CHEIRO DE CALCIO NO AR
Por @maiiron_ Sabe quem é que voltou? A nossa querida Série A italiana! E promete, viu? Com quatro vagas à Champions League, o torneio tende a ser ainda mais atrativo. Juventus se remontando, sem Bonucci e Dani Alves, duas referências mundiais na defesa; Milan com dinheiro e ambição, Roma com um projeto novo, pós-Totti e com […]
Por @maiiron_
Sabe quem é que voltou? A nossa querida Série A italiana! E promete, viu? Com quatro vagas à Champions League, o torneio tende a ser ainda mais atrativo. Juventus se remontando, sem Bonucci e Dani Alves, duas referências mundiais na defesa; Milan com dinheiro e ambição, Roma com um projeto novo, pós-Totti e com um Di Francesco querendo mostrar serviço; Napoli com o melhor jogo da Itália e sempre no encalço da Juve… Ufa! E ainda faltam elementos para destacar do Calcio. Então, embarquem conosco à Velha Bota, que vamos guia-los nessa invasão. Ah, não podemos esquecer de creditar o conteúdo ao querido Nelson Oliveira, da @calciopedia, que nos ajudou nas pesquisas sobre os recém promovidos SPAL, Benevento e Hellas Verona. Agora sim, bora lá!
RECONSTRUÇÃO EM TURIM
A Juventus é um camaleão e Allegri um maestro. Começou com a Juve dos meio-campistas: Pogba, Pirlo, Marchisio e Vidal; quarteto fantástico, dominante na Série A e competitivo na Champions League. Caiu apenas para o estupendo Barcelona do trio MSN. Na segunda reconstrução tivemos uma Juve altamente controladora de meio campo, com Pjanic e Khedira ditando o ritmo e Mandzukic garantindo uma reatividade mortal. E agora? Vamos para transição de lado, com Bernadeschi e Douglas Costa (foto) contratados. A Juventus ainda segue como a grande favorita da Itália, mas com o teto mais baixo, mais vulnerável do que nas temporadas anteriores.
A PRIMAVERA NAPOLITANA
Desde que voltou a ser protagonista o Napoli passou a apostar em mercados “sóbrios”. De Laurentiis não faz loucuras nas janelas de transferência, pensa passo a passo e o resultado é que Sarri (foto) trabalhará com o mesmo time da temporada anterior. Com um reforço contundente na ponta, o explosivo Adam Ounas vindo do Bourdeaux. Dono de ótimo drible e muita incisão ofensiva, Ounas tem tudo para potencializar o estilo do Sarri, que por vezes peca na contundência. Também chegou para ocupar a lateral, o português Mario Rui, velho conhecido de Sarri. A força ofensiva foi mantida: Mertens, Insigne e Callejón seguiram; Milik volta de uma temporada marcada por lesão e certa falta de ritmo. É o time mais pronto para bater a Juventus na Itália.
NOVOS ARES EM MILÃO
O Milan, que já foi pauta nossa aqui no Footure, contratou bem e potencializou a coisa toda. Com Bonucci para a defesa e Lucas Biglia para o centro do campo, sobe o nível. Terá a versatilidade de esquema, poderá jogar com três zagueiros e liberar os dois laterais ultra ofensivos Conti e Rodríguez. Tem no meio-campo, além do já citado Biglia, Kessiè, de grande destaque nos confrontos contra o Craiova pela fase preliminar da Europa League. Bonaventura será o coringa que todo técnico gosta de contar, Manuel Locatelli um o pequeno líder, e Çalhanoglu a referência técnica. Um setor muito forte, que prioriza a bola, bem ao gosto de Montella. A grande dúvida é quem vai ser o homem-gol desse time. Depois de receber negativas de todos os seus planos, de Aubameyang a Belotti, o Milan pode contratar Kalinic. André Silva e o jovem Patrick Crutone, que fez gol na Europa League, são bons, mas não passam de joias promissoras para o projeto que ainda engatinha.
Já na Internazionale, mesmo com mercado tímido e um elenco melhor do que as atuações da última temporada fizeram parece, a tranquilidade tende a chegar. Spaletti (foto), de bom ano e reinvenção na Roma, tem a missão de fazer o lado nerazzuro dar um salto e voltar à Europa. Contratou a dupla da Fiorentina, Vecino e Borja Valero para o meio-campo. Valero dá o toque, a classe e a organização; Vecino o combate. Dalbert, que fez um ano acima da média no Nice, chega para a lateral-esquerda, Skriniar, após boa temporada na Sampdoria, foi a aposta para rejuvenescer o miolo de zaga, que ainda pode perder Jeison Murillo. A duras penas a Inter conseguiu manter Perisic, terá em Mauro Icardi o homem gol e capitão do time e em João Mário um ‘projeto de Nainggolan’. A grande incógnita é Gabigol. Se ficar, é um ativo para Spaletti. O jovem pode dar dribles e gols para a Beneamata.
A VIDA PÓS-TOTTI
Totti, o Eterno Capitão, deixou os Giallorosi na temporada passada. Foram 25 anos de Roma. Agora vira dirigente, orbita como diretor ao lado de Monchi (foto), responsável por fazer o Sevilla virar um bicho papão de Liga Europa – foram cinco com o diretor trabalhando no clube. E ele chega dando as cartas e fazendo boas vendas para o clube da capital. As vendas de Salah, Rudiger e Paredes colocaram 100 milhões de euros nos cofres romanistas. De contratações boas e baratas, destaque para o promissor Lorenzo Pellegrini, de boa passagem pelo Sassuolo e fortíssimo Europeu sub-21, que custou 10 milhões de euros. Maxime Gonalons chega por uma pechincha: 5 milhões de euros e com bola para ser um dos parceiros de Strootmann, De Rossi e Nainggolan no meio-campo forte, técnico e aguerrido. Karsdorp chega para disputar a lateral direita com Bruno Peres, de boa temporada. Já do lado esquerdo, Kolarov vem do Manchester City, para tomar conta do setor enquanto Emerson Palmieri se recupera de lesão. Com o aval de Eusebio Di Francesco, novo treinador, Defrel chega para ser a sombra de Edin Dzeko. A Roma, junto com o Napoli, é quem mais morde os calcanhares da Juve na briga pelo Scudetto.
RECÉM PROMOVIDOS
Por @nelsonoliveira_
BENEVENTO
Surpreendeu na segundona, com um futebol equilibrado e de estilo aguerrido, que deve o manter na primeira divisão. O time do técnico Baroni (ex-base da Juve e Novara) é muito forte em casa, no estádio Ciro Vigorito, mas terá de lidar com a importantíssima saída de Cragno, um dos melhores goleiros da Serie B e da nova safra italiana – Brignoli, ex-Samp e Perugia, foi emprestado pela Juve para substitui-lo. Os destaques são Ciciretti, meia-atacante formado pela Roma, que finalmente estourou e liderou o time em assistências (12; primeiro o quesito no campeonato), e os atacantes Ceravolo (experiente, vice-artilheiro da Serie B com 20 gols) e Puscas (jovem emprestado pela Inter). Entre os novos contratados, destaque máximo para o regista Cataldi, já convocado para a seleção e ex-capitão da Lazio (chega ao clube após mal estar com torcida romana). Também podem se destacar Di Chiara, melhor lateral esquerdo da última Serie B pelo Perugia, e D’Alessandro (ex-Atalanta) e Costa (ex-Empoli).
SPAL
O segredo da Spal é continuidade e gestão: o clube foi refundado em 2014 e, desde então, a diretoria mantém o técnico Semplici. Ele está à frente de equipe equilibrada, que não dá espetáculo, mas cumpre muito bem o que pede, com muita dedicação e fidelidade a seu tradicional esquema 3-5-2. O time se destacou principalmente pela mistura entre jovens e experientes jogadores, especialmente na defesa. O goleiro Meret, já convocado para a seleção italiana, é o grande nome e continua na equipe, já que o empréstimo junto à Udinese foi renovado. Bonifazi, outro bom jovem, voltou ao Torino e Vicari terá novos companheiros na defesa: provavelmente o experiente Felipe e um entre os jovens Oikonomou e Väisänen (seleção finlandesa). O mercado da equipe está bem interessante e as contratações de Grassi (ex-Atalanta), Viviani (ex-Bologna), Konate (ex-Malmö; da seleção sueca), Mattiello (ex-Chievo) e Paloschi (ex-Atalanta e Chievo) adicionam muita qualidade ao time. Deve brigar muito para continuar na elite.
VERONA
A campanha na segundona não foi tão tranquila quanto se esperava, até porque, no papel, o Hellas tinha um time digno de primeira divisão – com jogadores como o lateral ítalo-brasileiro Rômulo e os atacantes Giampaolo Pazzini (foto) e Juanito Gómez. Pazzini, artilheiro da última segundona, com 23 gols, é o grande destaque de um time muito experiente e polvilhado por medalhões – além dos já citados, a equipe contratou os rodados Cerci, Cáceres e Heurtaux. O frescor dos jovens Daniel Bessa e Zuculini no meio-campo dará conta de segurar a onda de um time envelhecido? Para os supersticiosos: o técnico Pecchia é recordista em rebaixamentos na elite. Quando jogador, o ex-auxiliar de Rafa Benítez caiu para a segundona por cinco times diferentes.
Comente!