O ADEUS DE UMA LENDA
Por @matheusdeluca_ Francesco Totti: entre categorias de base e time profissional, 28 anos de Roma. 784 jogos e 307 gols. Um Campeonato Italiano, duas Copas da Itália, uma Supercopa da Itália e uma Copa do Mundo. O primeiro parágrafo deste texto é capaz de dimensionar a representatividade e a importância de Totti para os romanistas e […]
Por @matheusdeluca_
Francesco Totti: entre categorias de base e time profissional, 28 anos de Roma. 784 jogos e 307 gols. Um Campeonato Italiano, duas Copas da Itália, uma Supercopa da Itália e uma Copa do Mundo. O primeiro parágrafo deste texto é capaz de dimensionar a representatividade e a importância de Totti para os romanistas e para o futebol; mas iremos mais fundo.
Desde garoto Francesco colocava sua paixão acima de qualquer coisa. Fato comprovado após recusar, aos 13 anos de idade, propostas da Lazio e do Milan. Totti preferia ficar em casa a jogar em outro clube que não fosse a Roma. Estreou na Série A aos 16 anos de idade e desde então faz história. Ainda jovem,Totti não era utilizado pelo técnico argentino Carlos Bianchi, e seu empréstimo à Sampdoria chegou a ser cogitado. O presidente Franco Sesi decidiu intervir e quem acabou saindo foi o técnico. Bom para a Roma, para Totti e para o futebol.
Zdenek Zeman assumiu a Roma e ainda naquele ano Totti vestiu a tradicional camisa 10 que nunca mais abandonaria. No ano seguinte, era capitão do time da capital, aos 22 anos de idade. Os títulos vieram e Totti já havia caído nas graças dos torcedores.
Aos 27 anos e em seu auge, disse não à proposta de Florentino Pérez para compor o esquadrão galáctico do Real Madrid. Mais uma prova de amor a Roma.
Em sua longeva carreira, Totti foi um verdadeiro Camisa 10. Criativo e habilidoso, ditava o ritmo do jogo. Taticamente inteligente, jogou por muito tempo como um meia-esquerda no 4-3-3 de Zeman, sempre se deslocando para a faixa central do campo. Essa movimentação lhe dava iguais condições de finalizar ou assistir seus companheiros. Na Era Capello, foi o homem de criação do 3-4-1-2, alimentando Batistuta com seus passes açucarados e criativos. Já com Spaletti, passou a jogar como falso 9. Totti se adaptou durante toda sua carreira, e aprendeu a jogar em diferentes posições de acordo com sua idade e força física.
Não foi campeão muitas vezes. Integrou muitos elencos medianos que dificilmente o levariam às glórias. Mas para Totti o futebol sempre foi mais que o primeiro lugar. Decidiu fazer história em casa e ser ídolo de seu povo.
Totti é a prova viva de que, algumas vezes, o amor à camisa prevalece e fala mais alto. Foi um torcedor, apaixonado e devoto à Roma desde sempre, e para sempre.
“Por que passei minha vida inteira na Roma?
A Roma é minha família, meus amigos, as pessoas que amo. Roma é o mar, as montanhas, os monumentos. Roma, evidentemente, são os romanos.
Roma é amarelo e vermelho.
Roma, para mim, é o mundo.
Este clube e esta cidade são minha vida.
Sempre.”
Um romanista em campo, uma lenda do futebol. Sentiremos falta de Francesco Totti.
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