ENTRE GIGANTES

Por @viniciusof Das três equipes que ascenderam à elite inglesa na última temporada, duas debutarão na Premier League (criada em 1992). Brighton, distante da elite há 34 anos, e Huddersfield Town, que há 45 anos não figurava entre os melhores, terão a ingrata tarefa de não repetir Middlesbrough e Hull City. Rebaixados na última temporada, Hull […]

Por @viniciusof

Das três equipes que ascenderam à elite inglesa na última temporada, duas debutarão na Premier League (criada em 1992). Brighton, distante da elite há 34 anos, e Huddersfield Town, que há 45 anos não figurava entre os melhores, terão a ingrata tarefa de não repetir Middlesbrough e Hull City. Rebaixados na última temporada, Hull e Boro mal conseguiram desfrutar da companhia dos gigantes. Se juntará a Brighton e Huddersfield Town na Premier League, o Newcastle, tetracampeão nacional e dono de uma das maiores torcidas do país.

Conversamos com os parceiros da @championshipbr, que acompanharam de perto Newcastle, Brighton e Huddersfield na última temporada, para saber o que podemos esperar do trio.

OFENSIVIDADE COMO ARMA

NEWCASTLEFOTO

Após um período titubeante na segunda divisão, o Newcastle garantiu um título que parecia improvável. Isso porque o então líder Brighton, que precisava de apenas uma vitória em três partidas para se sagrar campeão, somou um ponto em três jogos, enquanto os Magpies somaram nove. A taça chegou para respaldar o elogiado trabalho de Rafa Benítez, que contrariou seu histórico defensivista para consolidar um modelo de jogo ofensivo, pautado pela posse de bola. “A ofensividade foi o tom do Newcastle na última temporada. Rafa soube usar bem o seu setor ofensivo, com participação ativa dos pontas e boa chegada dos jogadores mais centralizados”, comentou Edmar Assim, editor do Championship Brasil.

Como de hábito, Benítez priorizou o 4-2-3-1, promovendo rodízios no time titular. Matt Ritche e Christian Atsu ocuparam os flancos na maior parte do tempo, com Ayoze Perez por dentro e Daryl Murphy, Mitrovic e Dwight Gayle se revezando no ataque. O volante Jonjo Shelvey, importante peça para o modelo de Benítez, foi uma figura determinante para o acesso.

NO MERCADO

O mercado do Newcastle foi tímido. A manutenção da equipe campeã e o retorno por empréstimo de Emmanuel Rivière, Siem de Jong, Henri Saivet e Tim Krul foram os principais destaques. Deixaram a equipe os franceses Vurnon Anita, que atuou como lateral direito na última temporada, e Yoan Gouffran. Chegaram o zagueiro francês Florian Lejeune, o extrema inglês Jacob Murphy, de boa temporada no Norwich, o volante alemão Mikel Merino, emprestado pelo Dortmund, e o lateral-direito Javier Manquillo. Para muitos, o melhor movimento dos Magpies na janela de verão foi a aquisição do ganês Christian Atsu em definitivo.

“A base do time é boa, mas pode não ser suficiente pra encarar um nível de exigência bem maior como o da Premier League. A defesa requer cuidados e mais alguns reforços pontuais na parte ofensiva seriam bem-vindos”.

O TIME

NEWCASTLE

À MODA INGLESA

BRIGHTONFOTO

Depois de muito bater na trave o Brighton & Hove Albion enfim colheu frutos do seu projeto a longo prazo capitaneado pelo técnico Chris Hughton. O técnico inglês que está desde 2014 a frente da equipe ficou conhecido pelo seu modelo ortodoxo até para os padrões da segunda divisão inglesa. O jogo direto e as duas linhas de quatro de Hughton deram à sua equipe a melhor defesa da Championship. Com este trunfo os Seagulls esperam permanecer na elite inglesa.

“O Brighton foi um time que se destacou muito pela disciplina e organização. Se por um lado o futebol mostrado não encheu os olhos sempre, por outro a eficiência impressionou. Um 4-4-2 clássico, com jogadas polarizadas pelas pontas e um bom sistema de defesa”.

Logo de cara o Brighton colocará sua capacidade defensiva e de contra-atacar à prova: receberá o Manchester City de Pep Guardiola logo na primeira rodada.

NO MERCADO

A equipe patrocinada pela American Express foi um pouco mais agressiva que o Newcastle no mercado. A principal contratação veio da Holanda: Davy Pröpper, do PSV, um meia-central com passagens pela Seleção Holandesa, que se destaca pela capacidade de organizar o jogo e arrematar de longa distância. Mathew Ryan, goleiro australiano que estava no Valência, também chega para ser titular. Do Ingolstadt chegaram o lateral-esquerdo austríaco Markus Suttner e o meia Pascal Groß. Da equipe titular que conquistou o vice-campeonato ano passado, Chris Hughton não contará apenas com o goleiro David Stockdale.

“É um mercado um pouco preocupante. As laterais podem ser um ponto fraco. Principalmente do lado direito, já que o titular Bruno Saltor já beira os 37 anos. Groß, caso se encaixe bem, pode minimizar o peso sobre Knockaert com a criação das jogadas. E o ataque com Murray e Hemed claramente não será o suficiente.”

O TIME

BRIGHTON

ATRAÇÃO NA CASA-MATA

HUDDERSFIELDFOTO

Um técnico norte-americano, de dupla nacionalidade alemã, escolado em Dortmund. Este é David Wagner, comandante do Huddersfield Town e pupilo de Jurgen Klopp. Depois de dois anos dirigindo as categorias de base do Hoffenheim e quatro treinando o time sub-23 do Dortmund, Wagner aceitou o desafio de recolocar o Huddersfield Town na elite após 45 anos. Chegou na metade da temporada passada, ficou na quinta colocação e precisou buscar a classificação eliminando Sheffield Wednesday e Reading nas penalidades. É o orçamento mais modesto dentre os 20 da Premier League, mas, pelo histórico de montar equipes ofensivas, Wagner pode fazer dos Terriers uma atração underdog da liga.

“David Wagner recusou trabalhar com o seu mentor Jurgen Klopp para voar com as próprias asas. E voou alto, já que tirou o Huddersfield do padrão de time que luta contra o descenso na Championship para time de Premier League. E isso graças a um estilo agressivo e ofensivo, com altos índices de posse de bola e contra-ataques letais. Entretanto, o time tende a recuar demais em situações adversas e se expõe muito na defesa quando precisa definir um resultado.”

NO MERCADO

O Huddersfield foi quem mais gastou dentre os novatos da liga. Foram despendidos aproximadamente 35 milhões de euros em dez reforços, sendo oito deles contratados em definitivo. Destaque para o meia Steve Mounié, contratado junto ao Montpellier, o atacante belga Laurent Depoitre ex-Porto e a contratação em definitivo do grande expoente técnico do time: o meia-central australiano Aaron Mooy. O Terriers também fizeram um “pacotão” da Championship, com Scott Malone, ex-Fulham, Daniel Williams, ex-Reading, e Tom Ince, ex-Derby County. A equipe do ano passado foi mantida. Uma mudança significativa deve ocorrer debaixo das traves: Daniel Ward deve dar lugar ao dinamarquês Jonas Lössl, contratado por empréstimo do Mainz.

“De fato o Huddersfield conseguiu reunir nomes interessantes entre destaques da Championship e revelações de outros centros, mas ainda parece faltar “a” contratação. Um jogador que faça acreditar que o time pode mudar de patamar. É esperar para ver”.

O TIME

HUDDERSFIELD

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