Luis Milla, Jorge de Frutos e Rubén Duarte: os jovens destaques dos rebaixados em La Liga
Dos rebaixados Granada, Levante e Alavés temos três jogadores com mercado para sair na próxima janela. O que Luis Milla, Jorge de Frutos e Rubén Duarte podem oferecer dentro de campo?
Rebaixados para a segunda divisão, Alavés, Levante e Granada vão encarar novos desafios dentro de seus elencos. As três equipes estão na elite há tempo suficiente para ter um elenco constituído por bons jogadores a primeiro nível nacional – o Levante disputou a segunda divisão pela última vez na 2016/17 e o Alavés em 2016, já o Granada é rebaixado depois de subir em 2019.
Cada uma dessas equipes tem jogadores pretendidos por grandes equipes da Espanha, mas também pelo restante da Europa. Quem são eles e quais são os motivos pela procura?
O ótimo Luis Milla
Surpreendentemente rebaixado, o Granada fez uma das melhores campanhas da última temporada, mas na atual não conseguiu manter o ritmo. Ficou cada vez mais óbvio que Diego Martinez, antigo treinador do clube, tirava muito mais do que o elenco podia. Apesar disso, o time conta com muitos jogadores interessantes que de certa forma podem chamar atenção de outros clubes da elite ou até mesmo de outro país europeu. Luis Milla com certeza é um deles.
O meia é como um coringa do futebol moderno. Importante em todos os setores, influente no ataque e na defesa, principalmente pelo poder de jogar sem a bola – sua melhor característica – e faz todas as funções que você precisar na “meiuca”.
Aquele meia de ligação geralmente joga mais avançado no campo, mas Milla é perfeito naquilo que vemos Fabinho fazer no Liverpool de Jurgen Klopp, obviamente em suas devidas proporções. Em grande parte do jogo o espanhol faz o desarme ou intercepta o passe e dá o primeiro passe após recuperar a bola – gerou grande parte dos gols e jogadas para finalização do Granada a partir dessas ações.
Suas qualidades seriam fenomenais em times que jogam a partir da pressão, principalmente ao focar na retomada e em seguida contra-ataque como dito anteriormente. Mesmo chegando à primeira divisão apenas em 2020, o jogador ainda tem 27 anos e com certeza deve tem a atenção de outros clubes para continuar na elite. Resta saber como o Granada irá lidar financeiramente com o rebaixamento…
Jorge de Frutos no comovente Levante
Uma das melhores peças do jogo em transição da liga, de Frutos é cotado para grandes coisas. Canterano do Real Madrid, o meia é destaque pelo lado direito do campo. Sua valorização desde que foi comprado pelo Levante foi gigante e provavelmente a equipe não deve conseguir manter o jogador na La Liga 2.
Sua qualidade técnica é acima da média da La Liga e mesmo com sua equipe em decadência na temporada, o jogador manteve o alto nível. Em questão de condução, drible e avanços em profundidade, ele é extremamente confiável.
O grande ponto para melhora seria a polivalência em ser mais versátil em outros estilos de jogo. O que faria seu valor crescer e também melhor encaixe em equipes que não jogam no 4-4-2 como o Levante desempenhou durante a temporada. Por ser destro, joga pelo lado direito com o pé natural, mas também sabe utilizar a perna esquerda nos momentos que corta para o meio do campo, o que facilitaria uma ascensão em outros sistemas táticos.
Rubén Duarte e o fraco Alavés
Um dos laterais mais consistentes da liga é de um time rebaixado, por incrível que pareça. Rubén Duarte já se destaca na fraca equipe do Alavés há algum tempo, mas atualmente parece cada vez mais necessária uma mudança de ares para o jogador.
É claro que a posição de lateral é, de certa forma, reduzida em clubes. Porém ao mesmo tempo é uma posição difícil de se conseguir jogadores confiáveis, e também que entregam o necessário para um equilíbrio entre as laterais e a miolo do campo.
Rubén se destaca na defesa, principalmente por ser um jogador mais alto e fisicamente acima de laterais que correm e avançam com mais frequência durante os 90 minutos. Seu posicionamento sem a bola é sua melhor característica e o difere de outros laterais, que geralmente são mais precisos nas coberturas. Apesar de não ser tão influente no ataque, consegue se virar quando sobe para o último terço. No Alavés era muito importante nos últimos passes, pois os avanços eram quase sempre coordenados com os meias da equipe.
Reconhecer seus limites e principalmente os limites dos companheiros foi fundamental para não fracassar individualmente e não interferir negativamente no coletivo. Seu poder de decisão é o que o faz um jogador diferente dos demais e alerta para clubes que precisam de um lateral de boa estatura física, relativamente rápido e bem disciplinado taticamente.
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