UM HORIZONTE PROMISSOR EM MILANELLO
Por @maiiron_ Depois de uma temporada e meia envolvido em especulações de venda, o Milan saiu das mãos do excêntrico Silvio Berlusconi, o homem que mudou a história do clube e que, além de dinheiro, colocou muitas taças no armário de Milanello. Na gestão dele foram cinco conquistas da Champions League. Para quem não sabe, Berlusconi […]
Por @maiiron_
Depois de uma temporada e meia envolvido em especulações de venda, o Milan saiu das mãos do excêntrico Silvio Berlusconi, o homem que mudou a história do clube e que, além de dinheiro, colocou muitas taças no armário de Milanello. Na gestão dele foram cinco conquistas da Champions League. Para quem não sabe, Berlusconi assumiu o Milan em épocas de vacas magras. O caso “Totonero”, que sacudiu o Calcio nos anos 80, atingiu fortemente o clube, que acabou rebaixado. Silvio trouxe um ainda emergente Arrigo Sacchi, e com ele o trio holandês que mudaria a história do clube: Rijkaard, Gullit e Van Basten. O tempo passou, o Milan seguiu com Capello, responsável por montar um esquadrão que encantou o mundo e estabeleceu um recorde de 58 vitórias seguidas.
Até 2007, de fato, o Milan era um clube respeitável na Europa; beliscava a Champions, o Campeonato Italiano e o que viesse. Mas o dinheiro de Berlusconi, cada vez mais envolvido na vida política e cuidando cada vez menos do clube, minguava. Com isso, ídolos foram embora. Kaká, Shevchenko, Thiago Silva e a polêmica ida de Pirlo para a Juventus são exemplos. O Milan viu a Juve renascer e se tornar uma força inabalável na Itália, sendo exemplo em organização financeira e papando todos os títulos domésticos possíveis.
Os títulos não apareceram, as dívidas acumularam e a venda, que se arrastava desde 2015, foi concluída. O conglomerado Rossoneri Sport Investment Lux, liderado pelo empresário chinês Yonghong Li, pagou R$ 2,5bi por 99,3% do Milan, que manteve Vincenzo Montella no comando da equipe. Montella fez muito com pouco material humano e levou o Milan para uma competição Europeia; feito comemorado, que não acontecia desde 2014. Fora de campo, o clube se reforçou. Massimo Mirabelli, que já trabalhou na Internazionale e conta com sete promoções dentro da Itália desde que virou diretor esportivo, chegou com pompa. Marco Fassone, que tem no currículo passagens por Juventus, Napoli e Milan, será o CEO. Os executivos chegam com a pressão de substituir Adriano Galliani e Ariedo Braida, dupla histórica do Milan. Até agora, é uma boa janela. Abaixo, as caras novas:
ANDRÉ SILVA:
Idade: 21
Posição: Meia/Atacante
Jogos como profissional: 58
Gols: 27
Internacionalizações: 10
Chamado de “herdeiro de Cristiano Ronaldo” pelo próprio CR7, André Silva encanta pela precocidade. Já falamos sobre ele no texto sobre as dez revelações do futebol europeu e o Milan o pinçou no mercado por um preço aceitável, devido a inflação do mercado atual (€38Mi). Versátil, saiu da referência para jogar na faixa central do meio-campo quando Tiquinho Soares começou a empilhar gols no Porto. Além de goleador, tem ótima visão de jogo.
MATEO MUSACCHIO
Idade: 26 anos
Posição: Zagueiro
Jogos pelo profissional: 260
Gols: 10
Internacionalizações: 4
Zagueiro de bom toque, de boa técnica e muita imposição física, Musacchio ainda peca ainda nos duelos aéreos. Foi o parceiro eleito para Romagnoli. Com sete anos de Villareal, um dos pilares do time de Marcelino Garcia Toral e Fran Escribá chega já tarimbado ao Milan. Se não sofrer com lesões, é uma contratação acertadíssima.
RICARDO RODRÍGUEZ
Idade: 24 anos
Posição: Lateral-Esquerdo
Jogos pelo profissional: 232
Gols: 24
Internacionalizações: 45
Um dos laterais-esquerdos mais gabaritados da Europa, Ricardo Rodríguez chega com o peso de ser dono de uma posição carente no Milan. Desde Maldini (!) a banda esquerda Rossonera está abandonada. Dono de ótimo apoio, cruzamento afiado e bola parada perigosa, tem tudo para ser o dono da posição por muito tempo.
FRANCK KESSIÉ
Idade: 20 anos
Posição: meio-campista
Jogos pelo profissional: 68
Gols: 11
Internacionalizações: 17
Kessié, que também foi pauta aqui no Footure, é um daqueles “todocampistas” que continente africano nos dá de tempos em tempos. Com um bom ano pelo Cesena, voltou à competitiva Atalanta de Gasperini e foi um dos grandes nomes da boa campanha da equipe de Bérgamo. Dono de potência física e versatilidade impressionantes, pode ser o motor que falta ao meio-campo de Montella. Chega por empréstimo.
O Milan contrata nomes pensando no futuro, mas já afirmados no presente. A janela ainda nem abriu e promete agitação em Milanello. Renovação de Donnaruma, as possíveis chegadas de Çalhanoglu e Conti darão ainda mais potência ao bom time em formação de Montella. Olho no Milan, vocês não irão se arrepender.
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