Os padrões defensivos do Vitória de Fabiano Soares
Recém contratado, o técnico Fabiano Soares, conseguiu alavancar o desempenho defensivo do Vitória a partir de comportamentos recorrentes e sincronizados
Na apresentação ao torcedor, Fabiano Soares, firmou o compromisso de aumentar a competitividade e a intensidade do Vitória na Série C. Há pouco mais de um mês à frente do comando técnico, já é possível identificar o transporte dos conceitos trabalhados nos treinos para os jogos. Nas últimas 6 partidas, o Leão da Barra, sofreu apenas três gols. Uma média de 1 gol a cada dois jogos.
E os princípios de jogo de defesa aparecem como os que apresentam melhor entendimento e execução dos atletas no momento. A evolução defensiva pode representar um alicerce importante para pavimentar um caminho de maiores aspirações na competição.
Em bloco-alto o Vitória possui alguns “gatilhos” para subir a pressão ao portador da bola. Como por exemplo, o instante que o adversário gira o tronco para a própria baliza ou realiza o passe para trás. Neste momento os atletas iniciam a corrida em bloco (todos juntos) em direção ao portador da bola e também dos atletas que podem ser possíveis receptores do passe. Dando forma a marcação por encaixes individuais.
Em bloco-médio, a equipe se estrutura no 4-3-3, bem compacta e com preenchimento muito forte no corredor central para impedir o jogo entrelinha e induzir o adversário a manejar a bola por fora do bloco. Com Eduardo e Dionísio por trás da linha de atacantes e posicionados nos espaços entre o centroavante e o extremo, o Vitória dificulta a entrada dos passes por dentro. Com espaço apenas nos corredores laterais, o oponente busca circular a bola. E neste momento a equipe cria uma zona de pressão a partir dos encaixes individuais no setor da bola e fechamento de linha de passe de retorno.
Em bloco-baixo, o Vitória se organiza no 4-1-4-1 com os extremos recuando e alinhando-se a dois dos três volantes. O outro volante fica posicionado entre as duas linhas de quatro. Este volante tem papel fundamental para impedir o jogo entre as linhas e também para fazer as coberturas no lado do campo. Uma vez que, o Vitória no lado da bola realiza uma marcação por encaixes no setor e o lateral precisa ser agressivo e sair do posicionamento natural. Dessa forma, cria-se um espaço entre o lateral e o zagueiro. E para que o adversário não utilize-o, o volante faz o movimento em diagonal de dentro para fora e preenche o espaço. Com isso, a equipe se mantém a linha de quatro estruturada e sem quebras.
Assista a análise completa em:
Comente!