UM HISTÓRIA DE GARRA, FORÇA E A BOLA AÉREA
Por @_GabrielCorrea O duelo entre Uruguai e Egito marcava um jogo onde as duas Seleções tem um apelo popular muito grande. A garra charrúa de Luisito Suárez, Cavani e cia., contra os egípcios comandados por Hector Cuper e representados por Mo Salah – que acabou não jogando apesar das declarações do treinador. Num jogo onde a […]
Por @_GabrielCorrea
O duelo entre Uruguai e Egito marcava um jogo onde as duas Seleções tem um apelo popular muito grande. A garra charrúa de Luisito Suárez, Cavani e cia., contra os egípcios comandados por Hector Cuper e representados por Mo Salah – que acabou não jogando apesar das declarações do treinador. Num jogo onde a Celeste foi mal no primeiro tempo e começou a pressionar na segunda etapa e conseguiu marcar no final com José Maria Giménez.
Dentro de campo, o Uruguai ainda vive seu processo de transição numa contracultura histórico do que estamos acostumados a ver. Apesar de ter um meio-campo mais técnico e buscando a posse com Bentancur, Vecino, Nández e De Arrascaeta; os comandados de Óscar Tabarez não abriram mão de atuar com duas linhas de quatro. Com isso, o jogador do Cruzeiro buscava a esquerda para o centro e Nández permanecia sempre aberto na direita. O problema é que Cáceres não subia para criar amplitude pelo lado, enquanto Varela acaba sem espaço à sua frente.
Pelo lado do Egito, atuando no 4-2-3-1, foram duas linhas muito bem compactadas no momento defensivo para negar qualquer espaço entrelinha para Cavani e, principalmente, Suárez que apareceu alguns bons momentos na posição. A saída de bola ficou ao cargo de Elneny e o volante do Arsenal acabou ficando sobrecarregado porque a Seleção não possuía a opção de lançamentos longos nas costas da defesa para Salah.
No segundo tempo, o Uruguai seguia com uma atuação abaixo da média e começou a utilizar mais das jogadas longas, algo que está no DNA deste elenco, e criou algumas boas oportunidades desperdiçadas por Suáres e uma bola na trave de Cavani. Os dois centroavantes estavam muito desconectados do resto do time e precisavam se virar de alguma forma. No principal lance, Suárez brigou dentro da área e conseguiu fazer o pivô para Cavani dar bonito chute. Por fim, a força mental desta equipe era tão grande que seguiam acreditando. Numa cobrança de escanteio, a força aérea foi dominante e Giménez abriu o placar do alto de seus 1.85m.
Sem colocar Mo Salah, o Egito conseguiu se defender bem de qualquer forma, mas suas estocadas em contra-ataque seguiam sem surtir muito efeito. O foco agora é na sequência do grupo A e o retorno do extrema do Liverpool, que deve ser a esperança numa classificação.
Para fechar, e parece até óbvio, mais uma atuação defensiva que mostrou a fortaleza uruguaia. Godín e Gimenez foram soberanos nos duelos contra os adversários seja por baixo ou pelo alto. Pode ser a grande força, mais uma vez, da Celeste para a Copa do Mundo. Resta saber se na frente, Suárez poderá melhorar seu rendimento e o meio vai ligar um pouco mais a dupla de ataque.
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