Diego Costa chega chegando e empolga ao lado de Hulk
Diego Costa fez seus primeiros jogos no Atlético-MG e, até o momento, seu encaixe na equipe não foi nem um pouco complicado. É uma grande adição ao poderoso time mineiro.
Aquela que provavelmente era a única lacuna do elenco do Atlético-MG está preenchida: um centroavante de área. E, seguindo a tendência das últimas contratações do Galo, o jogador escolhido tem muito nome e muita qualidade. Diego Costa foi um grande centroavante do futebol europeu na última década e em seus primeiros jogos no Brasil já podemos ver o que ele pode acrescentar e como deve ser seu encaixe na equipe.
São apenas quatro jogos (três saindo do banco) e 165 minutos jogados. No entanto, já é evidente que o primeiro objetivo do atleta e da comissão técnica está cumprido, afinal, ele tem ótimas chances de ser titular contra o Palmeiras, na semifinal da Libertadores. E mesmo se não começar jogando, já se mostrou em condições físicas de contribuir. Além de dois gols marcados, o centroavante tem participado bem das partidas.
A principio, Diego está jogando em dupla de ataque com Hulk e, portanto, Nacho Fernández e Zaracho são meias que se movimentam de fora para dentro. O ex-jogador de Atlético de Madrid e Chelsea gosta de jogar entre os zagueiros, empurrando a defesa adversária para trás e abrindo espaços nas costas dos volantes oponentes, região favorita de Hulk. Essa função, no entanto, não é a única exercida pelo sergipano naturalizado espanhol, tendo em vista seus movimentos de apoio, recuando para fazer um pivô e inverter o lado da jogada.
E nisso de inverter o lado da jogada, percebemos uma arma a ser mais explorada pelo Galo: os cruzamentos. A jogada pelos lados sempre foi um forte da equipe, apesar de ser uma das que mais joga por dentro no Brasileirão. Com Diego Costa, aproveitar as ultrapassagens dos laterais próximos à linha de fundo está sendo e será muito importante, já que o atacante marcou seus dois gols em lances de levantamento na área. O artifício aparecerá, principalmente, contra defesas mais retraídas.
Fisicamente, Diego Costa se mostrou pronto para brigar pela primeira bola, disputar por cima, por baixo e até apertar o oponente em uma pressão pós-perda. Contra o Fluminense, no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil, foram três duelos vencidos pelo alto, mais dois pelo chão, um desarme e uma interceptação em apenas um tempo jogado. Por isso, a ligação direta para o centroavante quando o Atlético-MG enfrentar uma marcação mais intensa e alta não deve ser uma ideia mal vista por Cuca.
É claro que, apesar de todo o nome de Diego, o grande jogador deste time é o Hulk. Nos minutos em que vimos os dois juntos como dupla (2° tempo contra o Fluminense e desde o início no sábado, contra o Sport), o camisa 7 procurou bastante seu novo companheiro, especialmente em contragolpes. Ademais, segue fazendo função muito parecida, ainda que não seja mais o homem de ataque mais avançado. O artilheiro do Galo precisa se preocupar menos em “sair da referência”, já que agora tem sempre um centroavante à sua frente, porém segue recebendo na entrelinha e saindo de frente para o gol.
Há muito a evoluir física e tecnicamente. O novo atacante do Atlético-MG precisará de tempo para conseguir uma boa sequência como titular. Porém seu início é animador e sua presença não parece atrapalhar em nada o rendimento dos demais atletas. Cabe ao Palmeiras arrumar uma maneira de marcar esse ataque no confronto que se inicia hoje, às 21h30, no Allianz Parque, pela semifinal da Libertadores.
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