Jadon Sancho e Timo Werner: dois jogadores que podem trocar a Bundesliga pela Premier League
O mercado de transferências é, no momento, uma incógnita. Mas os clubes mais ricos devem aproveitar para garantir reforços de peso como Sancho e Werner
Parece sem sentido falar de transferências agora. Por termos coisas muito mais relevantes acontecendo no mundo e, crucialmente, pela forma que a pandemia deve afetar as finanças dos clubes e as próximas janelas. Nem sabemos, inclusive, se as datas continuarão as mesmas. Devido a queda brutal de faturamento para equipes de todos os países, os negócios vão acontecer de forma diferente. Isso é inevitável.
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As cifras serão menores e possivelmente o que vai ocorrer é um ‘rebalanceamento’ do mercado, o colocando novamente a um grau de normalidade que não é visto desde a ida de Neymar ao Paris Saint-Germain. Mas outro desdobramento ainda é pouco comentado pela imprensa: surge uma oportunidade para as agremiações mais ricas, aquelas com reservas abastadas e um suporte financeiro que dificilmente cessa, serem agressivas.
Clubes de patamares não tão elevados, que poderiam ter planos bem desenhados para subir esses degraus, provavelmente perderão força na queda de braço. Os grandes terão maior poder de barganha e os menores devem acatar a condições que não estavam acostumados, visando a necessidade de aliviar os problemas gerados por esse período sem jogos.
E a Premier League, mesmo diante de perdas também extremas, continua em um estado melhor em relação ao resto da Europa. E hoje destacamos dois jogadores que devem ser alvos dos ingleses.
JADON SANCHO
Considerando qualidade, idade e chances de negociação, é o “ativo” número um do mercado atualmente. Hans-Joachim Watzke, CEO do Borussia Dortmund, já declarou que até os clubes muito ricos, “apesar da crise, não devem pensar que conseguirão uma pechincha”. O argumento é de que não precisam vender ninguém abaixo do valor estipulado inicialmente.
O que tem embasamento, visto que os aurinegros não dependem tanto da receita de matchday e a situação por lá é vista pelos especialistas como maleável. Mas o complemento da fala do executivo trouxe o outro lado: “Você sempre tem que respeitar os desejos do jogador”. E parece clara a intenção do camisa 7 em se transferir.
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Depois de registrar 31 gols e 42 assistências em duas temporadas e meia na Alemanha, batendo recordes e impressionando em várias posições, funções e competições, é hora de dar o próximo passo. Existem olhares vindo da Espanha, mas imagina-se que Real Madrid e Barcelona têm outras prioridades. Na terra da rainha, então, o Manchester United aparece na pole position e o contatos com seus intermediários são feitos há algum tempo.
Os indícios são de sentimento mútuo, com o atleta disposto a voltar à cidade para defender o lado vermelho – ele esteve no City de 2015 à 17. Mas o Chelsea, seu time do coração quando criança, também tem interesse e Roman Abramovich (dono) pode ver esse novo cenário do mercado como uma oportunidade de agir como ele não faz há tempos e acelerar a busca dos blues pelo retorno ao topo. O poderio financeiro – sobretudo em questões salariais -, porém, é inferior ao dos red devils.
De qualquer forma, o ponta inglês deve desfilar seu futebol por gramados britânicos a partir de 2020/21.
TIMO WERNER
Um nome que você vê nas especulações há muito tempo, certo? A impressão é de que o atacante alemão já poderia ter dado um salto na carreira – está com 24 anos -, mas o RB Leipzig conseguiu segurá-lo por quatro temporadas. A saída pode estar próxima e o destino talvez seja Anfield Road. Klopp é visto como um admirador de longa data do jogador e essa não é a primeira janela com rumores ligando ele ao Liverpool.
A expectativa é que o treinador tente ‘oxigenar’, de certo modo, o esquadrão quase imbatível que construiu. Não sabemos se a taça vai ser levantada – a possibilidade da edição atual da Premier League ser cancelada é real -, mas em termos de desempenho podemos tratar como um clube que conquistou a Europa e a Inglaterra. E joga em um nível muito acima da média há tempos.
Isso, claro, dentro de uma estratégia baseada em alta intensidade, ações agressivas e soberania física. Somando os treinamentos às partidas, não é difícil enxergar a fadiga batendo na porta e começando, mesmo que aos poucos, a minar o desenvolvimento da equipe. Jurgen sabe que o futebol é feito de ciclos e a atualização deve ser constante para que os adversários continuem pra trás.
A contratação de peças que se encaixam em critérios qualitativos e táticos dentro dessa visão de evoluir algo que já é ótimo pode ser crucial. E Werner dá possibilidades interessantes: o papel de Firmino é fundamental para o sistema funcionar e seus serviços são, em várias partidas, intocáveis. Mas um atacante capaz de romper a defesa adversária e, quando necessário, tirar um pouco o peso das costas de Mané e Salah, seria bem-vindo.
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No Liverpool, o brasileiro tem média de 0.32 gols por partida; o alemão, por sua vez, tem 0.58 pelo Leipzig. Não significa que ele chegaria roubando essa vaga, mas servindo até de um excelente complemento. É possível reposição se a comissão técnica visualizar benefícios em uma mudança de perfil ou trunfo para uma alteração na formação, imaginando um 4-2-3-1 com um na frente do outro.
O Manchester United também pode ir atrás de um atacante e ele estaria na watchlist de Solskjaer, junto com Moussa Dembélé (Lyon). Também atende as características que a equipe vem se baseando: velocidade, jogo direto, agressividade e domínio físico. Mas não parece ser uma prioridade no momento, abrindo o caminho para o Liverpool.
O fato é que, em breve, Jadon Sancho e Timo Werner podem estar saindo da Alemanha e desembarcando na Inglaterra.
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