COPA DO MUNDO - DIA 8

Por @RodrigoCout e @Maiiron_ A melancolia de um tango poderia definir o 8º dia de Copa do Mundo. A vitória da Croácia por 3-0 sobre a Argentina pode ser vista na ótica dos hermanos, mas também é necessário perceber como foi gigante a dupla Rakitic e Modric. O Mundial vem apresentando também uma tendência aos centroavantes […]

Por @RodrigoCout e @Maiiron_

A melancolia de um tango poderia definir o 8º dia de Copa do Mundo. A vitória da Croácia por 3-0 sobre a Argentina pode ser vista na ótica dos hermanos, mas também é necessário perceber como foi gigante a dupla Rakitic e Modric. O Mundial vem apresentando também uma tendência aos centroavantes “raíz” e Giroud fez a França melhor suas ideias de jogo. Por fim, pudemos ver mais uma vez um grande Cristhian Eriksen pela Dinamarca e a eliminação do Perú à próxima fase. Vamos invadir mais um dia de Copa?


Argentina 0 x 3 Croácia

Quem tem Messi tem tudo? O argentino jogou os 180 minutos com a Celeste na Copa e não foi tudo. Messi é o melhor jogador do século, influencia os outros 21 que pisam no mesmo retângulo verde que eles e é sobre isso que quero falar. Mesmo com o pênalti perdido contra os islandeses, Lio procurava jogo e era limitado pela boa defesa de área. Na “Zona Messi”, que são os trinta metros perto do gol, eram dez jogadores rivais e ele sitiado, com pouco apoio. Mesmo assim a Argentina foi melhor, Halldorson foi a figura da partida e os Hermanos lamentam o empate.

Hoje contra a Croácia vimos Messi influenciando mais um sistema defensivo, a seleção dos Balcãs tinha usado Badelj, Rakitic e Modric por dentro contra a Nigéria. Era um time mais propositivo contra um adversário em tese mais fraco e não podia abdicar da bola, quis ter e foi mal, mesmo vencendo. Hoje Dalic colocou Brozovic de 5, justamente na Zona Messi, e isso mudou o curso da história. Ele não é um 5, é um jogador que sai mais com a bola e prefere pisar na área contrária, mas foi quem brecou toda ação argentina. O jogo por dentro, mais uma vez, foi inexistente. Messi pegava a bola e ele mordia individualmente ou com apoio do ótimo Rakitic, chegou a um ponto no primeiro tempo que Dejan Lovren tinha mais a bola do que Lionel e isso é um disparate. Além de Messi, Sampaoli errou muito. A Argentina foi uma caricatura de time hoje, as bandas com Salvio e Acuña eram estranhíssimas na transição defensiva. O meio campo com Mascherano e Enzo Pérez não fazia a saída de bola rompendo a linha, o jogo não fluía e isso acabou matando, o sempre abaixo da média com a camisa argentina, Aguero. A Croácia não fez uma exibição para ser lembrada por vinte anos, não foi brilhante. Mas matou o talento e nem precisou se impor tanto; as escolhas de Sampaoli, e o time, sem personalidade, ajudaram e deixaram Lovren, Vida e Subasic quase sem trabalhar.

Indo na contramão da exibição croata, Modric foi brilhante. Modric é um azarado, ele joga futebol na era dos atacantes que fazem 50 gols por ano, ganham títulos individuais e ele nunca ganhará uma Bola de Ouro da FIFA. Modric é o passo à frente em Xavi e Iniesta. Esses dois marcaram época, Luka é a outra época. A de que os meias precisam ser influentes em quatro fases do jogo: defesa, transição, organização e finalização. Quem teve o privilégio de assistir o croata jogando viu a maior atuação individual dessa Copa, talvez a maior atuação individual desde o título da Décima com o Real Madrid. Modric é um gênio do esporte. Obrigado, Luka.


 

Dinamarca 1 x 1 Austrália

A Dinamarca conseguiu mais um resultado acima daquilo que fez no jogo. Não foi mal, mas a Austrália esteve mais perto da vitória, principalmente no 2º tempo. O time nórdico começou melhor. Com Schone como titular, Eriksen não precisava retornar tanto para buscar a bola e qualificar o passe inicial e podia agir mais perto da área, onde é mais perigoso. Pione Sisto também ajudava nesta faixa e o time europeu criou boas chances até os 30 minutos.

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Outro detalhe importante era a pressão pós-perda e a marcação adiantada em alguns momentos. Abriu o placar com o seu maior astro e sofreu o empate quando a Austrália começou a apostar nas bolas paradas/aéreas. Os Socceroos melhoraram também no aspecto defensivo e na segunda etapa foram mais agressivos com a bola. Liderados pela boa distribuição de Mooy e Jedinak, além das participações de Leckie e Arzani, criaram pelo menos duas chances claras para virar, mas não conseguiram.


 

França 1 x 0 Perú

Vitória importante para selar a classificação francesa, mas que foi obtida novamente com uma atuação irregular. O 1º tempo foi muito bom. Com a presença de Giroud, os franceses tinham uma boa opção para vencer a intensa marcação que o Peru fazia inicialmente a partir da linha média. Apostaram em alguns passes diretos para o camisa 9. Ele vencia a maioria das batalhas com a zaga peruana e o time foi ganhando ”jardas”. Kanté e Pogba também fizeram uma partidaça no meio-campa. A partir da intensidade deles e das boas jogadas de Mbappé pela direita a França foi crescendo mais. Criou várias oportunidades e abriu o placar.

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A seleção peruana sofria para marcar o lado direito de ataque francês. Trauco sofria com Mbappé e não tinha a cobertura devida. No 2º tempo a partida se transformou. O Peru melhorou com a entrada de Farfán e ida de Cueva para o lado esquerdo. Acertou bola na trave e levou perigo com alguns chutes de fora da área. A França não conseguia encaixar transições com frequência e decepcionou, pois havia espaço para jogar. Defensivamente foi bem! Defendeu a área de forma perfeita.

 

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