O início de ano do Inter e os reforços para 2024
Inter de Chacho Coudet ajusta as peças para 2024.
Impulsionado pelo bom início da segunda passagem de Eduardo Coudet ao Beira-rio, o Inter começa o 2024 otimista. Por mais que a equipe colorada tenha sido eliminada nas semifinais da Libertadores e não tenha conquistado uma vaga para a maior competições de clubes do continente deste ano, o final de 2023 deixou evidente que o futuro do conjunto vermelho estava bem encaminhado, com o time necessitando alguns ajustes para melhorar o elenco como um todo para competir por coisas grandes na atual temporada.
O Inter foi ao mercado com o objetivo de adicionar profundidade de elenco e trazer reforços pontuais para o time titular. Entre os nomes que já apresentados pela direção colorada, estão: o goleiro Ivan, o zagueiro Robert Renan, o meia Hyoran e os atacantes Lucas Alario e Rafael Santos Borré.
Considerando uma projeção de XI inicial, apenas Robert (que deve ficar até o meio do ano por conta do contrato de empréstimo com o Zenit) e Borré (que provavelmente chegará no meio do ano) são reforços para o time principal. No entanto, o elenco ainda possui lacunas consideráveis, sobretudo nas posições de lateral-esquerdo e meio-campista defensivo.
Utilizando as mesmas bases táticas de sua primeira passagem no Inter, Chacho Coudet mantém para esse ano o 4-1-3-2; a saída com três jogadores, agora com Renê na primeira linha de construção; Charles Aránguiz como “5”; os meias Wanderson (mais aberto na esquerda fazendo movimentos fora-dentro), Bruno Henrique (por dentro) e Hyoran (na direita, enquanto Maurício está com a Seleção Brasileira no Pré-Olímpico); e a dupla de atacantes Alan Patrick e Enner Valencia na frente.
Com a chegada de Robert Renan, zagueiro canhoto, o Inter ganhou mais um central com boa capacidade de construção ao lado de Vitão. O novo camisa 4 colorado já tem realizado boas atuações tomando boas decisões passando a bola (média de 94% de acerto), encontrando companheiros na entrelinha e também sendo sólido na fase defensiva interceptações, cortes e recuperações. O setor defensivo agora conta com Igor Gomes, Gabriel Mercado e Hugo Mallo como opções do banco.
No meio-campo, Chacho tem mantido Aránguiz como o “5” enquanto um novo reforço para a posição ainda não chega. O veterano centrocampista chileno terminou 2023 jogando como titular na função por conta da lesão de Johnny, que foi vendido ao Real Betis. O experimento ao final terminou funcionando realmente muito bem, sobretudo pela capacidade de entrega com a bola de Charles, que é útil atuando mais recuado contra equipes reativas.
Ainda no meio, Wanderson tem sido o melhor jogador colorado neste início de ano. O camisa 11 já lidera os números da equipe em gols e assistências, além de estar sendo vital no funcionamento coletivo do time e diferencial criando ocasiões de gol no último terço.
Já Alan Patrick deve desempenhar um papel importante ao decorrer de 2024. Coudet já mencionou a possibilidade de utilizá-lo como “8” (o meio-campista centralizado da linha de 3 do 4-1-3-2) quando Borré chegar, por mais que isso gere dúvidas do posto de vista sem a bola. No entanto, a construção de elenco que o Inter vai desenvolvendo, abre possibilidades para Chacho alternando nomes na posição de “8” além de Alanpa (Aránguiz, Bruno Henrique) e ir usando diferentes peças de acordo com seus adversários.
Apesar dos anúncios já realizados, o Internacional ainda precisa de reforços, sobretudo um meio-campista defensivo, que deve ser Thiago Maia, e um lateral-esquerdo reserva para as ausências de Renê. Entretanto, os primeiros movimentos do ano são otimistas, já melhoraram a equipe em comparação com 2023 e deram mais alternativas para Eduardo Coudet, que agora tem o melhor elenco do Inter dos últimos anos.
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