A influência tática de Lucas Lima no Fortaleza de Vojvoda
O meia-atacante tem sido uma peça importante com e sem a bola dentro da organização da equipe
O início de ano de Lucas Lima tem sido animador para o torcedor do Fortaleza e para o fã do meia-atacante. O jogador que encantou o Brasil nas temporadas 2016 e 2017 com a camisa de Santos e Palmeiras, respectivamente, tem sido um atleta-chave dentro da organização estabelecida pelo técnico Juan Pablo Vojvoda.
O camisa 13 tem exercido influência e protagonismo nos momentos que o Fortaleza tem a bola e se organiza para atacar o adversário. Na primeira fase de construção, por exemplo, realiza movimentos de apoio em direção aos zagueiros para auxiliar a equipe na saída de bola.
Já na segunda fase de construção, Lucas Lima, ocupa uma faixa de campo mais intermediária flutuando de um lado ao outro explorando os espaços nas costas da primeira ou segunda linha de marcação do adversário. E essa movimentação pode ser comprovada a partir do mapa de calor do jogador nesta temporada. O qual deixa nítida que a influência do meia-atacante vai de área a área.
No vídeo abaixo, além da movimentação (mobilidade) em campo, Lucas Lima torna-se importante dentro da engrenagem de Vojvoda por ser um atleta com refino técnico no fundamento do passe longo. E seja no instante em que a equipe do Fortaleza esteja instalada no campo ofensivo ou ao recuperar a posse de bola (transição ofensiva), o passe longo é um recurso utilizado com frequência.
Mas não é um passe longo qualquer. É um passe com critério. Direcionado para o último terço do campo. Com o objetivo de deixar o companheiro em uma situação vantajosa no 2×1, 1×1 ou até mesmo sem enfrentamento. Até o momento Lucas Lima é um dos líderes nesse indicador. São em média 6 passes para o último terço a cada 90 minutos.
Mas para fazer parte da “Tropa do Vojvoda” apenas o jogo com a bola não é determinante. É preciso saber jogar sem ela. E é um aspecto do jogo que Lucas lima tem apresentado evolução. O meia-atacante tem se mostrado mais combativo e capaz de ler, interpretar e antecipar jogadas (interceptação). E dentro dessa mudança de comportamento sem a bola, destaca-se a agressividade para pressionar em bloco alto.
Comente!