Os 5 destaques jovens do Paulistão 2020

Nesta paralisação dos campeonatos pelo mundo, uma lista com cinco jovens do Paulistão para ficar de olho

A maioria dos jogos no planeta Terra foi suspendida por conta da pandemia do Covid-19. Enquanto todos se resguardam em casa pelo bem maior, listei aqui cinco nomes interessantes de jogadores jovens do Paulistão 2020 e foram destaque no estadual mais forte do país.

Portanto, relaxe, leia a lista, procure os jogos deles, fique em casa e assista. Cuidem-se!

Matheus Bidú (Guarani)

Apesar de não ter participado da última partida do Bugre antes da paralisação por conta do coronavírus, Matheus Bidú foi um dos principais jogadores da equipe de Thiago Carpini na competição. O lateral-esquerdo de 20 anos atuou em seis partidas do Guarani no Paulistão, sendo titular em todas elas e tendo marcado um gol e dado duas assistências.

Segundo as estatísticas do SofaScore, Bidú está entre os 20 melhores do estadual. Em números ofensivos, o lateral bugrino chama a atenção pela porcentagem de acerto nos passes (83%), ligeiramente menor que a de Daniel Alves (89%), por exemplo. Além disso, o ala tem 14 passes decisivos para finalização na competição, algo próximo de jogadores como Carlos Sánchez, meia veterano do Santos.

Matheus Bidú chama a atenção desde os tempos de Paulistão Sub-20, que ele disputou em 2019 e 2018. Com grandes qualidades na criação de jogadas, na base bugrina ele tinha funções mais ofensivas do que defensivas, tendo muitas vezes atuado como ala no 3-5-2. Bidú chamou a atenção também na Copinha do ano passado ao ajudar o Guarani a chegar à semifinal da competição, tendo perdido por 5×2 para o campeão São Paulo. Na ocasião, ele marcou dois gols na edição.

Bidú estreou pelos profissionais do Bugre nesse Paulistão. Foto: Guarani Futebol Clube

Luan Dias (Água Santa)

Revelado no próprio Água Santa, Luan Dias foi alçado muito jovem ao futebol profissional da equipe de Diadema quando tinha apenas 20 anos. Titular na campanha do Netuno na Copa Paulista de 2018, o meia-atacante chamava atenção pela qualidade técnica e leitura de jogo. Mesmo com pouca idade, Luan era o jogador mais lúcido entre os profissionais, sabendo aproveitar muito bem as chances que lhe eram dadas.

No entanto, assim como é comum nas categorias de base, Luan não começou a carreira nessa função. O atual camisa 10 do Água Santa chegou a jogar como lateral-esquerdo nas divisões inferiores do Netuno, tendo, inclusive, participado da Copinha em 2017 como ala usando a camisa 6. Canhoto, driblador e dotado de boa finalização, não demorou muito para que Luan Dias fosse aproveitado numa função mais próxima ao gol. Devido à efetividade, o jovem permaneceu como meia-atacante e hoje chama a atenção de equipes maiores. Luan é uma opção muito interessante para equipes que priorizam a transição mais veloz.

De antigo lateral-esquerdo na base para camisa 10 no profissional. Foto: GazetaPress

Luís Oyama (Mirassol)

O interior do estado de São Paulo tem se tornado o paraíso para empresários devido a enorme quantidade clubes e atletas com potencial. E o Mirassol é uma das equipes que melhor soube aproveitar essa onda, contando hoje com um excelente centro de treinamento custado com a venda de Luís Araújo para o Lille. Apesar de ter se tornado famoso vestindo a camisa do São Paulo, o meio-campista deu seus primeiros passos com a camisa do Leão da Alta Araraquense.

Atualmente, o Mirassol conta com outro Luís como destaque da equipe e que tende a chamar a atenção de clubes maiores no cenário nacional. Trata-se do volante Luís Oyama, de 23 anos, que é titular absoluto de Ricardo Catalá no Paulistão. Originalmente meia-atacante, o atual camisa 5 do Leão encontrou muitas disputas por posição na função, tendo sido, inclusive, emprestado ao Atibaia, em 2019, para ganhar rodagem.

Muito técnico com a bola nos pés e voluntarioso sem ela, Oyama virou um “primeiro volante” de qualidade para Catalá, sendo o responsável direto pela saída de jogo por baixo ou até com lançamentos precisos para os extremos. Segundo o SofaScore, Luís Oyama é o sexto jogador que mais desarma certo (25) e o segundo que mais intercepta passes (21), além de ter 58% de precisão nos dribles. Ele é peça-chave no esquema do Mirassol justamente por dar um grande dinamismo para a equipe.

Oyama é um dos melhores meias do Campeonato Paulista mesmo não atuando por uma equipe grande. Foto: Mirassol Futebol Clube

Claudinho (Ferroviária)

Revelado pelo Noroeste no Paulistão Sub-17 em 2017, quando marcou dois gols em 20 partidas, Claudinho foi contratado pela Ferroviária em 2018 para disputar o campeonato sub-20. Não demorou muito para o meio-campista de 1,67m começar a chamar a atenção da equipe de Araraquara. Em seu primeiro ano pela AFE, ele fez 16 partidas no Paulistão Sub-20 e marcou um gol. Em 2019, ele saltou para quatro gols em 21 jogos. Foi nesse ano que Claudinho participou de sua primeira Copinha, porém, ele ficou a maior parte do tempo no banco de reservas.

Entretanto, em 2020, bem mais maduro, Claudinho foi titular da Ferrinha na Copinha, onde ele disputou quatro jogos e marcou dois gols. A partida contra o Palmeiras foi um show a parte do camisa 10, quando demonstrou toda sua capacidade técnica ao quebrar linhas tanto com dribles quanto com passes. Mesmo com a metade dos jogos que um finalista da Copa São Paulo teria, a joia ambidestra da Ferroviária entrou para o rol dos melhores do torneio. Atualmente, Claudinho faz parte do elenco principal da Ferrinha, tendo sido titular em oito partidas do Paulistão antes da paralisação. Agora com a camisa 8, o jovem de 19 anos tem jogado mais como ponta-esquerda no 4-3-3 de Sergio Soares.

Rápido, insinuante e criativo. Claudinho tem potencial para ir muito longe. Foto: Flickr AFE

Henrique Trevisan (Ponte Preta)

Revelado pelo Figueirense em 2015, Henrique Trevisan foi campeão catarinense e campeão da Copa Santa Catarina Sub-20. Com passagens pelas divisões de base da Seleção, o defensor de 23 anos foi vendido ao Estoril de Portugal no final de 2018 e emprestado a Ponte Preta em 2019, onde atuou como lateral-esquerdo na temporada passada.

Devido a sua envergadura e facilidade para sair jogando com a bola, Henrique Trevisan sempre foi um jogador muito útil nas categorias de base. Do aspecto tático, a polivalência dele no setor defensivo pode valer ouro. Como dito antes, atualmente Trevisan joga como zagueiro numa linha de quatro defensores de João Brigatti. Alto (1,85m) e bom passador, o canhoto tem bons números nesse quesito (85% de precisão).

Defensivamente, os números de Trevisan também são bons, sendo que ele é o jogador que mais cortou bolas no campeonato (64) e um dos melhores em interceptações (14). Particularmente, Henrique Trevisan me agrada mais como lateral defensivo, onde atuou mais em 2019, apesar de ser zagueiro de origem. Nesse Paulistão, o desempenho de uma maneira geral da Ponte não agrada, especialmente na fase defensiva, onde o zagueiro tem ficado muito exposto.

Polivalência é a palavra-chave para definir Henrique Trevisan. Foto: A.A Ponte Preta
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