O fecho do mercado na Liga Portuguesa
Sporting, FC Porto e SL Benfica com os seus movimentos de último dia avaliados.
O último dia de agosto foi de surpresas em Portugal. Pablo Sarabia chega por empréstimo do PSG ao Sporting e candidata-se a figura da competição. O FC Porto manteve as suas principais estrelas e estará mais forte do que poderia parecer. O Benfica afinou o seu plantel para atacar todos os objetivos.
Sai um lateral esquerdo, entra um criativo
Nuno Mendes será o novo lateral esquerdo do Paris SG, juntando-se a uma constelação de estrelas, mas o Sporting não fica com um vazio nessa faixa. A chegada de Rúben Vinagre do Wolverhampton já demonstrava a necessidade de ter uma alternativa válida ao internacional português, mas a constante utilização de Nuno Santos como opção na faixa poderá já dar a entender quem, no futuro, será dono do lugar. Utilizado preferencialmente como um dos avançados interiores, Nuno Santos tem características de extremo que o podem transformar facilmente no titular.
Até porque, para o seu lugar, chegou Pablo Sarabia, emprestado e com o salário pago pelos parisienses no âmbito da transferência de Nuno Mendes. Pablo Sarabia tem o potencial para ser o jogador mais importante da Liga, pela sua experiência e pelo que deve ser notado como uma passagem de sucesso pelo Paris SG. Em duas temporadas, o espanhol realizou 79 jogos, marcando 21 golos, demonstrando-se sempre útil à equipa no tempo que esteve em campo. Para além do mais, é um internacional espanhol com presença no último Euro. Traz criatividade e capacidade de chegada na área para um plantel onde essa zona estava debilitada. E é a surpresa que mais atenção captou, por toda a Europa, para esta Liga.
Não mexer é uma conquista
O FC Porto foi vice-campeão português e tinha como objetivo deste verão conseguiu vender um elemento que não retirasse o equilíbrio à equipa. Era preciso ter em conta que financeiramente o clube não demonstrava condições para atacar o mercado. O que o fecho de agosto acabou por trazer foi a manutenção de Luis Diaz (muito pretendido em Inglaterra), Jesús Corona (cujas opções Sevilla e Milan acabaram por falhar) e Sérgio Oliveira (cuja saída para a Fiorentina falhou e não mais encontrou trajetória de saída). Só o colombiano foi utilizado com regularidade nas jornadas inaugurais da Liga, pelo que o FC Porto parece já prometer uma melhoria automática para o regresso das seleções.
O problema mental de não saber se iria continuar ou não, sobretudo nos casos de Corona e Sérgio Oliveira, está assim ultrapassado. Com os dois jogadores a saberem que vão continuar no FC Porto, abre-se a porta para que regressem ao rendimento apresentado na época passada. Ambos são jogadores com potencial para definir, pelo que Sérgio Conceição poderá dar-se como satisfeito com este mercado onde manter foi mais importante do que comprar.
Acertos e organização
O Benfica fechou o mercado com a concretização da chegada de Valentino Lázaro para ocupar a faixa lateral direita, zona onde concorrerá com Diogo Gonçalves e Gabriel, sendo que André Almeida, que também poderá jogar nessa posição, deverá passar a ser opção para atuar como um dos três centrais, tendo em conta que o clube acabou por não corresponder ao desejo de Jorge Jesus ter mais uma opção para essa zona. Ferro, atualmente lesionado, também ficou no plantel, pelo que existem opções para algum problema que possa surgir.
Fundamental para o Benfica era conseguir colocar alguns dos excedentes do seu plantel e assim aconteceu, com as vendas, abaixo do preço de compra, de Luka Waldschmidt e Carlos Vinícius. Sendo ambos boas opções, a razão para as vendas têm que ver com o excesso de jogadores para atuar no mesmo espaço, sendo certo que Jorge Jesus via estes dois elementos como dispensáveis, ao que se juntou o facto de terem mercado. Chiquinho e Samaris também saíram no último dia de mercado, liberando o meio-campo. O Benfica tem um plantel equilibrado com tudo para poder assumir-se nas provas nacionais e europeias.
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