapacidade de ter a bola em seus pés, os nórdicos tiveram em Cornelius e Braithwaite o caminho com a saída longa para incomodar a defesa francesa, que acabou bem representada pelo trabalho de Kimpembe.

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Num ritmo baixo e pouca intenção de mudar o cenário, já que as duas seleções estavam mais do que confortáveis com o empate sem gols, a dinâmica do jogo melhorou com a entrada de Mbappé e Fekir, que colocaram algum fogo na partida e incomodaram a meta de Schmeichel. Mas a missão da Dinamarca em proteger zonas de finalização com a maior quantidade de pernas possível foi bem sucedida e o primeiro empate em 0 x 0 da Copa do Mundo foi um resultado coerente considerando o contexto do grupo C em sua última rodada já que o Peru venceu a Austrália e garantiu as outras duas na próxima fase da Copa do Mundo.


Peru 2 x 0 Austrália

Num jogo onde a Austrália poderia lutar por alguma coisa, a entrada de Tim Cahill durante o jogo foi a última esperança. De qualquer forma, a se observar na Copa do Mundo onde se sobressaem os jogos de transição e o centroavante pivô, como Paolo Guerrero seria importante se estivesse ainda mais com ritmo e iniciasse o Mundial.

Além de marcar o dele, foi fundamental para o Peru durante os lançamentos longo, onde ele segurava os zagueiros e conseguia fazer sua defesa “respirar”, além do melhor momento para seus companheiros.

A Seleção de Gareca foi melhor em desempenho que a Dinamarcar, classificada à próxima fase, mas o pênalti perdido por Cueva fez falta e uma efetividade maior também. Resta que esta geração consiga fazer uma transição com outros nomes para o ciclo da Copa de 2022.


 

Croácia 2 x 1 Islândia

A Croácia deixou apenas dois titulares em campo para se prepara para a próxima fase da Copa do Mundo, já estando classificada. Do outro lado, uma brava Islândia que por muito pouco não venceu a partida. Teve um primeiro tempo excelente onde criou diversas oportunidades claras de gol e não abriu vantagem por detalhes. Só que o futebol também é feito por detalhes e isso prejudicou a equipe que parou a Argentina e sofreu contra a Nigéria quando se abriu demais.

A Croácia mostrou solidez na segunda etapa principalmente com Perisic decidindo pelo lado esquerdo e Modric comandando as ações do meio de campo. O sonho islandês terminou no momento, mas essa geração pode, quem sabe, surpreender numa próxima Eurocopa, assim como 2016. É bem improvável um novo ciclo para 2022.

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