DOIS TEMPOS, DOIS JOGOS
Por @Maiiron_ O que acabou de acontecer no Wembley não foi um jogo de futebol. Foram dois jogos de futebol. Esse esporte, que a gente finge que entende, te dá isso e é por isso que somos apaixonados. Na primeira parte alucinante do ótimo Tottenham, o confronto poderia ser definido. Foram alguns confrontos que, como […]
Por @Maiiron_
O que acabou de acontecer no Wembley não foi um jogo de futebol. Foram dois jogos de futebol. Esse esporte, que a gente finge que entende, te dá isso e é por isso que somos apaixonados. Na primeira parte alucinante do ótimo Tottenham, o confronto poderia ser definido. Foram alguns confrontos que, como no primeiro jogo, fizeram a superioridade pender para o lado inglês da coisa. Pjanic, de muita participação e dominância em campo, foi eclipsado na saída de bola por Eriksen. Juventus não tinha saída pelos lados, Son e Dele Alli se encarregavam de tapar as saídas.
Com bola, o Tottenham jogou até demais. Tinha um Dembelé com a sua classe em campo comandando tudo que aconteceu, tinha Eriksen achando as costas de Khedira e Pjanic na hora de construir algo, assim que saiu o gol. Liga Trippier pelo lado, ele bate para trás e ela sobra no ótimo Son. Son, que é mais um subavaliado nesse bom time, é o rei do “meio espaço”. Entre zagueiro e lateral, ele pega a bola e verticaliza todas, foi assim que expôs Barzagli ao ridículo na primeira parte. Kane, que pouco tocou na bola, mas foi determinante com seus movimentos na hora de quebrar a linha de três zagueiros, que nunca foi de cinco. Mas um gol foi pouco.
E na segunda parte Allegri resolve jogar. Sim, treinadores jogam. Se Pocchetino jogou bem na primeira parte, Allegri jogou demais na segunda. Saca Matuidi, que sofria muito com Dele Alli e sobrecarrega o lado esquerdo de defesa do Tottenham com Douglas Costa, em uma noite endiabrada, e Litchsteiner. Por dentro, ele posiciona Dybala incomodando Dier e Dembelé, que não jogaram na segunda parte. O lateral vai ao fundo e a bola sobra para Higuaín, que atento, empata o jogo. Três minutos após, Higuaín coloca Verthongen e Sanchez em um de seus bolsos que sairão pesados de Wembley e assiste para Dybala virar o confronto. Depois disso, a Juve volta a seu habitat natural. Ser franco atirador para o time de Turim é confortável. A bola batia na parede e voltava, bateu até na trave e voltou. Buffon, em que pese a idade, segue sendo inabalável debaixo dos postes. Chiellini é a personificação de Marte, Deus da guerra na mitologia romana, e não se abala com nada. Barzagli, que é o falso lento e tem uma arrancada curta ainda muito boa, é fiável demais.
O confronto poderia pender para o lado inglês, mas não pendeu. A Juventus não deve ser descartada nunca, não deve ser dada como morta nunca. O Tottenham é um time excepcional, mas se abalou após o segundo gol marcado, que foi uma faca no peito. A Juve, amigos, ela cresce na briga e não foi só a camisa que pesou. Higuaín, em uma noite mágica, foi o fiel da balança. Foram dois tempos e dois jogos em Wembley, daquelas noites que iremos debater por tempos. O futebol agradece!
Comente!