MODRIC E RAKITIC PROPORCIONAM CONTROLE TOTAL À CROÁCIA
Por @RodrigoCout Superior durante os 90 minutos, a Croácia não teve muita dificuldade para bater a Nigéria por 2×0 na estreia da Copa do Mundo de 2018. A partida em Kaliningrado não teve um nível técnico alto, apesar da presença dos geniais Modric e Rakitic no meio-campo. A dupla aliás foi determinante para a execução […]
Por @RodrigoCout
Superior durante os 90 minutos, a Croácia não teve muita dificuldade para bater a Nigéria por 2×0 na estreia da Copa do Mundo de 2018. A partida em Kaliningrado não teve um nível técnico alto, apesar da presença dos geniais Modric e Rakitic no meio-campo. A dupla aliás foi determinante para a execução perfeita da proposta de jogo adotada pelos croatas. Menos passes curtos e mais lançamentos para uma ocupação eficaz no último terço do campo. Etebo(contra) e Modric balançaram as redes. A Croácia lidera o Grupo D e pega a Argentina na próxima rodada. Já a Nigéria busca a recuperação contra a embalada Islândia.
Escalações bem ousadas de parte e parte. Pelo menos no papel. A Croácia mandou a campo um 4-4-2 com quatro atacantes de origem. Kramaric e Mandzukic pela faixa central, Perisic e Rebic pelos lados. Modric e Rakitic construindo mais atrás. Já a Nigéria entrou em campo com Etebo, um meia de origem, como volante ao lado de Ndidi. Obi Mikel novamente como um meia central no 4-2-3-1. A promessa de um jogo mais aberto acabou ficando no vestiário. O 1º tempo, não fosse os belos lançamentos de Modric e Rakitic, seria sofrível.
A grosso modo, as duas equipes tinham basicamente a mesma estratégia. Uma saída de bola a princípio curta, mas que ganharia um passe longo assim que os homens de frente fizessem o movimento de correr para buscar a profundidade. A grande diferença então foi a qualidade de quem fazia esse passe. Pelo lado croata, os magos Modric e Rakitic. Pelo lado nigeriano o irregular Obi Mikel. Outro ponto determinante para o domínio europeu na etapa inicial foi a coordenação com que Perisic, Rebic, Mandzukic e Kramaric faziam isso. Conseguiam agredir o terço final do campo com muito mais ímpeto e organização. Recebiam na maioria das vezes os lançamentos qualificados e davam prosseguimento.
Muito em virtude do cenário, a Croácia foi muito mais perigosa no sonolento 1º tempo. Kramaric, Perisic e Rebic já haviam assustado quando Mandzukic desviou de cabeça escanteio cobrado pelo lado direito e Etebo marcou contra aos 32 minutos. Kramaric de novo e o lateral Vrslajko fizeram investidas perigosas nos últimos minutos. Enquanto que a Nigéria não conseguia estabelecer o seu jogo de bola esticada buscando a velocidade de Iwobi ou Moses, além da força física de Ighalo. Era um time apático. Errava muito e o rendimento ofensivo da primeira etapa foi deprimente.
Na parte defensiva, a Nigéria tinha preocupação sobretudo com Modric. Etebo saía da linha dos volantes em vários momentos para impedir que o camisa 10 construísse os ataques croatas. A oscilação na intensidade acabou não possibilitando o objetivo e alguns espaços apareceram na frente da defesa. Kramaric e Perisic aproveitaram em algumas ocasiões. Já a Croácia, na parte defensiva, fez um 1º tempo perfeito. Sua linha defensiva esteve bem atenta às projeções em velocidade dos atacantes nigerianos e a marcação em bloco médio era bem intensa.
No 2º tempo a Nigéria tentou botar mais a bola no chão. Por mais que não tenha um modelo que preze esse tipo de jogo, passou a incomodar acionando Moses pelo lado direito. A Croácia teve menos a posse, mas se aproveitava de alguns erros naturais que os africanos cometiam na construção de suas jogadas. Novamente o trabalho de Rakitic e Modric era importante no meio. Desta vez comandando o posicionamento da linha de meio e a pressão ao portador da bola no momento certo.
Para tentar retomar o controle da posse. Zlatko Dalic colocou Brozovic no lugar de Kramaric aos 15 minutos. Modric foi adiantado e o esquema tático mudou para o 4-2-3-1. Gernot Rohr respondeu com a entrada de Musa no lugar de Iwobi. A estratégia croata deu certo e a Nigéria não conseguia imprimir um ritmo de marcação eficaz. Aos 25 minutos, o zagueirão Ekong cometeu pênalti em Mandzukic e Modric ampliou o marcador na cobrança.
Se já estava difícil antes, com dois gols contra no marcador a parte anímica da Nigéria ficou ainda mais prejudicada e a Croácia controlou como quis até o apito final. Os europeus traçaram um plano específico para a partida e o executaram perfeitamente. Os nigerianos são até aqui a grande decepção deste início de Mundial. Não conseguiram se impor em nenhum aspecto.
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