6 destaques da Copa São Paulo que foram eliminados na primeira fase
Para além dos clubes que chegaram até as fases mais avançadas da Copa São Paulo, vários jogadores se destacaram individualmente e ficaram pelo caminho.
Com 123 clubes e 53 edições, a Copa São Paulo é a maior vitrine do futebol de base nacional. Com clubes dos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal, a Copinha reúne uma imensa quantidade de talento, advindos de todos os cantos do país. Normalmente fala-se mais das equipes que estão chegando no topo do torneio, porém, entre os que não passaram da primeira fase, existem vários destaques.
A seguir, seis jogadores que tiveram uma boa performance no campeonato mesmo saindo na primeira fase.
Matheus Bebeto (06) – Volante, ABC
A equipe potiguar optou em levar um time bastante jovem para a Copa São Paulo, tendo como base o time campeão estadual sub-17. Dentre os principais destaques, o volante Matheus Bebeto se mostra um dos que tem maior teto. O atleta tem um bom porte físico, o que ajuda a vencer duelos pelo meio campo. Tem uma boa leitura de jogo, conseguindo realizar boas interceptações. Porém, ainda não demonstra ter a capacidade de cobrir uma grande área do campo sozinho.
Com a bola, destaca-se pela qualidade em passes mais longos, o jovem também um bom drible curto para ultrapassar seus marcadores e ganhar espaço em campo. Possui uma boa visão prévia, conseguindo mapear bem as situações de jogo antes de receber a bola. A dificuldade em usar a perna esquerda é um problema, atrasando alguns movimentos ofensivos. Sua participação na criação com passes curtos pode melhorar também.
Kauê (04) – Zagueiro, União Suzano
O defensor do União Suzano foi um dos zagueiros mais interessantes da primeira fase. Destacando-se primeiramente pela sua boa velocidade, Kauê atuava pelo lado esquerdo da defesa. E devido a agressividade do lateral Lúcio, por vezes era responsável por cobrir todo o setor. Demonstrou boa qualidade para realizar coberturas e bom tempo de reação. Tem boa capacidade para defender em campo aberto, inclusive em situações corpo a corpo
O zagueiro também possui boa altura, conseguindo disputar bem pelo alto. Kauê tem qualidade rebatendo a bola e direciona bem os cortes. O jogador do Suzano apresenta dificuldades em executar movimentos defensivos quando os adversários cortam para o lado de sua perna direita. Seu jogo com a bola é bem funcional, com destaque para as bolas longas para o lado oposto. Pela amostragem na Copinha, o jovem apresenta valências para também atuar como lateral.
Gustavo (05) – Meia, Barretos
Camisa 10 do Barretos fez uma bela primeira fase. O jogador tem um bom controle de bola, conseguindo conduzi-la próximo ao corpo com naturalidade. Tem bons momentos driblando em espaço curto, em situações não apenas de 1×1, mas também de 1×2. O jogador precisa aumentar sua participação durante as partidas, termina ficando muito tempo sem tocar na bola às vezes. O atleta também tem dificuldade para absorver o contato em movimento, situação que pode ser vantajosa em algum momento da carreira caso desenvolva a capacidade de cavar faltas nessas situações.
Gustavo tem boa capacidade criativa, encontrando seus companheiros em situações favoráveis, podendo atuar pelo centro ou mais abertos. Encontra bons passes em profundidade, mas sua finalização precisa ser trabalhada.
Phetterson (04) – Extremo, Botafogo-SP
Phetterson é um atleta de bons predicados técnicos e contundência no campo ofensivo. Atuando com mais frequência pelo lado direito, dá profundidade e gera espaços com inteligência. Movimenta e conduz no momento certo, acelera jogadas, gera oportunidades com dribles e trocas de direção eficientes. Tem passadas largas, explosão e atinge bom nível de velocidade. Não encontra problemas em usar o pé ruim e consegue se sobressair quando o marcador o induz para o lado oposto.
Sem a bola busca se posicionar entre lateral e zagueiro para atacar as costas da defesa. Nas três partidas que atuou, duas como titular, foi uma válvula de escape para acelerar a transição e cortar a pressão adversária. Tem boa margem para evolução, podendo sustentar o salto para o profissional a curto/médio prazo principalmente pelo físico favorável.
Claudinho (05) – Meia-atacante, Fast Club
Tecnicamente, Claudinho foi um dos grandes destaques da equipe nesta edição da Copinha. Flutuando bastante para dar opção em fase ofensiva, o meia busca ser participativo para criar oportunidades usando bem a capacidade técnica. É incisivo, ataca os espaços com inteligência e tem boa tomada de decisão. Pode atuar como referência no ataque, já que tem boas valências naquele setor, e pelos lados ou como segundo homem atrás do camisa 9.
Demonstrou personalidade para tentar jogadas com grau de dificuldade maior, e pisa na área com frequência – marcou contra o Corinthians surpreendendo a defesa com um bonito gol de cabeça. Fisicamente ainda tem a evoluir, carece de mais equilíbrio corporal nos duelos individuais para facilitar a condução.
Rhuan (04) – Volante, Penapolense
Um dos bons jogadores da Penapolense nesta edição — apesar da eliminação na fase de grupos — chamou a atenção pela qualidade nos passes e a contribuição ofensiva. Bom porte físico para chegar inteiro nas jogadas, lendo bem as jogadas para preencher espaços corretamente, e gerava apoio com frequência. Tem bom controle orientado, apesar de não agir tão rápido, e consegue sair da pressão com eficiência. Desempenha um bom papel tático ao pressionar o portador da bola no momento adequado e contribui na cobertura.
No penúltimo ou último passe, já em campo mais avançado, tenta passar na profundidade e encontrar algum companheiro na entrelinha. Incisivo, criativo e com personalidade. Tem aspectos a melhorar, como o primeiro toque, mas certamente será bem aproveitado no seguimento da carreira.
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* Colaboração de Matheus Soares
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