Os underdogs do Brasileirão 2021
Com o fim de mais um Brasileirão e as premiação para os melhores e mais destacados do campeonato, surge o questionamento: quem mereceu, mas não esteve tanto nos holofotes?
Em um campeonato pautado pelo alto nível competitivo entre todas as equipes, é mais cômodo premiar quem recebeu mais destaque, principalmente na tabela. Entretanto faremos um top-6 e uma seleção dos melhores jogadores underdogs, ou seja, fora do radar do campeonato.
Marlon Lopes
Marlon Lopes foi o lateral esquerdo titular da brilhante campanha do América-Mg, que foi coroada com uma vaga para a Pré-Libertadores. O jogador possui habilidade para atuar tanto ao corredor central, já que é destro e possui um ângulo melhor pra construir partindo da beirada para o centro, tanto oferecendo profundidade pelo corredor lateral, destacando a sua ambidestria (onde deu 2 assistências para gol no campeonato). E ao mesmo tempo possui bom desempenho sem bola, onde foi o líder de desarmes e interceptações por jogo do Coelho no Brasileirão.
William Maranhão
William Maranhão, volante do Atlético-Go, revelado pelo Boavista, foi um dos principais destaques da equipe no ano como dono do setor, com 34 jogos (sendo todos como titular). Atuando como primeiro homem do meio campo, foi o responsável por proteger o “funil” (a entrada da área) quando o time adotava uma postura mais permissiva ao adversário e se postava em bloco médio-baixo, e por agredir o portador da bola, nos momentos de subida das linhas para pressionar, onde foi o segundo colocado em desarmes e interceptações por jogo (atrás de Baralhas, entretanto o médio teve menos jogo que Maranhão). Já com bola, possui boa capacidade de variar corredor e dar sequência nas jogadas, onde não possui uma habilidade tão destacável, entretanto cumpre bem.
Zé Roberto
Zé Roberto é mais um jogador do ACG que merece o destaque de underdog do campeonato, onde o mesmo apresentou durante os seus 34 jogos feitos ser um camisa 9 que te oferece diversas dinâmicas com bola para o ataque, já que possui físico suficiente para ganhar duelos e sustentar pressões, técnica para dar sequências em jogadas e encontrar soluções, e uma boa leitura para se movimentar tanto entrelinhas, como dentro da área. Além de tudo isso, foi o artilheiro do time na competição, anotando 6 gols (18% de um montante de 33 gols feitos pela equipe).
Guilherme Castilho
Aos 22 anos, o meia do Atlético Mineiro fez um campeonato de ótimo nível no Juventude. Foi o jogador que mais desequilibrou tecnicamente no Ju. Mostrando boa capacidade em participar do jogo em vários locais diferentes do campo. Entre linhas, base da jogada, entrando na área, etc. Também obteve destaque por ter uma boa bola parada. Por mais que Castilho tenha uma ótima participação na circulação de bola da equipe, o jogador em determinados momentos apresentou problemas para se livrar rapidamente da bola, atrasando algumas jogadas. O jogador também tenta pouco com a perna esquerda. Conseguindo melhorar esses pontos, Castilho apresentará um grande crescimento no seu futebol.
Mikael
Dono de um terço dos gols do Sport na competição, Mikael mostrou uma capacidade de finalização muito boa. O atacante leonino precisa de pouco para conseguir chegar ao gol. Quase sempre aprofundando as jogadas, o jogador tem bom jogo de corpo e sabe chutar com as duas pernas. Contudo, alguns pontos negativos ficaram bem evidentes. Como sua dificuldade em distribuir passes e a falta de drible no seu jogo. Mikael também precisa melhorar sua disputa contra zagueiros mais físicos do que ele. Contudo, demonstrou uma boa capacidade em ganhar faltas após receber a bola em jogo direto. O jogador tem uma boa velocidade e uma explosão boa, considerando seu tamanho.
Alê
Um dos líderes do América Mineiro, Alê fez um campeonato de ótimo nível. Se destacando principalmente pela sua inteligência em campo. O meio campista ocupa bem os espaços e tem uma ótima tomada de decisão. Participando ativamente da construção da equipe, Alê também pode aparecer bem entrando na área. O jogador não se destaca fisicamente e defensivamente é, dos titulares, o meia com mais dificuldade no Coelho. O atleta mostra boa liderança e calma para tomar decisões. Seguindo o ritmo da Série B que fez em 2020, Alê continua em crescimento na carreira.
Seleção dos Underdogs do Brasileirão 2021
Visando premiar quem mesmo merecendo, por falta de holofotes, não recebeu destaque, montamos uma seleção do campeonato, com treinador. Seguindo alguns critérios, como apenas um jogador por time em cada setor, a equipe final ficou assim:
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