O começo animador de Fábio Silva no Anderlecht

Emprestado pelo Wolverhampton até o final desta temporada, o atacante português tem início animador na Bélgica e quer finalmente deslanchar para se tornar no profissional tudo aquilo que se viu na base.

Pode parecer estranho falar de recomeço para um jogador de apenas 20 anos, mas a caminhada de Fábio Silva até aqui foi cercada de expectativas. Quando deixou o Porto em 2020 rumo ao Wolverhampton se tornando a maior compra da história dos Lobos, já era conhecido na Europa como um dos maiores prodígios da sua geração.

Letal dentro da área, mostrava seu repertório de gols e participações ofensivas que levou a equipe portuguesa ao título da UEFA Youth League na temporada 18/19. Era o jogador mais novo do plantel, com 16 anos, e titular absoluto — balançou a rede ou deu assistência em todas as fases.

Sua primeira temporada na Inglaterra não foi das melhores apesar dos quatro gols e três assistências na Premier League. O valor pago pelos Wolves repercutiu bastante e gerou uma pressão e cobranças desproporcionais sobre o jovem. Além disso, o time vinha atravessando um momento conturbado, tropeçando em jogos teoricamente fáceis e tendo poucas atuações convincentes.

A temporada seguinte foi ainda pior: menos oportunidades e, consequentemente, números desanimadores. A sua permanência no clube já era incerta e, pelo alto investimento, a opção mais viável seria um empréstimo. O destino? Anderlecht.

O clube belga trabalha e desenvolve bem os jovens, sejam eles revelados no próprio clube ou contratados de centros mais alternativos, e a chance de engatar boas sequências de jogos já que não tem apenas a liga nacional para disputar. Fábio dá um “passo atrás” para retomar a boa fase e voltar do empréstimo pronto para fazer valer os 40M de euros.

Como era de se esperar, o início da caminhada na Bélgica é bastante promissor. Em quatro partidas, três gols. O português precisou de apenas sete minutos para marcar em sua estreia. Foi um alívio enorme para o atacante, que já não fazia gol pela equipe principal do Wolverhampton há mais de um ano. O impacto inicial nos malvos dão indícios de que os números na temporada serão ótimos. Comparando com a primeira pelo clube inglês (foi titular em 11 partidas), está a um gol de igualar sua marca em toda a Premier League. E o que torna ainda mais interessante é que foi titular em apenas duas partidas.

O esquema utilizado pelo técnico Felice Mazzù com dois homens no ataque se movimentando e aproveitando bastante os espaços entre os defensores deixa o camisa 99 mais à vontade por alguns motivos: a facilidade para receber de costas, girar e acelerar o jogo, a explosão para avançar em campo aberto e superar duelos individuais, além do bom chute de média/longa distância. Tudo isso somados ao grande poder de finalização, principalmente para tomar decisões rápidas.

Fábio Silva é um atacante, teoricamente, completo e com todos os predicados para ser um nome de muito destaque futuramente. O que lhe faltava na Inglaterra, além de todo o contexto que dificultava seu progresso, era confiança. E nestes primeiros passos com a nova camisa isso vem sendo recuperado. Não será nenhum exagero, inclusive, projetar oportunidades na seleção principal de Portugal.

Apenas uma temporada, mas Fábio Silva será um nome de muita importância no setor ofensivo em busca de grandes vitórias e conquistas. Quem sabe no fim desta breve relação o título da liga volta para Bruxelas?

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