O título do Brasil sub-20 e o futuro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024

A equipe comandada por Ramon Menezes conquistou o Torneio Internacional do Espírito Santo e deu uma pequena amostra de onde pode chegar a Seleção Brasileira Olímpica

Contratado no primeiro trimestre de 2022, Ramon Menezes deu início ao que seria o maior trabalho da sua curta carreira, comandar a Seleção Brasileira sub-20, onde encontra-se potencialmente uma das melhores gerações de todos os tempos do país.

Logo em seu primeiro torneio à frente do Brasil, conquistou o título do Torneio Internacional do Espírito Santo — que surgiu como uma espécie de preparação para o Sul-americano da categoria e será disputado em 2023. Os resultados de 5×2, 4×1 e 7×0 sobre Paraguai, Equador e Uruguai, respectivamente, escancaram o poderio da equipe canarinho. Mas há sempre um ponto a se questionar quando se trata em categorias de base: onde esses atletas estarão daqui há uns anos?

Quanto a isso é improvável que todos os atletas que hoje estão nas seleções de base ocupem espaço na seleção principal, ou em grandes clubes da Europa por exemplo, mas é inegável que o futuro de boa parte desses garotos prometem e muito, mas independente disso pode-se falar no presente, como no caso de Marcos Leonardo que com 19 anos já é a principal referência de ataque e artilheiro da sua equipe profissional, e num futuro não tão distante também, já que em 2023 haverá a disputa do Sul-americano e do Mundial, e no ano seguinte os Jogos Olímpicos.

Por que as Olimpíadas ainda podem ser melhor que o Sul-americano e o Mundial

As gerações 2003 e 2004 terão um ano de 2023 muito movimentado, com duas grandes competições a serem disputadas, e o Torneio Internacional mostrou que há justificativas para toda essa expectativa que circula o ambiente sub-20 do país. Muito além dos nomes que estão envolvidos como principais destaques individuais e que serão imprescindíveis nas futuras competições do Brasil, como Marcos Leonardo (Santos), Andrey Santos (Vasco), Matheus Nascimento (Botafogo), Vinicius Tobias (Real Madrid), entre outros, há um norte em termos de jogo e características coletivas desse Brasil comandado por Ramon.

Características essas apresentadas pelo Footure durante o período de preparação da equipe em março desse ano, e que se repetiram no Espírito Santo, como as saídas com 3, com zagueiros e um dos laterais na primeira linha, enquanto o outro ocupa o corredor, e um dos volantes nas costas da pressão. Além disso, novas estruturas em campo, como a variação dos quatro homens de frente, onde os beiradas ora ocupam o corredor central, e ora dão amplitude. Portanto é possível dizer que o Brasil possui conceitos e padrões coletivos claros e bem implementados.

Mas por qual motivo se dá uma maior euforia pela disputa dos Jogos Olímpicos de Paris? Por dois fatores: a dúvida sobre quem será o treinador do ciclo olímpico e por ser um torneio sub-23, ou seja, para esses Jogos Olímpicos os atletas nascidos até 2001 poderão fazer parte do grupo. Esse segundo fator muda completamente a dinâmica da preparação, já que há um leque enorme de jogadores disponíveis, onde muito desses já são peças chaves nas suas respectivas equipes, sendo alguns já até figurando na seleção principal.

Possíveis pilares para o ciclo olímpico

É claro que a indefinição de quem estará na casamata do Brasil sub-23 durante esse processo impossibilita maiores projeções de elenco e modelos de jogo, mas é indiscutível que há jogadores, além dos 03 e 04, que serão possíveis pilares de sustentação dessa equipe. Abaixo uma lista com eles:

Lucas Pires, 2001

O lateral esquerdo do Santos já foi destaque aqui no Footure, sendo citado como uma das principais promessas atuante no futebol brasileiro. O jogador do Santos pode estar garantindo sua vaga em Paris com a capacidade que vem apresentando no seu primeiro ano de profissional. Pela possibilidade de jogo que gera por dentro e por fora, pela maturidade em campo e a concentração no momento defensivo. Características que indicam um jogador do alto nível do futebol.

Vanderson, 2001

O lateral direito do Mônaco, e ex-Grêmio, é peça figurante nas seleções de base há alguns anos e no primeiro ano como profissional foi destaque pela equipe gaúcha em 2021, mesmo com o rebaixamento, e rumou à França para se tornar peça importante no elenco. Com grandes características ofensivas e uma enorme capacidade física, Vanderson mostra que pode ser mais um 01 que trará qualidade, e de certa forma, experiência para o Brasil nos Jogos Olímpicos em 2024.

Morato, 2001

O zagueiro revelado em Cotia, e atualmente no Benfica, não foi contratado por acaso pela equipe portuguesa logo após o título e grande performance na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2019. Com 1,90m Morato representa um perfil de zagueiro escasso no mercado: canhoto com boa saída de bola e excelente recomposição defensiva. Além de tudo já possui experiência internacional, o que será fundamental ao grupo.

Danilo, 2001

O médio da equipe do Palmeiras talvez seja, dentre todos os outros, o mais inquestionável dessa lista. Capaz de controlar o jogo tanto com bola, através de passes, conduções e dribles, como sem bola, com boa leitura de espaços e capacidade física. Não é por acaso que está no radar de grandes clubes europeus, como da Seleção principal, onde já foi convocado pelo técnico Tite, que alegou querer conhecer o atleta mais de perto.

Yuri Alberto, 2001

Revelado pelo Santos, o atleta deslanchou profissionalmente com a camisa do Internacional e após um grande 2021, sendo o artilheiro da equipe gaúcha na temporada, foi vendido ao Zenit da Rússia. Yuri possui características que somam a qualquer tipo de modelo de jogo, com grande capacidade física pra vencer duelos durante os 90 minutos, bons desmarques e um faro de gol invejável, tem tudo para ser o camisa 9 do Brasil em Paris 2024.

Com todos esses atletas apresentados, incluindo os que merecem uma certa atenção também como os nascidos em 2002: Reinier e Kaio Jorge, que após chegada na Europa não conseguiram desempenhar o que outrora se esperou de ambos, beira o impossível não fomentar grandes expectativas para o futuro da Seleção, seja ele mais próximo, ou distante.

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