O padrão ofensivo das transições do Bahia
Como funciona os movimentos do Bahia de Guto Ferreira no momento em que recuperam a bola do adversário
O estiramento na coxa sofrido por Rodallega, na primeira quinzena de abril, forçou Guto Ferreira a buscar alternativas no elenco para suprir a ausência do artilheiro do Bahia na temporada. A escolha por Davó trouxe uma faceta que ainda não se tinha visto com tamanha robustez no Tricolor de Aço: as transições mortais.
Com uma equipe mais leve do meio para frente, a utilização das transições ofensivas passou a ser mais frequente e um artifício importante para aproveitar os espaços cedidos pelos adversários na perda da posse de bola. E dentro dessa fase do jogo, é possível identificar alguns padrões de comportamento estabelecidos por Guto Ferreira e que são interpretados pelos jogadores em campo.
Mas antes de elucidar os movimentos realizados pelos jogadores ao recuperar a bola, é preciso frisar que a organização defensiva do Bahia tem papel fundamental para que as transições ofensivas ocorra. Uma vez que, a equipe demonstra boa distribuição dos jogadores no 4-2-3-1 (bloco médio) ou 4-4-1-1 em (bloco baixo), compactação entre as linhas e comportamento agressivo para pressionar o portador da bola e fechar a linha de passe no eventual receptor. O que facilita as ações ao retomar a bola.
Um dos “segredos” para iniciar bem uma transição ofensiva é a mudança de comportamento – defender para atacar. Esse movimento é crucial para aproveitar os espaços vulneráveis do adversário e oferecer linha de passe para quem está com a bola e dar sequência a jogada.
Em posse da bola, o Bahia pode atacar o oponente a partir da utilização do jogo apoiado com o auxílio dos triângulos ofensivos para criar superioridade numérica e variadas opções de passe. Nesse tipo de jogada, Daniel é fundamental para prender a bola por segundos e passar no instante que o extremo está fazendo a ultrapassagem.
O uso de tabelas e ultrapassagem é outra dinâmica realizada pelo Bahia para progredir no campo ofensivo e entrar no último terço. Mas a equipe pode adotar uma postura ainda mais vertical se o cenário for o ideal. Isto é, ao retomar a posse já buscar o lançamento nas costas da defesa adversária ou até mesmo a conclusão.
A conclusão quase que “instantânea” geralmente ocorre quando o Bahia consegue recuperar a posse de bola próximo a baliza adversária através da pressão em bloco alto. Dessa forma, busca trocar poucos passes para finalizar o mais rápido possível e aproveitar a desestruturação defensiva do oponente.
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