NOVOS FIRMINOS
Por @RodrigoCout Com o aumento das negociações para o futebol europeu envolvendo jogadores cada vez mais jovens, tornou-se comum, na atual década, a convocação de atletas para a Seleção que saíram muito cedo do Brasil e não tiveram tempo ou oportunidade de se destacarem por aqui. Na grande maioria dos casos em um ambiente mais profissional, […]
Por @RodrigoCout
Com o aumento das negociações para o futebol europeu envolvendo jogadores cada vez mais jovens, tornou-se comum, na atual década, a convocação de atletas para a Seleção que saíram muito cedo do Brasil e não tiveram tempo ou oportunidade de se destacarem por aqui. Na grande maioria dos casos em um ambiente mais profissional, eles se desenvolvem como jogadores. Evoluem técnica, tática, psicológica e fisicamente. Consequentemente mudam o patamar de avaliação de seus rendimentos e se postulam à vaga com a camisa do Brasil.
A questão é que grande parte da imprensa esportiva brasileira não busca se aprofundar no tema e tem preconceito com jogadores que não passaram por grandes clubes dos principais centros do futebol nacional. Parece proibido que o jovem que oscilava com 19, 20 anos, possa evoluir e aparecer em solo europeu aos 24 de idade com mais qualidade em todos os aspectos. Chavões maldosos como ‘’Cota Shakhtar’’, ‘’Jogou Onde?’’, ‘’Empresário Forte’’ e ‘’Famoso Quem?’’ são repetidas como mantras e deformam a opinião do torcedor.
Roberto Firmino foi escolhido para compor o título, mas não falaremos dele aqui. Isto já foi feito brilhantemente por @filuslucas neste texto. Ele serve como parâmetro exato do que trataremos. Revelado pelo Figueirense, jogou uma Série B como titular. O mero desconhecido cresceu no futebol do Velho Continente e hoje é um dos mais inteligentes atacantes do futebol mundial.
Buscando cumprir o seu papel de abordagem séria, embasada cientificamente, e de pensar o jogo, o FOOTURE listou 20 jogadores que podem pintar nas convocações do próximo ciclo de Copa do Mundo. Conheça nove deles nesta 1ª parte! Sim! O jogador pode evoluir! Tire a carapuça do preconceito e o do descompromisso com a análise. Depois não diga que não conhece ou que está surpreso!
Matheus Magalhães está há quatro temporadas no Sporting Braga de Portugal, um dos clubes que busca se meter na tríade Benfica-Porto-Sporting. Revelado pelo América/MG, ele é irmão do meia palmeirense Moisés e é atualmente o 5º melhor goleiro da Liga Portuguesa em média de gols sofridos. Faz uma temporada muito boa, a sua primeira como titular de fato da equipe do norte português. Teve uma valorização de mercado de 200% desde que chegou ao clube.
Foi eleito o melhor goleiro do mês de fevereiro da Liga e defende 71% dos chutes que vão a sua meta. Aprimorou muito os gestos técnicos e não se trata de um arqueiro espalhafatoso. Prefere a sobriedade e o bom posicionamento. Apesar de não ser um gigante na estatura, compensa com muita envergadura. 42% de suas defesas são feitas na base do reflexo, um percentual relativamente baixo, o que diz muito sobre o seu estilo.
Dos jogos da atual temporada, ficou 12 deles sem levar gol e sofreu apenas dois tentos de fora da área. Precisa melhorar nas saídas pelo alto e na reposição com os pés. Acerta apenas 63% delas, um percentual baixo para um goleiro. No Braga ganhou uma Taça de Portugal e no América/MG foi campeão brasileiro Sub-20 em 2011. Assumiu a titularidade do clube português após a lesão do experiente Marafona, mas sempre era utilizado em jogos da Europa League e da Taça da Liga. Na sua primeira temporada chegou a ser titular por um período. Já no Coelho, virou titular em meados de 2013 e ficou um ano inteiro na meta, disputando duas Séries B, Copa do Brasil e um Campeonato Mineiro desta forma.
Rodrigo Ely saiu muito cedo do Brasil. Depois de se destacar na base do Grêmio, foi contratado pelo Milan quando seria promovido a categoria Sub-20. Ficou dois anos no gigante italiano, foi convocado para a Azzurra Sub-19, mas posteriormente optaria pela seleção olímpica do Brasil. Muito pelo inóspito ambiente para um jovem se desenvolver nos últimos anos, o Milan acabou não oferecendo esta possibilidade ao defensor e muitos empréstimos foram feitos.
Jogou três ‘’Séries B’’ italianas por Reggina, Novara e Avellino, sendo titular em todas elas e obtendo o melhor desempenho pela última equipe, quando por pouco não conseguiu o acesso. Empresariado por Mino Raiola, voltou ao Milan para a temporada 2015/2016, mas ficou muitos jogos no banco e entrou em campo apenas quatro vezes. Na temporada seguinte a história se repetiria até que um novo empréstimo começou a transformar a sua carreira na Europa. Foi para o Alavés em março de 2017 e, após três jogos no banco, ganhou a posição de titular na reta final de La Liga, ajudando a melhorar o desempenho defensivo da equipe.
Foi vice da Copa do Rey com o clube da cidade de Vitória em uma final contra o Barcelona e mostrou que valia o investimento. Foi contratado em definitivo após a última temporada por 3 milhões de euros e assinou até 2021. É titular absoluto do time. Só ficou no banco em um jogo na atual temporada e, apesar do Alavés ter a quinta pior defesa do campeonato e lutar contra o rebaixamento, é o 25º melhor jogador da competição em duelos defensivos (ganha cerca de 30% deles).
Intercepta 6.5 bolas por jogo e recupera 6.4 posses. Tem média de menos de uma falta por partida e ganha um cartão amarelo a cada quatro jogos. Seu rendimento na bola aérea é mediano (55% de vitória), mas o aproveitamento na saída de bola é bom. 41% de todos os passes que dá são ofensivos e acerta 66% deles. Atua preferencialmente no lado esquerdo da defesa, apesar de ser destro. Dificilmente se afoba no combate aos atacantes. É um zagueiro sóbrio, sempre bem posicionado, ideal para atuar em times que marcam em bloco recuado e por zona.
Luiz Felipe é um zagueiro de ascensão meteórica nos últimos anos. Subiu para os profissionais do Ituano com apenas 18 anos, mas só foi começar a jogar de fato no Campeonato Paulista de 2016. Começou como titular e foi perdendo espaço ao longo da competição. Recuperou terreno no segundo semestre quando se destacou na Série D nacional e após apenas nove jogos disputados foi vendido a Lazio por 500 mil euros.
Assim que chegou ao clube romano, foi emprestado a Salernitana, da Série B italiana, para ganhar mais cancha no futebol europeu. Não conseguiu se firmar no clube. Fez sete partidas numa campanha que culminou com um décimo lugar, apenas quatro como titular. Voltou a Lazio desprestigiado, mas nos treinos de pré-temporada ganhou a admiração do diretor esportivo do clube, o albanês Igli Tare, e convenceu o técnico Simone Inzaghi que deveria ficar.
Começou como reserva, mas sempre sendo relacionado para todos os jogos. Formou como titular nas partidas da Europe League, tendo boas atuações, e ganhando cada vez mais minutos na Série A italiana. Na segunda parte da temporada encaixou uma sequência como titular e teve muito destaque na vitória contra o Milan pela Copa. Vem evoluindo muito rápido.
Luiz Felipe joga nos dois lados da defesa e também como central no sistema de três defensores da Lazio
Sua principal virtude é a pegada com que marca os atacantes. Sempre muito intenso, utiliza a sua velocidade com inteligência, possuindo ótima capacidade de antecipação dos lances, recupera 7.8 bolas por jogo. Possui também uma boa saída de bola. Acerta 90% dos passes gerais e 81% dos passes ofensivos, uma ótima média. Outro ponto positivo: é um zagueiro habilidoso. Acerta 78% dos dribles que tenta e não é raro vê-lo apoiando ao ataque com arrancadas.
Precisa evoluir quando é confrontado por atacantes mais fortes fisicamente. Tem dificuldade em esperar a hora certa de dar o bote quando perde a jogada inicialmente. Por ser um pouco afobado, não tem um percentual tão bom nas disputas defensivas. Até por isso leva um cartão amarelo a cada três jogos. Na bola aérea também peca. Apenas 48% de vitórias em lances pelo alto, um número bem abaixo da média.
Atleta do Cruzeiro desde a categoria Sub-15, Bruno Viana é aquele tipo de jogador que sobe aos profissionais sem tanta badalação na base. Foi promovido após estourar a idade no Sub-20 e iniciou 2016 como reserva. Ganhou algumas oportunidades no Campeonato Mineiro e na Primeira Liga, quando o time suplente era escalado, mas virou titular após a chegada do português Paulo Bento.
Manteve-se como titular ao longo do primeiro turno do Brasileirão 2016 e perdeu espaço com a chegada de Mano Menezes. Paulo Bento fechou com o Olympiakos da Grécia e não pensou duas vezes antes de indicar o jovem defensor. Na terra de Platão, viveu os primeiros meses de adaptação, oscilando entre a titularidade e o banco de reservas, mas a partir da segunda metade da temporada assumiu o seu lugar no time que seria campeão grego.
Chamou a atenção do Braga, que inicialmente o contratou por empréstimo, mas mediante o bom desempenho desembolsou 2,5 milhões de euros para adquirir o atleta. O histórico desta temporada no clube do norte português é muito parecido com o que viveu na Grécia. No período de adaptação não foi titular absoluto, mas a partir de janeiro não saiu mais da equipe. Tem cinco gols na temporada.
Bruno Viana é um zagueiro potente fisicamente. É rápido e muito forte no combate direto. Dificilmente perde uma dividida. Tem boa técnica e saída de bola razoável. Costuma fazer muitos passes longos na saída de bola. A bola aérea é mediana na parte defensiva, mas muito eficaz no lado ofensivo. Vence 46% dos duelos diretos em campo, um bom número.
Este é um dos poucos da lista que já teve passagem pela Seleção, mas mesmo assim entra por ter atuado em pouco tempo nos centros mais visados do futebol brasileiro. Lateral campeão olímpico em 2016, Douglas Santos foi revelado pelo Náutico e subiu aos profissionais do clube pernambucano com apenas 18 anos. Começou a ter chances no Campeonato Brasileiro de 2012 sob o comando de Alexandre Gallo. Acabou firmando-se na equipe com um bom futebol e fez 21 partidas como titular na competição.
O Náutico fez uma boa campanha naquele ano e Douglas se tornou uma das revelações do Brasileirão. No ano seguinte seguiu com o mesmo status e foi negociado com a Udinese para a temporada 2013/2014. Na Itália não conseguiu se adaptar sob o comando de Francesco Guidolin, mesmo com um elenco repleto de jovens brasileiros e sulamericanos. Entrou em campo apenas quatro vezes, sempre saindo do banco de reservas. De bom, uma participação no Torneio de Toulon com a Seleção Sub-19.
A boa impressão deixada no Brasil fez com que o Atlético/MG se interessasse em sua contratação. O Galo pagou 100 mil euros ao time de Udine para contar com o empréstimo de Douglas por um ano. Em BH reencontrou o seu futebol na nova versão do ‘’Galo Doido’’ comandado por Levir Culpi. Fez um ótimo Campeonato Brasileiro de 2014 e foi importantíssimo na conquista da Copa do Brasil contra o Cruzeiro.
Douglas Santos foi titular na Seleção campeã olímpica de 2016
Em 2015 seguiu como titular do Atlético, que em julho daquele ano resolveu depositar 3,25 milhões de euros na conta da Udinese e adquiriu o atleta. A regularidade em Minas mais uma vez chamou a atenção da Europa. E desta vez foi o Hamburgo que comprou o jogador em julho de 2016. O valor? 7,5 milhões de euros, fazendo o alvinegro lucrar o dobro do que foi investido no jogador. Já em solo alemão, começou bem, sendo titular na primeira parte da Bundesliga 2016/2017.
A má campanha no time de Bruno Labbadia fez com que alguns jogadores não fossem rendendo o esperado e Douglas Santos estava entre eles. Já com o comando técnico de Markus Gisdol foi para o banco de reservas e teve poucas aparições até o final da temporada que culminou na 14ª colocação do clube do norte alemão. Veio a atual e Douglas recuperou status no elenco. É titular da lateral-esquerda no time de Titz Christian. A campanha é mais uma vez muito ruim. Atualmente é o lanterna da Bundesliga, sete ponto atrás da zona de permanência.
Apesar do cenário ruim coletivo atualmente, Douglas Santos vem se destacando em alguns aspectos na Bundesliga. É o 11º melhor em percentual de acerto nos cruzamentos e o 19º entre os que mais acertam dribles. Defensivamente é o 14º melhor em média de interceptações por jogo. Nos duelos ofensivos tem 60% de vitória. É um jogador de qualidade técnica e potência física. Alia muito bem os dois lados. Tem uma chegada forte ao ataque e vem evoluindo defensivamente. É um atleta que sente demais os jogos e tende a oscilar quando algo não vai bem, mas tem potencial de crescimento muito grande.
Campeão Sul-Americano com a Seleção Sub-17 em 2011, Emerson Palmieri tem uma característica inusitada em sua carreira. Mesmo sem nunca ter sido titular absoluto em nenhuma equipe profissional, vem aumentando o seu status no ‘’Mundo da Bola’’ e crescendo profissionalmente. A grande explicação está no equilíbrio do lateral-esquerdo dentro de campo. Consegue aliar muitas valências ao mesmo tempo e só peca na oscilação da intensidade que emprega nos jogos. Agora na Inglaterra, talvez cresça neste aspecto e se coloque de uma vez como um dos nomes fortes na posição.
O atleta estreou ainda em 2011 nos profissionais, com apenas 16 anos, em partida contra o Paulista de Jundiaí pelo Campeonato Estadual. No ano seguinte fez quatro jogos como titular e em 2013 aumentou sua participação nos profissionais do Peixe mesmo sendo reserva de Léo. Entrou em campo 17 vezes, 11 como titular, e fez o seu primeiro gol no Santos. Seguiu oscilando entre a titularidade e o banco em 2014 até ser contratado por empréstimo pelo Palermo em agosto, por 500 mil euros.
No clube da Sicília fez nove jogos em 2014/2015, sempre saindo do banco de reservas. Na temporada seguinte o empréstimo foi para a Roma, onde foi reserva do francês Digne em 2015/2016. No primeiro ano na capital atuou os mesmos nove jogos, mas em dois foi titular no time de Luciano Spaletti. Seu rendimento foi bem avaliado e ele seguiu no clube em 2016/2017. Firmou-se após a saída de Digne e foi comprado por 2 milhões de euros. Fez então 36 jogos, 29 como titular, e marcou um gol na campanha do vice-campeonato da Série A.
Com saída de Spaletti e a chegada do sérvio Kolarov para a sua função, acabou perdendo espaço novamente. Tinha entrado em campo apenas duas vezes antes de ser adquirido pelo Chelsea, no mês passado. O clube londrino desembolsou 20 milhões de euros para que o brasileiro chegasse como suplente de Marcos Alonso. Até agora fez dois jogos, um como titular. A parte de Palmieri técnica é muito desenvolvida e ele não faz o perfil de um lateral com problemas táticos defensivos. Tem a média de uma assistência para finalização por jogo e vence 60% dos duelos ofensivos. Pode jogar também na linha de meio, pelo lado direito ou esquerdo.
Revelado pela ótima base do Furacão, Otávio subiu para os profissionais em 2014 com Dejan Petkovic como treinador. Foi bastante utilizado e ao longo da temporada, fez 25 jogos, 19 como titular. A partir de 2015, já sob o comando de Milton Mendes, assumiu de vez a ”volância” do clube. Seguiu com esse status em 2016, se destacando mais. Fez 61 jogos na temporada e marcou dois gols.
Já em 2017 seguiu como um dos principais volantes do futebol brasileiro até ser vendido para o Bordeaux por 5 milhões de euros. Na França, teve algumas sequências como titular, mas ainda não conseguiu se firmar e demonstrar todo o seu potencial. Não entra em campo desde 18 de fevereiro. Perdeu espaço após a chegada do técnico uruguaio Gustavo Poyet.
Otávio é um ‘’volante construtor’’! Tem ótimo passe, capacidade de drible e facilidade em mudar o jogo de lado no campo. Se posiciona muito bem e é uma grande ferramenta para saídas de bola limpas. Perde na imposição física e na bola aérea, apesar da intensidade que apresenta em seu jogo. Não para um minuto! Defensivamente possui uma abordagem de marcação eficaz. Tem certa dificuldade na mudança rápida de direção.
O meio-campista acerta 70% dos passes longos e 74% dos dribles, ótimos percentuais para a função que joga. 29% dos passes que dá são pra frente e a porcentagem de acerto nos passes ofensivos é de 83%
Muito badalado desde as divisões de base, Danilo se profissionalizou no Vasco após passagens por Grêmio e Vitória antes da categoria Sub-17. Disputou dois Mundiais em categorias inferiores. Foi capitão da Seleção Sub-20 vice-campeã em 2015 contra a Sérvia. Equipe comandada por Rogério Micale e que tinha Gabriel Jesus no ataque. Subiu para o profissional do Vasco com Adilson Baptista em 2014.
Poucos meses depois foi vendido por 4,5 milhões de euros para um grupo português. Estes empresários o colocaram no Sporting Braga, onde se destacou logo na temporada 2014/2015. Na época também era pretendido pelo Liverpool, mas no clube lusitano fez 28 jogos como titular em sua temporada de debute. O bom futebol e os dois gols ajudaram na campanha que levou a equipe à quarta colocação na Liga Portuguesa e ao vice-campeonato da Taça de Portugal.
Danilo foi disputar o Mundial citado acima e na volta foi emprestado ao Valencia por 250 mil euros. Não conseguiu repetir o desempenho em La Liga. Fez 34 jogos, 26 como titular. Não conseguiu ter uma sequência na equipe. Voltou para Portugal e, após uma negociação conturbada, foi para o Benfica. Acabou não pegando a pré-temporada e consequentemente não decolou lá. Só estreou em outubro de 2016 e fez apenas cinco jogos. O Standard Liege se interessou e o volante desembarcou na Bélgica em janeiro de 2017. A temporada seguiu ruim. Foram só seis jogos no clube belga.
As duas temporadas abaixo da média fizeram com que houvesse uma desvalorização em seu valor de mercado e o ano atual vem sendo de retomada. Busca recuperar o status e conseguiu ter períodos de titularidade no Braga. O meio-campista funciona bem com mais liberdade, vindo de trás. Possui bons movimentos de infiltração, drible curto, finaliza bastante(um chute por jogo) e força física. Acerta 80% dos dribles e ganha 73% dos duelos ofensivos. É o 24º em eficiência nas finalizações na Liga Portuguesa.
Não é nenhum exagero dizer que Gabriel Pires é um dos principais jogadores da história do pequeno Leganés. Em sua segunda temporada consecutiva na elite do futebol espanhol, os ‘’pepineros’’ contam com o talento do brasileiro, que está na sua terceira temporada no clube. Ele é o que podemos chamar de ‘’todocampista’’. Do meio pra frente joga em praticamente todas as funções. A única que não faz com tanta qualidade é a de ‘’5’’, volante fixo à frente da defesa. Já jogou, e bem, em todas as outras, até como centroavante.
A que mais agrada ao canhoto que fez toda a sua base no Vasco da Gama é a de meia interior pelo lado esquerdo. Ali pode apresentar o seu futebol elegante e de qualidade técnica com mais tranqüilidade. Dá um passe-chave a cada dois jogos e 36% dos passes que dá são ofensivos. Se falta velocidade atlética, sobra raciocínio inteligente e gestos técnicos pra lá de bem executados.
Saiu do Gigante da Colina antes mesmo de chegar a categoria Sub-20. Foi para o Resende atuar nos profissionais e com apenas 17 anos foi titular da equipe do sul fluminense no Carioca de 2011. Meses depois foi vendido por 50 mil euros para a gigante Juventus. Ficou um ano na equipe Sub-19 e passou três temporadas seguidas sendo emprestado para a Série B italiana(Pro Vercelli, Spezia e Livorno). No quarto empréstimo desembarcou em solo espanhol.
Foi vice da Série B com o Leganés e ganhou moral no clube. Atualmente é um dos capitães e peça-chave nas bolas paradas do time dirigido por Asier Garitano há cinco temporadas. O brasileiro se valorizou, marcou gol histórico contra o Real Madrid pela Copa do Rey, balançou as redes do Barcelona, e vem despertando o interesse de clubes como Newcastle, West Ham e Real Bétis. A multa para tirá-lo da região de Madri está fixada em 20 milhões de euros.
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