QUANTO PESA UM CRAQUE?
Por @Maiiron_ Portugal contra Espanha pela Copa foi um grande jogo. Logo aos 3, Portugal saltou na frente com Cristiano Ronaldo marcando de pênalti. Não esqueçam de Cristiano Ronaldo, ele é personagem central aqui nesse texto. Portugal aguentou bem, trabalho fortíssimo de um William Carvalho sendo William Carvalho. O português é um leão na frente […]
Por @Maiiron_
Portugal contra Espanha pela Copa foi um grande jogo. Logo aos 3, Portugal saltou na frente com Cristiano Ronaldo marcando de pênalti. Não esqueçam de Cristiano Ronaldo, ele é personagem central aqui nesse texto. Portugal aguentou bem, trabalho fortíssimo de um William Carvalho sendo William Carvalho. O português é um leão na frente da defesa; desarma, intercepta, passa e não erra. Não erra.
A Espanha vinha bem de forma gritante, mas de toque em toque as ações eram freadas pelo bom sistema luso, a bola não entrava no “funil”. Até que Busquets lança e Diego Costa recolhe a bola no mano a mano. Ele coloca Pepe no bolso, saracoteia daqui, dali e chicoteia. Empate justo pelo o que se apresentava. Mas prestem atenção; a Espanha aí deixou de ser Espanha. Toques em profusão foram esquecidos para achar Diego, que para muitos não é o nove ideal da Fúria, empatar.
Aí o Grande Rondo Espanhol aparece. Busquets, Koke, Isco, Silva e Iniesta manejavam o jogo; mas não puniam. Portugal resistia e teve a fuga. Gonçalo Guedes, cansado de errar na primeira parte, acha Cristiano que chuta e De Gea falha. Gol e virada. No segundo tempo o Grande Rondo segue como sempre; sete por fora, três por dentro e Portugal aguentava com paciência, era asfixiada pelo toque espanhol e por um Iniesta muito mais móvel.
E se repetiu a cena; não infiltrava, o gol vindo de bola parada foi como rasgar o manual de instruções espanhol, um cruzamento que Busquets aparou e Diego empatou. Espanha vira e congela. Mas quem disse que acabou? Cristiano Ronaldo volta a cena. Ele que tocou tão pouco na bola como Portugal toda, foram só 55 ações com bola de todo o time, mas quem disse que precisa ficar tanto na bola para ser decisivo? Cristiano tem a precisão de um relógio suíço e a personalidade leonina, como seu Sporting. Ele, que vinha batendo tão mal faltas na temporada, em guarda um golaço minutos antes de acabar.
Justo? Talvez não. Futebol não é resolvido em tribunal. A Espanha foi dona do jogo, Cristiano foi o jogo. A Espanha dá argumentos de que pode ser tão favorita quanto pintam, mesmo com os problemas. Portugal dá um recado de que pode batalhar entre os melhores do mundo. Cristiano deixa uma pergunta que volta de tempos em tempos em tempos de análises quantitativas: quanto pesa um craque?
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