O ótimo começo de Carlos Soler na temporada do Valencia
Uma das principais lideranças do Valencia, bom rendimento nas olimpíadas e finalmente a merecida convocação para a Espanha de Luis Enrique. Aos 24 anos o caminho de Carlos Soler na elite do futebol vem sendo traçado e uma possível vaga na Copa do Mundo é estudada.
A equipe do Valencia passou pelo último ano em baixa e sofrendo com problemas administrativos. Esses problemas chegaram até o campo e impediu que a equipe pudesse manter uma regularidade em busca de melhores coisas dentro do campeonato espanhol nesse tempo.
É fato que a diretoria ainda segue numa linha muito discutível e a situação do clube não é das melhores, mas na atual temporada pode ser que, pelo menos dentro de campo, isso mude. Com a chegada de Pepe Bordalás essa mudança tão necessária já está em prática. O treinador tem um poderio tático interessantíssimo já visto nas últimas temporadas com o Getafe e vem ajudando o elenco a entrar em órbita novamente.
Melhor jogador do clube na última temporada, Carlos Soler tem a missão de continuar preciso no ataque e sendo o jogador chave para a equipe vencer as partidas. Seu começo de temporada é fantástico em níveis individuais, os jogos olímpicos foram excelentes para se estabelecer como opção de Luis Enrique e na última Data FIFA finalmente conseguiu sua primeira convocação com a seleção principal.
A segunda metade da última temporada e o ótimo começo de Carlos Soler em 2021/22
A temporada 20/21 foi excelente para adquirir experiencia no alto nível, muito pela cobrança que o clube enfrentava por toda a confusão extracampo e falta de investimento no elenco. Como cria da base, Soler entendeu exatamente seu papel dentro de uma equipe sem tanta ilusão na temporada, assumiu responsabilidades e vem fazendo da 21/22 a oportunidade para contribuir diretamente ao elevar o nível dos companheiros e buscar novamente uma posição de classificação para competição europeia na La Liga.
“Está sendo uma temporada diferente. Muitas coisas mudaram, rolaram algumas incertezas sobre o início dela. Mas meus quatro últimos anos (desde que subiu ao profissional do clube) me ajudaram bastante a melhorar minhas habilidades. Consegui desempenhar um papel de certa liderança e autoridade, porque em termos de idade não há nenhum veterano aqui”
Carlos Soler em entrevista especial ao LaLiga World
Na atual temporada são quatro jogos, três gols e duas assistências, construindo até aqui uma narrativa de pelo menos uma participação direta por jogo. Além disso é decisivo na marca do pênalti e fundamental para o setor criativo do time que tem como foco municiar os atacantes centrais do 4-4-2 de la Bordaleta. Sua influência é bem importante e manter o nível individual da última temporada numa equipe bem treinada e coletivamente num bom nível seria o ideal para todos.
Oportunidade com a seleção principal e uma possível convocação para a Copa do Mundo de 2022
Em março desse ano, Soler falou do desejo em defender a seleção e hoje ele finalmente vem conquistando isso. Depois de fazer uma excelente olimpíada com a seleção, Soler foi chamado para a Data FIFA seguinte e impressionou com dois gols contra Suécia e Georgia. Além dos gols, fez três partidas consistentes, se movimentando bastante, criando espaço para seus companheiros, somando oito passes para finalização e um ótimo aproveitamento nas bolas longas desde a base.
Como meia de criação, ele tende a buscar os companheiros livres na maioria das vezes e na derrota contra a Suécia isso foi uma fuga para Lucho que buscou a movimentação do jogador pelo lado direito – ao contrário dos outros jogos que ele caiu pela esquerda, algo que Pedri fez na Euro por exemplo.
O melhor possível ainda está por vir, provavelmente uma vaga para a Copa do Mundo do ano que vem. O caminho é longo, mas tudo parece se encaminhar para isso. Os desempenhos de Soler foram extremamente satisfatórios dentro de campo e se mostrou como uma excelente alternativa para o meio-campo, mesmo num sistema diferente do que joga no seu clube.
O poder de criação é o diferencial e no último ano se tornou um pouco mais incisivo para infiltrar e aliar esse lado mais finalizador com o que já era bom, ainda que continue sendo um jogo mais cadenciado. No Valencia joga aberto pela direita, mas na seleção se destaca pela versatilidade independente do lado do campo ou função como citados anteriormente – a habilidade com os dois pés facilita isso.
A ideia de jogar no meio-campo se encaixa por conta da responsabilidade sem a bola que vem sendo ajustada com Bordalás e pode ser ótimo para Luis Enrique que precisa evoluir sua equipe nesse sentido. O sonho de defender a seleção principal foi realizado, o próximo passo não podemos cravar, mas em termos de desempenho já podemos considerar Carlos Soler um candidato real para a Copa de 2022.
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